quarta-feira, dezembro 08, 2021

Bolsonaro

Vacinas

 

quarta-feira, novembro 24, 2021

Amazónia

Centenas de balsas de garimpo ilegal invadiram trecho do Rio Madeira, a 120 km de Manaus. Moradores das redondezas estão apavorados.


 A única medida a ser tomada pelo governo federal, é cercar a área pelo ar e mandar que todos abandonem as balsas. Após isso, as mesmas deverão ser bombardeadas e destruídas. Será que todos os que criticam o Brasil na preservação da Amazónia vão reclamar?...

A Fonte da Sabedoria


 

quinta-feira, outubro 28, 2021

O ouro do Brasil


 

O ouro do Brasil

Portugal não "roubou" ouro algum ao Brasil: na verdade, nem 7% do metal precioso chegou aos cofres portugueses

De todas as graves palermices que se vão contando sobre o passado comum a portugueses e brasileiros, poucas serão de refutação mais simples, mas de efeito mais largo e destruidor, que a noção de que Portugal "roubou" ouro brasileiro, ou de que esbulhou esse seu antigo território hoje feito grande nação independente. Trata-se de falsidade grotesca e sem ponto por que se lhe pegue, mas amplamente divulgada pela indústria da lusofobia. Por um lado, e será esse o primeiro argumento a atirar aos desinformados, Portugal não poderia "roubar" de si mesmo. O Brasil era terra portuguesa, foi-o de 1500 a 1822, e era-o então tanto, e com o mesmo estatuto, as mesmas prerrogativas e a mesma dignidade que qualquer outra parcela do todo nacional. Não foi território conquistado; foi país feito, erguido onde antes nada havia e jamais houvera para lá de grupos confusos, sem consciência de si, desconhecedores da linguagem escrita, desorganizados e antagónicos, cuja vida se fazia de constante migração, combate cruel e canibalismo. Ao arribar na costa brasileira, pois, Portugal apostou-se na sua descoberta para sul e norte, que se fez com as expedições de Gonçalo Coelho e Gaspar de Lemos; percebido o Brasil como parte de continente maior, e não como ilha, Portugal instalou nele feitorias comerciais para a exportação de madeiras e demais produtos exóticos. A mais apreciada das madeiras ali extraídas, o pau-brasil, viria a rebaptizar a nova terra. Seguiu-se, para espantar o interesse de competidores europeus, o assentamento militar, o povoamento e o aproveitamento em maior escala do território. Foi essa a estratégia a inspirar a expedição de Martim Afonso de Sousa, primeiro grande pioneiro brasileiro; foi ela, também, a conduzir à instituição de um Governador Geral do Estado de Brasil, cargo de que Tomé de Sousa foi o primeiro ocupante. Mem de Sá, que lhe seguiu no governo do Estado do Brasil, expulsou definitivamente os franceses e lançou, com o amparo de Lisboa e da Igreja, bom alicerce do que viria a ser a actual nação brasileira. O que se seguiu foi a construção do Brasil. Por toda a parte se forjaram ferros, partiu pedra, nasceram muralhas, recriaram as instituições trazidas da Europa, se semeou com câmaras e cartas de Foral o auto-governo pelos brasileiros - os portugueses do Brasil, avós dos brasileiros dos nossos dias -, se fizeram aldeamentos para os índios, casas para ensinar a ler e a contar e colégios onde as gentes deste Portugal americano descobriam a álgebra e a lógica, o latim, o grego, a música e o direito.

Tão grande empresa não se faz sem recursos, e a de Portugal no Brasil correspondeu a não menos que à edificação de uma nova Europa onde jamais se fizera uma estrada, se conhecera a civilização, se escrevera um livro ou erguera algo em pedra. Ora, imenso, arrasador, foi para Portugal o custo de fazer o Brasil quando já tão ocupado se achava com a protecção do seu império em África, na Ásia e na Europa. O leitor surpreender-se-á, pois, conhecendo o que representava para Portugal, em pleno pico da produção açucareira no Brasil, aquele Estado para os cofres da monarquia: 5 - cinco – por cento dos rendimentos gerais do Estado; isto é, o Brasil foi, até ao final do século XVII, financeiramente irrelevante para o império. Considerando, com efeito, o que nele investiu Lisboa, parece seguro que só em momento tardio se tornou a província de além-mar lucrativa para Portugal. Mas nem por isso se desinteressou o reino dela, nem por isso a abandonou ao jugo dos grandes capitalistas de Amesterdão quando estes a separaram da pátria-mãe e nem por isso a abandonou à sua sorte. Lisboa percebeu sempre a relevância estratégica do Brasil e a importância da obra civilizadora que lá se realizava. E, se é verdade que a arriscada aposta que fez nestes primeiros duzentos anos da existência brasileira se lhe faria lucrativa no século XVIII, é-o igualmente que Portugal não poderia ter antecipado a fabulosa riqueza mineral que acabaria por lá ser descoberta.

Porém, desvendado o que representou para o orçamento português o Brasil nos primeiros duzentos anos da sua existência, impõe-se um esclarecimento quanto ao tão falado, tão estudado, tão debatido ouro brasileiro. Se por volta de 1630 o Brasil era centro inquestionável da produção mundial de açúcar - estima-se que seria de produção brasileira 80% do produto chegado a Londres - e o Brasil representava nesse tempo 5% das receitas do Estado, é sabido que o Estado do Brasil ganhou rapidamente protagonismo económico ao longo do século XVIII. Foi esse protagonismo económico que acabou por ditar a sua autonomização política em 1815, com a elevação do Estado a Reino, e a independência em 1822. A rápida ascensão económica do Brasil ao longo das centúrias de XVII e XVIII é inseparável da exploração aurífera, e a verificação dessa evidente correlação bastaria, por si só, para desmentir a tese de esbulho. Embora muito regulamentada pela Coroa, a exploração do ouro e diamantes brasileiros era empreendimento essencialmente privado e cujos principais actores eram brasileiros - isto e, portugueses recém-chegados ou há muito residentes no Brasil. O Estado central, pois, limitava-se a cobrar impostos sobre o ouro extraído no Brasil por portugueses do Brasil. Essa taxa, o Quinto Real, correspondia a um quinto - ou 20% - do ouro extraído, pertencendo legalmente o restante a quem o encontrasse. A lei, contudo, foi sendo mais ignorada que escrupulosamente cumprida, estimando o historiador britânico Anthony Disney que nem um terço do ouro brasileiro acabou submetido ao Fisco. A fazer fé no cálculo minucioso, informado e geralmente aceite de Disney, teriam chegado aos cofres da Monarquia uns parcos 7% do ouro brasileiro. No final do século XVIII, Lisboa tentaria combater a evasão fiscal reduzindo o imposto cobrado, que era de apenas 10% à data da independência.

Entre 1720 e 1755, chegaram a Lisboa do Brasil, em média, 15 a 20 toneladas de ouro por ano. Dessas, três ou quatro eram propriedade do Rei, servindo para a defesa geral do Estado, sua manutenção e desenvolvimento. Grande parte desse ouro regressou ao Brasil em forma de novas cidades, de povoamento de terra então deserta, do apetrechamento de fortalezas, da edificação de estradas, hospitais, pontes e colégios. Outra parte, oitenta por cento, dessa fortuna arrancada à terra era privada, e chegou a Lisboa para pagar a importação de artigos metropolitanos pelo Brasil. A grande dinamização do comércio entre a Metrópole e o Estado do Brasil durante o século XVIII é prova da saúde da economia do império e, nele, da das suas parcelas europeia e americana. Onde está, portanto, o ouro brasileiro? Nas actuais fronteiras do Brasil, que se garantiram com as expedições e a sábia - mas cara - política externa que ajudou a custear; está nas fortalezas com que se defendeu o Brasil de predadores estrangeiros, em incontáveis edifícios de utilidade pública, em cidades, fábricas, fazendas e colégios. O ouro do Brasil serviu para fazer o país imenso que a monarquia portuguesa legou aos brasileiros.

Rafael Pinto Borges

 

sexta-feira, outubro 22, 2021

Sacrifícios em vão

 Para a História: o registo do historiador Jonathan Llewellyn sobre a Guerra do Ultramar, 1961/74:

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«OS PORTUGUESES DEVEM «ORGULHAR-SE DO QUE CONSEGUIRAM.»
«Espero que perdoem a um estrangeiro intrometer-se neste assunto, mas é preciso
que alguém diga certas verdades.
A insurgência nos territórios ultramarinos portugueses não tinha nada a ver com
movimentos nacionalistas. Primeiro, porque não havia (como ainda não há) uma
nação angolana, uma nação moçambicana ou uma nação guineense, mas sim
diversos povos dentro do mesmo território. E depois, porque os movimentos de
guerrilha foram criados e financiados por outros países.
ANGOLA – A UPA, e depois a FNLA, de Holden Roberto foram criadas pelos
americanos e financiadas (directamente) pela bem conhecida Fundação Ford e
(indirectamente) pela CIA.
O MPLA era um movimento de inspiração soviética, sem implantação tribal, e
financiado pela URSS. Agostinho Neto, que começou a ser trabalhado pelos ame-
ricanos. só depois se virando para a URSS, tinha tais problemas de alcoolismo que
já não era de confiança e acabou por morrer num pós-operatório. Foi substituído
pelo José Eduardo dos Santos, treinado, financiado e educado pelos soviéticos.
A UNITA começou por ser financiada pela China, mas, como estava mais interessa-
da em lutar contra o MPLA e a FNLA, acabou por ser tolerada e financiada pela
África do Sul. Jonas Savimbi era um pragmático que chegou até a um acordo com
os portugueses.
MOÇAMBIQUE - A Frelimo foi criada por conta da CIA. O controleiro do Eduardo
Mondlane era a própria mulher, Janet, uma americana branca que casou com ele
por determinação superior. Mondlane foi assassinado por não dar garantias de fiabi-
lidade e substituído pelo Samora Machel, que concordou em seguir uma linha ma-
rxista semelhante à da vizinha Tanzânia. Quando Portugal abandonou Moçambique,
a Frelimo estava em ta estado que só conseguiu aguentar-se com conselheiros do
bloco de leste e tropas tanzanianas.
GUINÉ – O PAIGC formou-se à volta do Amílcar Cabral, um engenheiro agrónomo
vagamente comunista que teve logo o apoio do bloco soviético. Era um movimento
tão artificial que dependia de quadros maioritariamente cabo-verdianos para se agu-
entar (e em Cabo Verde não houve guerrilha). Expandiu-se sobretudo devido ao
apoio
da vizinha Guiné-Konakry e do seu ditador Sékou Touré, cujo sonho era eventual
men-
te absorver a Guiné portuguesa.
Em resumo, territórios portugueses foram atacados por forças de guerrilha treinadas,
financiadas e armadas por países estrangeiros. Segundo o Direito Internacional,
Portugal estava a conduzir uma guerra legítima. E ter combatido em três frentes si
mul-
tâneas durante 13 anos, estando próximo da vitória em Angola e Moçambique e com
a situação controlada na Guiné, é um feito que, militarmente falando, é único na Histó-
ria contemporânea.
Então porque é que os portugueses parecem ter vergonha de se orgulharem do que
conseguiram?»
Publicado a 01 de Junho 2013 por Jonathan Llewellyn
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Partilhado de Eduardo Amarante, de um post de 2018. | O título é meu.
MJC
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domingo, outubro 10, 2021

Fórum de São Paulo

terça-feira, setembro 07, 2021

Comemoração


 

Realidade

A grande luta dos brasileiros é contra a intervenção anti-constitucional do Judiciário nos destinos do Brasil. Que o Mundo saiba disso!

 

Dia da Independência


O meu Ipê Amarelo resolveu participar deste 7 de Setembro, para sempre memorável no Brasil. E o ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet, também ao dirigir o carro do Presidente Bolsonaro em Brasília...



Brasil - 7 de Setembro



There is no climate of anti-democratic sentiments in Brazil. Millions are peacefully demonstrating to support democracy, rule of law and basic liberties that are being undermined by authorities (outside the executive branch) who abuse power to intimidate and censor their critics.