DILI - A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Timor Leste foi marcada pela assinatura de acordos de cooperação para reconstrução do país.
Entre os documentos, está a prorrogação até 2010 do programa de ajuda na área de educação que prevê o envio de professores brasileiros ao Timor para capacitação de docentes do país asiático. Na segunda etapa do programa devem chegar ao país 50 professores. Os países vão cooperar também nas áreas de meio ambiente, economia solidária e empreendedorismo.
Em visita ao parlamento, na capital Díli, Lula saudou a independência da nação timorense e lembrou o brasileiro Sérgio Vieira de Melo como um dos condutores do processo de transição do Timor à independência. Melo trabalhava na ONU, como administrador de transição da organização no Timor-Leste e foi morto num atentado em Bagdá.
No texto do comunicado conjunto entre os dois países, Lula reiterou o repúdio do governo brasileiro aos atentados contra o presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão, em fevereiro deste ano. Temas da conjuntura mundial também estiveram na pauta dos presidentes. O texto conjunto demonstra a preocupação dos dois governos com a atual conjuntura internacional e concordam com a necessidade de revisão do modelo mundial de produção e abastecimento de alimentos.
A exemplo do que fez no Vietnã, o presidente Lula defendeu a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e agradeceu o apoio do governo timorense ao pleito brasileiro de conseguir um assento no conselho.
Durante discurso no parlamento, Lula lembrou que o Brasil mantém no Timor um centro de treinamento profissional em áreas como construção civil e computação e que em breve ampliará os cursos oferecidos. Disse ainda que, atendendo à solicitação de Ramos-Horta, pediu a juristas brasileiros que auxiliem na elaboração do projeto do Código Militar do Timor Leste.
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