Repressão muito violenta, por parte da polícia militar, sobre professores em protesto, na capital do Paraná -- Curitiba. Até helicópteros foram usados para lançamento de bombas de gás sobre a multidão desarmada. Totalmente condenável!
quarta-feira, abril 29, 2015
Repressão
Repressão muito violenta, por parte da polícia militar, sobre professores em protesto, na capital do Paraná -- Curitiba. Até helicópteros foram usados para lançamento de bombas de gás sobre a multidão desarmada. Totalmente condenável!
domingo, abril 26, 2015
sexta-feira, abril 24, 2015
A Rapariga do País de Abril
O Cravo

A todos os que lutaram por Abril mas especialmente a Francisco Lino, o meu rebelde bisavô, pela fé inabalável que depositou na liberdade.
A 25 de Abril de 1974
festejou-se a liberdade e o sonho,
com hinos nos lábios,
com votos renovados de esperança.
Com o País aberto à verdade,
e os braços estendidos aos Heróis,
às promessas e à confiança.
Foi dia de luta, de lágrimas,
de adeus às armas, de acolhimento.
De um sorriso para uma certeza.
As prisões e as torturas
queriam-se longe da lembrança,
pois agora reforçavam-se os desejos
de uma Pátria nova, Renascida,
de uma Pátria nova Portuguesa!
Porém,
o tempo passou,
e um cravo rubro, solitário,
ficou na estrada tombado.
As desilusões esmagaram-no
e o Homem Novo ignorou-o,
tomando-o por vinho entornado.
E hoje,
é recordado com brindes e discursos de glória
esse dia que ninguém esqueceu.
Mas há novos pés, no silêncio, a pisarem
aquele cravo de sangue exaltado e vitória
que no auge da festa alguém perdeu!..
No futuro,
uma criança,
brincando na areia da estrada,
encontrará o cravo,
que à Revolução foi ceifado.
Ao romper de uma aurora,
em vigor, plantá-lo-á de novo,
para que a fé não se apague.
E crente nas razões do povo,
na sua justiça, na sua dor,
estará a plantar, sem o saber,
a mais doce força da Saudade,
e o mais intenso poema de Amor.
Helena de Sousa Freitas, Setúbal, Portugal
Poemas de Abril
Poemas de Abril
Meu
País Liberto
Meu País liberto pela madrugada na força do povo há muito sonhada! Meu país guardado no fundo da arca coberto do tempo do tempo sem marca. Meu país cansado, de peito fendido, de rosto velado e até esquecido. Meu país mazela, herança da guerra, nos filhos roubados tirados à terra. Meu país sem rumo perdido na história de gente tristonha sem gosto à vitória. Meu país gerado e feito criança é teu o caminho que trilhas na'sprança. Meu país gigante irás na aventura correr mil veredas e fazer figura. Meu País liberto pela madrugada na força do povo há muito sonhada! Frassino Machado - Lisboa, Portugal |
quinta-feira, abril 23, 2015
quarta-feira, abril 22, 2015
domingo, abril 19, 2015
segunda-feira, abril 06, 2015
Festejar a Páscoa
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Seguras com pedras, para que o vento as não levantasse, as toalhas brancas eram mostruários das muitas e variadas confecções ao dispor e regalo da família e de um ou outro que passasse ou se juntasse ao grupo. Dessas confecções, ficaram-me na memória o ensopado trazido de casa feito e aquecido ali em flume de chão improvisado com pedras, o borrego com ervilhas, a costeletas panadas, o coelho frito, as filhoses, os pasteis de grão, a enxovalhada e outros bolos caseiros. Mas havia sempre uma iguaria comum a todas, própria desse dia. Era o assado, ou seja, a perna de borrego tostadinha, com batatinhas novas e muita cebola, em assadeira de barro queimada pelo forno de lenha. Como acompanhamento havia, por tradição, salada de alface muito segadinha.
Os meus pais não apreciavam estas festanças de comezainas, com muito pó, muitas moscas e bebedeiras à mistura. Mas eu sempre gostei e muitas foram as vezes em que, adolescente, passei esse dia no Alto de São Bento, saltando de chaparro em chaparro ou, o que é o mesmo, de família em família, saboreando o que de muito bom por lá havia. Os mantimentos e o vinho para um dia inteiro eram propositadamente abundantes a contar com os muitos amigos, que sempre apareciam de mãos nos bolsos. Havia quem levasse música em grafonola de dar corda, permitindo baile e animação até às tantas.
O Nem eu nem o povo aqui em festa sabíamos que dois anos depois da conquista de Évora, em 1165, por Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, e do foral que lhe foi dado por D. Afonso Henriques, se erguia, no sopé desta colina, uma pequena ermida dedicada a São Bento. Frade italiano nascido no ano de 480, em Núrsia, foi o fundador do monaquismo ocidental e o criador da Ordem Beneditina, organização religiosa que alude ao seu nome. Mais de um século depois, em 1274, nascia sobre esta ermida o convento de São Bento de Castris, da Ordem de Cister, uma das mais antigas instituições religiosas femininas. Fundado, por D. Urraca Ximenes, este local tornou-se motivo de peregrinação que o tempo fez esquecer como tal, mas que permaneceu como pólo de confraternização popular.
Também não sabíamos que este local ficou na história de Portugal, durante a revolução de 1383-1385, conduzida pelo Mestre de Avis. À época, era abadessa do convento Dona Joana Peres Ferreirim (dama da família de Dona Leonor Teles, rainha a quem o povo cognominou de Aleivosa). Segundo Fernão Lopes, a infeliz religiosa, que se escondera na Sé Catedral, durante os tumultos, foi encontrada e arrastada pela multidão, até à Praça do Geraldo, onde morreu às mãos do povo.
Logo pela manhã partiam, uns a pé, outros em carroças, carregadas de cestos, garrafões, mantas e cadeirinhas, para ali se instalarem o dia todo, à sombra de uma azinheira ou de um sobreiro. Pela encosta da colina virada para a cidade fervilhava a animação. Cada árvore, uma família.
António Galopim de Carvalho
domingo, abril 05, 2015
Alqueva
No caso de alguns destes produtos, na zona agrícola do Alqueva, a produtividade chega a ser três vezes superior à média do resto do mundo.
O jornal Expresso cruzou dados do INE, da FAO (Nações Unidas) a informações da EDIA - empresa que gere o regadio de Alqueva - e testemunhos de alguns produtores – as conclusões a que chegaram foram surpreendentes.
No Alqueva, produz-se uma média de 14 toneladas de milho por hectare contra às 5,5 toneladas a nível mundial; no que respeita ao tomate, no Alqueva produzem-se 100 toneladas e no resto do mundo 33,6; quanto às uvas de mesa são 30 toneladas que ficam bem acima das 9,6 toneladas a nível mundial.
Estas notícias sobre a produtividade do Alqueva já são mundialmente famosas e já existem investimentos na zona de várias nacionalidades diferentes: Marrocos, França, Itália, África do Sul, Itália, Escócia e a Espanha, claro, que lidera os que mais investem no Alqueva.
Os produtos alentejanos do Alqueva têm qualidade e são vendidas a grandes multinacionais: grande parte da produção de cebolas vai para o MacDonalds e de amendoins para a PepsiCO.
Também em destaque, sobretudo na Grã-Bretanha e norte da Europa, tem estado as uvas sem grainhas.
A vantagem desta área alentejana, e que lhe providencia características únicas, deve-se, essencialmente a três causas: a terra é praticamente virgem, sem químicos e sem fungos (durante décadas só se plantaram cereais), há abundância de água nos meses mais quentes e tem uma larga exposição ao sol (com consequências nos processos de fotossíntese das plantas e influência direta no sabor e qualidade das mesmas).
O facto de as colheitas no Alqueva se anteciparem ao normal em duas a três semanas, é também um fator diferenciador face à concorrência e que atribui ao Alqueva uma clara vantagem, para mais não sendo produtos provenientes de estufas, como é o caso na maioria dos produtos espanhóis, com influência na qualidade e no preço.
In http://tribunaalentejo.pt
quinta-feira, abril 02, 2015
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