segunda-feira, dezembro 31, 2007

TERCEIRIZAÇÃO...

A partir de hoje resolvi publicar neste meu espaço algumas crónicas de um amigo muito especial --- Marcílio C. Freitas. Considero esta participação muito bem vinda, até por vislumbrar uma capacidade de narrativa que eu não tenho e que presumo seja do agrado dos leitores do blog. O espaço para os comentários é o mesmo.

domingo, dezembro 30, 2007

TEM GENTE QUE...

Tem gente que se envergonha de um monte de coisas...

Sempre uma interrogação sobre quanto custa; como é feito; como é esse prato; se pode trocar a guarnição; estou perdido; pode me informar o melhor caminho. E outras situações diversas.

Já vi pataquadas de fazer rir e chorar. Amigo meu, que nem vou citar nome, comeu um "engasga-gatos" daqueles, simplesmente por não perguntar que molho era aquele do menu. Pagou caro e não desfrutou do almoço.

Outro ficou perdido em São Paulo e perdeu a hora da entrevista porque não teve a simplicidade de perguntar onde era o prédio daquela empresa. Chegou lá e foi barrado. Atrasado! Isso falando de coisas simples.

Tem gente que perde a grande oportunidade da vida por falta de ousadia. De fazer o que poucos fazem e se dão bem. Depois ficam reclamando que Deus não ajuda. Que não tem sorte. Que não tiveram chances e outras ladainhas e terços rezados e cantados.

Outro dia saquei um cara de fazer dó de tão feio que o coitado aparentava. Mas estava com uma moça linda, de parar o trânsito, no maior pega. E não tinha pinta de caixa alta não. Li um estudo de uma revista que são comuns esses casos. Simplesmente o sujeito é ousado e ataca as criaturas e se dá bem. É um bom papo, um bom sujeito, uma formação diferente; algo que encanta de primeira e vai ficando.

Tem um outro tanto de pessoas que falam que estão na pior porque não tiveram oportunidade de estudar. Quando? Na infância? Porque os pais não puderam pagar? Tudo balela. Quem quer faz. Quem se habilita consegue. Hoje existem oportunidades infinitas

.

Gente que fica reclamando e ainda por cima com sequelas psicológicas. Muitos com inveja, inseguranças, desqualificados para a vida te batendo olho gordo. Malucos que secam pimenteiras. Uma energia complicada que ninguém aguenta meia hora de prosa. E os que ficam esperando milagres da vida? Gente que não dá o primeiro passo? Culpam os amigos, os irmãos, os pais e depois os filhos.

Pessoas que viveram a vida toda de subempregos, casas alugadas, carros velhos caindo os pedaços, nunca fizeram uma viagem de lazer; enfim, não desfrutaram a vida.

Está cheio de pessoas assim. Esperando, esperando... Esperando que alguém ofereça o bilhete premiado. Ou o bilhete numerado com direito a paisagem da janela rumo a Passárgada. Esperando a sorte que não chega. Esperando o grande amor. Esperando o emprego dos sonhos. E pior, sonhando com tudo isso.

Nos dias de hoje é bom que se proteja; como na antiga canção do Ivan Lins. Não a proteção de Deus que existe de todo e sempre e quase ninguém entende!... Mas a proteção da alegria, do bom humor, da boa formação, da fé baseada no conhecimento, do bom ânimo e, sobretudo, a proteção das virtudes desenvolvidas quando se troca informação uns com outros. Trocas de experiências.

Como dizem os especialistas: o tempo urge. Não existe vaga grátis na garagem. Almoço na aba dos que usam chapéu já era. Aliás; até a cachaça que qualquer um oferecia nos botequins ficou escassa. Poucos fazem aquele gesto de levantar o copo em sua direção compartilhando o gole ou mesmo por educação. Fica então o velho refrão: Nada é de graça; nem o pão e nem a cachaça.

Portanto, hoje em dia temos que aprender o caminho das pedras. Saber pelo menos o endereço do alambique. Ou que em qual esquina existe uma padaria. Comer um pão ou tomar um trago?

É bom que se proteja!...

Crónica de Marcílio C. Freitas

Adaptação autorizada

PRAZER DA ESCRITA

Nestes últimos dias do ano não fui muito assíduo na minha página; quase nada escrevi aqui. São momentos que me impelem para outras ocupações, mesmo que algumas delas não me transmitam o mesmo prazer que tenho quando escrevo. Este, aliás, o prazer maior em toda a minha vida, em tudo o que faço.

A maioria das matérias, dos assuntos, tem origem em acontecimentos do dia a dia e que trago para aqui sob a minha óptica e numa crítica muito pessoal. Todavia, vezes há que considero esse campo saturado e aborrecido e casualmente enveredo por substituí-lo com alguma crónica de cunho pessoal. Reconheço, também, que essas histórias pessoais poderão não ser interessantes para os meus leitores, mas são muitas vezes um desabafo e uma abertura ao compartilhamento.

O gosto pela escrita e as histórias pessoais. Eis aqui os ingredientes certos para o “prato” a ser servido hoje. Deveria ter abordado este assunto no passado dia 9, data marcante para o mesmo, mas passou...

Naquela noite de 8 de Dezembro de 1967 lá estava eu e um grupo de amigos entrando na alfaiataria do Baiôa. Porta entreaberta, uma olhada em redor para certificação de que ninguém estava vendo e, um a um, íamos entrando. Nenhum de nós ia tirar medidas para a confecção de um fato (terno) e nem àquela hora o estabelecimento estava em funcionamento; íamos todos para mais uma jogatina de cartas, o célebre “abafa”, um jogo de azar proibido...

Começou o jogo. Ganhando uma rodada, perdendo outra, foi-se desenrolando a tarefa com a intercalação de uma piadinha aqui, outra ali, enfim. Apesar de o jogo ser a dinheiro grosso, não deixava de ser uma reunião agradável de amigos.

Perto dali estava a igreja de Santo Antão dividindo a imponência com a Fonte Henriquina, mas aquela sobressaindo mais quando o relógio dava as suas badaladas a cada quarto de hora. Assim, a passagem do dia 8 para o dia 9 foi anunciada com as doze badaladas da praxe. Nesse exacto momento elevei o tom de voz e pedi para que se parasse o jogo. Todos me olharam surpreendidos querendo saber o porquê da minha atitude. Foi então que eu proferi as seguintes palavras: “Meus amigos! Enquanto escutava o bater da meia-noite os meus pensamentos voaram para muito longe daqui e por lá ficaram durante alguns instantes. Neste dia, estar-se-á realizando o meu casamento!”.

Naturalmente que todos ficaram estupefactos e não era para menos... Na verdade, um relacionamento de oito anos através da troca de correspondência entre eu e uma amiga brasileira, que nunca tinha conhecido pessoalmente, estava tendo o seu ápice com o nosso casamento por procuração. De algum modo tinha que haver uma comemoração naquele momento. Providenciámos uma garrafa de vinho do Porto e todos brindámos...

Hoje os meios são outros, principalmente a Internet, mas atingem-se fins idênticos. Sempre gostei de escrever, como já citei, e naquele tempo --- década de 60 --- a essa arte eu me dedicava de alma e coração. Era um escape para a minha timidez; era a maneira que encontrara para me relacionar com as moças da minha idade. Na escrita eu dizia tudo o que pensava sem entraves e engasgos. Estava integrado num universo amplo, pois tinha correspondentes em muitos países. Hoje vivo no Brasil...

terça-feira, dezembro 25, 2007

ORAÇÃO DE FIM DE ANO

Pelo projeto político do deputado Clodovil
Pelo "espetáculo do crescimento" que até hoje ninguém viu
Pelas explicações sucintas do ministro Gilberto Gil
Senhor, tende piedade de nós!
Pelo jeitinho brejeiro da nossa juíza
Pelo perigo constante quando Lula improvisa
Pelas toneladas de botox da Dona Marisa Senhor, tende piedade de nós!
Pelo Marcos Valério e o Banco Rural
Pela casa de praia do Sérgio Cabral
Pelo dia em que Lula usará o plural
Senhor, tende piedade de nós!
Pelo nosso Delúbio e Valdomiro Diniz
Pelo "nunca antes nesse país"
Pelo povo brasileiro que acabou pedindo bis
Senhor, tende piedade de nós!
Pela Cicarelli na praia namorando sem vergonha
Pela Dilma Rousseff sempre tão risonha]
Pelo Gabeira que jurou que não fuma mais maconha
Senhor, tende piedade de nós!
Pela importante missão do astronauta brasileiro
Pelos tempos que Lorenzetti era só marca de chuveiro
Pelo Freud que "não explica" a origem do dinheiro Senhor, tende piedade de nós!
Pelo casal Garotinho e sua criaPelos pijamas de seda do "nosso guia"
Pela desculpa de que "o presidente não sabia"
Senhor, tende piedade de nós!
Pela jogada milionária do Lulinha com a Telemar
Pelo espírito pacato e conciliador do Itamar
Pelo dia em que finalmente Dona Marisa vai falar
Senhor, tende piedade de nós!
Pela "queima do arquivo" Celso Daniel
Pela compra do dossiê no quarto de hotel
Pelos "hermanos compañeros" Evo, Chaves e Fidel
Senhor, tende piedade de nós!
Pelas opiniões do prefeito César Maia
Pela turma de Ribeirão que caía na gandaia
Pela primeira dama catando conchinha na praia
Senhor, tende piedade de nós!
Pelo escândalo na compra de ambulâncias da Planam
Pelos aplausos "roubados" do Kofi Annan
Pelo lindo amor do "sapo barbudo" por sua "rã"
Senhor, tende piedade de nós!
Pela Heloisa Helena nua em pêlo
Pela Jandira Feghali e seu cabelo
Pelo charme irresistível do Aldo Rebelo
Senhor, tende piedade de nós!
Pela greve de fome que engordou o Garotinho
Pela Denise Frossard de colar e terninho
Pelas aulas de subtração do professor Luizinho
Senhor, tende piedade de nós!
Pela volta triunfal do "caçador de marajás"
Pelo Duda Mendonça e os paraísos
Galvão Bueno que ninguém agüenta mais
Senhor, tende piedade de nós!
Pela eterna farra dos nossos banqueiros
Pela quebra do sigilo do pobre caseiro
Pelo Jader Barbalho que virou "conselheiro"
Senhor, tende piedade de nós!
Pela máfia dos "vampiros" e "sanguessugas"
Pelas malas de dinheiro do Suassuna
Pelo Lula na praia com sua sunga
Senhor, tende piedade de nós!
Pelos "meninos aloprados" envolvidos na lambança
Pelo plenário do Congresso que virou pista de dança
Pelo compadre Okamotto que empresta sem cobrança
Senhor, tende piedade de nós!
Pela família Maluf e suas contas secretas
Pelo dólar na cueca e pela máfia da Loteca
Pela mãe do presidente que nasceu analfabeta
Senhor, tende piedade de nós!
Pela invejável "cultura" da Adriana Galisteu
Pelo "picolé de xuxu" que esquentou e derreteu
Pela infinita bondade do comandante Zé Dirceu
Senhor, tende piedade de nós!
Pela eterna desculpa da "herança maldita"
Pelo "chefe" abusar da birita
Pelo novo penteado da companheira Benedita
Senhor, tende piedade de nós!
Pela refinaria brasileira que hoje é boliviana
Pelo "compañero" Evo Morales que nos deu uma banana
Pela mulher do presidente que virou italiana
Senhor, tende piedade de nós!
Pelo MST e pela volta da Sudene
Pelo filho do prefeito e pelo neto do ACM
Pelo político brasileiro que coloca a mão na "m"
Senhor, tende piedade de nós!
Pelo Ali Babá e sua quadrilha Pelo Gushiken e sua cartilha
Pelo Zé Sarney e sua filha
Senhor, tende piedade de nós!
Pelas balas perdidas na Linha Amarela
Pela conta bancária do bispo Crivella
Pela cafetina de Brasília e sua clientela
Senhor, tende piedade de nós!
Pelo crescimento do PIB igual do Haití
Pelo Doutor Enéas e pela senhorita Suely
Pela décima plástica da Marta Suplicy
Senhor, tende piedade de nós!
Para que possamos ter muita paciência
Para que o povo perca a inocência
E proteste contra essa indecência
Senhor, dai-nos a paz !!!
Imagem: "Art Final"
Texto: Internet

domingo, dezembro 16, 2007

PIADINHA

Um motorista pára no trânsito e alguém bate no vidro do carro. Receoso, ele baixa um pouco o vidro e pergunta:

- Diga se faz favor?!
- O Sócrates foi sequestrado e o pedido de resgate é de 50 milhões de euros! Se o resgate não for pago, o sequestrador ameaça regá-lo com gasolina e incendiá-lo. Estamos a receber contribuições. Gostaria de participar?
O homem no carro pergunta:
- Em média, quanto é que cada pessoa tem doado?
O outro responde:

- Entre cinco e dez litros!!!

ÁREA DE FUMANTES

sábado, dezembro 15, 2007

POETAS BRASILEIROS

Num momento de descontração,

o grande poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu:

"Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e calma e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos. Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci. Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão. Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.

Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo. Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo Filho da Puta!"


OXÍMORO

Você sabe o que significa a palavra "oxímoro"?

Oxímoro, segundo o dicionário Houaiss, é uma figura de retórica, na qual se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente mas que, no contexto, reforçam uma expressão.

Por exemplo: "o grito do silêncio", "silêncio ensurdecedor", "obscura claridade", "ilustre desconhecido" e por aí vai.

Há, pois, um tremendo oxímoro que não sai das manchetes dos jornais nos últimos dias:

"Conselho de Ética do Senado"

sexta-feira, dezembro 14, 2007

OS TRATADOS DE LISBOA

O nome da minha bela Lisboa continúa na berlinda e, desta vez, com a ratificação do acordo que substitui a famigerada "Constituição Europeia" de 2004. Temos assim, em 2007, o sétimo "Tratado de Lisboa".
Sobre o conteúdo deste Tratado debruçar-me-ei em breve com algumas anotações, opiniões, críticas, enfim. Terei que estudá-lo mais pormenorizadamente. Entretanto, investirei sobre a notabilidade que a capital portuguesa usufrui e usufruíu quando da assinatura de sete dos denominados "Tratado de Lisboa".
1668 - O primeiro, assinado entre o príncipe regente D. Pedro em nome do então incapacitado rei D. Afonso VI e Mariana de Áustria em nome de Carlos II da Espanha (menor). Pôs termo à Guerra da Restauração (1640-1668).
1859 - O segundo, assinado por Portugal e Holanda sobre a delimitação de fronteiras entre Timor Português e Timor Holandês.
1864 - O terceiro, assinado por Portugal e Espanha para definição de fronteira comum. Incompleto devido ao problema de Olivença.
1958 - O quarto, por vários países sobre a protecção de Denominações de Origem.
1980 - O quinto, assinado por Reino Unido e Espanha pela posse de Gibraltar.
2000 - O sexto, tabém conhecido por "Estratégia de Lisboa", uma linha traçada pela U.E. para se tornar numa economia competitiva e dinâmica.

terça-feira, dezembro 11, 2007

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO CORINTHIANS


FILHO: Pai, por que o senhor sempre fala que eu tenho que ser Corintiano? PAI: Porque o Corinthians é o melhor time do mundo filho. É o Timão! FILHO: Mas o Corinthians não foi rebaixado para a segunda divisão? E o apelido Timão não é porque no símbolo do Corinthians tem um timão de navio? PAI: Bem, é verdade. Mas nós só fomos rebaixados por causa de uma parceria com um fundo de investimentos chamado MSI que desgraçou o Corinthians. FILHO: Mas não foi essa MSI que comprou o Tevez , o STJD e o Márcio Rezende de Freitas para garantir o título nacional de 2005 que na verdade foi conquistado pelo internacional? PAI: Foi, mas depois... Ah, isso não importa filho. Nós somos a maior torcida de São Paulo e a segunda maior do Brasil. FILHO: Isso é legal né pai!? Mas a Índia e a China são os países mais populosos do mundo e nunca ganharam uma Copa e a Itália, que é um país pequeno e com menos torcida, já tem quatro mundiais não é !? PAI: É filho, tá certo porraFILHO: Calma pai, o senhor está bravo só porque o Corinthians não é nada disso que o senhor pensava? PAI: Pára com isso filho! Nós já fomos campeões mundiais! FILHO: Sério Pai!? Quando? PAI: Em 2000. FILHO: Que legal, então nós também ganhamos a Libertadores em 99? PAI: Não, na verdade quem ganhou a Libertadores em 99 foi o Palmeiras. Você não sabe que nós nunca ganhamos uma Libertadores em mais de 90 anos de história!? FILHO: Ué, então porque o Corinthians jogou esse mundial em 2000? PAI: Ah! É que fomos convidados para jogar porque ganhamos o Brasileirão em 98 e tínhamos o apoio de um grupo de investidores estrangeiros que precisava colocar o Corinthians lá. O Vasco ganhou a Libertadores de 98 e também foi chamado. FILHO: Entendi. Então na Europa chamaram o campeão da Liga dos Campeões da UEFA de 98? PAI: Sim, mas também chamaram o Manchester, que venceu a Liga em 99. FILHO: Então por que não chamaram o Palmeiras? Porque o campeão Sul-americano de 99 não foi e o Corinthians que nunca passou de uma semi de Libertadores foi? PAI: Não sei filho, mas que merda! FILHO: Então esse torneio não foi sério. Não teve critério para as escolhas dos clubes! Mas o Corinthians ganhou do Manchester e do Real Madrid né pai? PAI: Não. Na verdade ganhamos do perigoso Raja Casablanca com um gol roubado em que a bola não entrou, empatamos com o Real Madrid, no Morumbi, graças ao Anelka que perdeu um pênalti e depois " goleamos" o poderoso Al Nasser por dois a zero. FILHO: E na final ganhamos de quem? PAI: Na verdade não ganhamos. Empatamos com o Vasco por zero a zero no Maracanã e o "título" veio nos pênaltis. FILHO: Quem foi o herói Corintiano que fez o gol do título? PAI: Ninguém. Na verdade o Edmundo chutou pra fora e nós ganhamos. FILHO: Mas esse ano comemoramos 30 anos do título de 77. Que campeonato foi esse tão importante? PAI: Foi o Campeonato Paulista. Saímos de uma fila de 22 anos sem título com gol de Basílio contra a "fantástica Ponte Preta". FILHO: Ah, sei. Mas não foi nesse jogo que o Rui Rei, artilheiro da Ponte, se vendeu e foi expulso logo no começo do jogo só pra não fazer gols e assim ajudar o Corinthians, onde jogou no ano seguinte? PAI: Foi seu filho da puta, mas e daí? FILHO: Mas pai. Esse ano o São Paulo completou 30 anos do primeiro título Brasileiro que conquistou e ao invés de festa e camiseta comemorativa, ganhou mais um e agora eles são Penta. PAI: Foda-se filho! Eles são BambisFILHO: São Pai? Mas eles me dizem que são Penta Brasileiro, Tri da Libertadores e Tri Mundial. É verdade? PAI: É verdade filho! (de cabeça baixa) FILHO: É verdade também que se não fosse um tal de Grafite, atacante do São Paulo, nós teríamos sido rebaixados também no Paulistão? PAI: Você não quer falar de Fórmula 1? FILHO: Tá bom pai. Mas o Rubinho não é Corintiano? PAI: Puta que pariu moleque! É, caralho! FILHO: Vixe pai! O Rubinho é corintiano e o melhor piloto Brasileiro da atualidade, o Felipe Massa, é são paulino. Vamos falar de futebol mesmo vai. PAI: Calma lá! Mas o Senna era corintiano filhão! FILHO: Eu sei pai. Já me falaram isso. E me contaram que como corintiano ele não agüentou. Em 93 viu o São Paulo conquistar o Bi Mundial e o Palmeiras sair da fila em cima do Corinthians, aí percebeu que não adiantava torcer pra esse time. PAI: (apenas suspira) FILHO: Calma paizinho. Vamos passear, me leva no estádio do Corinthians. PAI: (chorando) Não temos estádio porra! Temos uma chácara que apelidamos de fazendinha e que é menor do que qualquer ginásio da NBA. FILHO: (puto da vida) Chega pai! Assim não dá. Não temos estádio, não temos time, nosso título mais comemorado é um paulistão roubado, o nosso quarto título brasileiro foi mais roubado ainda, somos o único clube grande ( grande? ) da capital paulista que não tem Libertadores, a nossa torcida é a segunda do país e de nada adiantou, torcida do São Caetano é mil vezes menor e já viu o time numa final de Libertadores, nosso título mundial é uma fraude, o maior ídolo da nossa torcida no século XXI é argentino e nós estamos na segunda divisão, e você ainda uer que eu seja Corintiano. Você é um fanfarrão pai! PAI: ( um minuto de silêncio) FILHO: Posso fazer só mais uma pergunta pai? PAI: Pode filho! (enquanto seca as lágrimas) FILHO: Pra que time torce aquele filho da puta do presidente Lula? PAI: Corinthians meu Deus! Corinthians! FILHO: Mãe pode ficar tranquila, se o pai sabe de tudo isso e ainda torce pro Corinthians é porque ele gosta de ser enganado e nem desconfia que eu sou filho do vizinho...




In Internet (Compilado e adaptado)

quarta-feira, dezembro 05, 2007

CARACOIS E OUTROS PETISCOS

“Então, quando é que o meu amigo vem a Portugal, para eu lhe oferecer um petisco?” Assim começava e pràticamente a essa pergunta se limitava a mensagem que recebera na Internet. E não só porque a pergunta me abriu um horizonte largo das muitas coisas que tenho vontade de petiscar quando for à terrinha, como evidenciou aquilo em que muito tenho pensado ùltimamente e constituiu a base da minha resposta: petisco de caracóis.

Dias atrás liguei para alguns dos amigos na minha terra, algo que não fazia com muita assiduidade mas que agora se torna mais constante, mercê da oportunidade de aproveitar um daqueles serviços de comunicação na Internet que barateia, quase a custo zero, as ligações de longa distância... E, a um deles eu disse que a primeira coisa que faria quando voltasse a Évora seria visitar a Tasca dos Caracóis do nosso amigo Galego. Porém, qual balde de água fria despejado sobre a cabeça, ouvi que a tasca não existe mais a exemplo de outros estabelecimentos do mesmo tipo, mercê de disposição legal de um Órgão oficial coordenador. Tudo isso está proibido respeitando normas da União Européia.

“Puta que pariu!” eu tenho vontade de gritar. Essas pequenas coisas tradicionais e características dos povos faziam a diferença entre os pares e aguçavam a curiosidade de uns em relação aos outros. Nivelar tudo em nome do progresso e na sustentação do pilar do “saneamento” é, na verdade, um desafino nessa afinação por diferentes diapasões...

Por uma questão de formação e actualização de conhecimentos resolvi pesquisar algo a respeito dessas imposições e confesso que fiquei abismado. Por exemplo, saborear uma “bica” na chávena de porcelana ou beber um “tintol” na púcara de barro não mais será permitido; terá que ser em copo descartável de plástico... E isto quando este Mundo altamente poluído deveria ter como uma das principais metas a atingir, exactamente a extinção da produção de plásticos...

Participar numa caçada ou pescaria e, antes, avisar o Chico lá de Mourão que deveria preparar um almoço especial com aquelas carnes de porco defumadas na chaminé; programar mais uma daquelas tradicionais voltas pela raia e saborear um presunto de pata negra na Espanha, provar um tinto ou branco directamente do tonel numa taberna de Barrancos, arrematando com um queijinho de Serpa; viajar pela “Rota dos Vinhos” num passeio de fim de semana e provar os novos e as água-pé nas tascas de Estremoz, Borba, Reguengos e Vidigueira; num lugar qualquer do Alentejo, sentar num mocho de tronco de azinheira numa tasca castiça e petiscar azeitonas retalhadas e curtidas no pote de barro, queijo de leite de ovelha, farinheira assada, chouriço e morcela. Agora é tudo coisa do passado e a minha terra não tem mais cores e sabores, pois foi mutilada.

domingo, dezembro 02, 2007

QUÍMICA BÁSICA

Colocar UM qualquer dos políticos num tanque de ácido para que se dissolva é uma Dissolução. Colocar TODOS é uma Solução.

DECLARAÇÃO

DECLARAÇÃO PARA MEUS AMIGOS (de forma bem mineira )

Ces são o colírio do meu ôiu.

São o chiclete garrado na minha carça dins.

São a maionese do meu pão.

São o cisco no meu ôiu (o ôtro oiu - eu tenho dois).

O limão da minha caipirinha.

O rechei do meu biscoito.

A masstumate do meu macarrão.

A pincumel do meu buteco.

Nossinhora!

Gosto dimais da conta docêis, uai.

Ces são tamém:

O videperfume da minha pintiadêra.

O dentifriço da minha iscovdidente.

Óiproceisvê,

quem tem amigos assim, tem um tisôru !

Eu guárdesse tisouro, com todo carinho ,

Do Lado Esquerdupeito !!!

Dentro do Meu Coração !!!

AMOOCÊIS PADANÁ !!!

ESTRANHO?

O meu time perdeu e eu vou comemorar muito!!!

terça-feira, novembro 27, 2007

FILHOS DA PÁTRIA

Muito se tem lido e ouvido sobre as missões dos militares portugueses noutros países na actualidade. Uns os consideram mercenários, outros heróis, enfim. Eu não vou dar aqui a minha opinião a tal respeito por não ser a questão a focalizar.

A verdade é que os três ramos das Forças Armadas Portuguesas são hoje profissionalizadas e constituídos por voluntários o que constitui uma diferença abismal em relação aos tempos da Guerra Colonial quando a maioria era arregimentada compulsivamente e obrigada a cumprir comissões no Ultramar, com o que totalizavam 3 a 4 anos de serviço obrigatório.

Naquele tempo diàriamente morriam alguns nas várias frentes de batalha, outros em acidentes ou com doenças adquiridas. Hoje também se verificam algumas baixas, mas sem comparações a assinalar.

Num destes últimos dias faleceu um dos nossos soldados no Afeganistão, vítima de um acidente. Estava integrado numa força de intervenção da ONU e da qual Portugal faz parte. Soldado paraquedista, de 22 anos --- Sérgio Pedrosa.

Ontem o seu corpo chegou a Portugal e numa base da Força Aérea tiveram início as cerimónias fúnebres com a presença de autoridades militares e de familiares. E é aqui que eu me proponho a fazer as comparações com os tempos passados.

Muitos dos meus camaradas foram enterrados nos próprios campos de batalha mercê das dificuldades logísticas do momento. Outros, cujos corpos foram resgatados, ficaram em cemitérios locais hoje totalmente abandonados porque as famílias não tinham posses para pagar as despesas de transladação. Muitos outros voltaram nos seus esquifes à sua terra natal e a maioria sem quaisquer cerimoniais oficiais.

Pessoalmente, eu encontrava-me a cumprir missão em Timor quando o meu irmão faleceu em Moçambique. Ele pertencia à Força Aérea e não foram cobradas as despesas à família, talvez por isso... Lembro-me que nesse Ramo nunca se identificava um soldado pelo número nas Ordens de Serviço e sim pelo nome. Havia essa e outras diferenças que não se entendem. O meu pai foi buscar o corpo a Lisboa e acompanharam-no, no regresso a Évora, três soldados e um cabo. Todavia, até hoje ainda temos dúvidas sobre o que realmente estará dentro daquela urna...

Muitas das feridas abertas com a Guerra Colonial ainda não cicatrizaram. Alguns dos corpos que jaziam na África foram recentemente entregues aos seus familiares, mas isso em virtude de grandes e complexas negociações entre Associações de ex-combatentes e os Governos locais. Nunca por uma decisão do Estado português que continúa omisso em relação aos soldados de antanho e agindo de modo diferente aos de hoje.

HOMENAGEM

Uma mulher acordou uma manhã após a quimioterapia , olhou no espelho

E percebeu que tinha somente três fios de cabelo na cabeça.

- Bom (ela disse), acho que vou trançar meus cabelos hoje.

Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.

No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelo na cabeça.

- Hummm (ela disse), acho que vou repartir meu cabelo no meio hoje.

Assim ela fez e teve um dia magnífico.

No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.

- Bem (ela disse), hoje vou amarrar meu cabelo como um rabo de cavalo.

Assim ela fez e teve um dia divertido.

No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que não havia um único fio de cabelo na cabeça.

- Yeeesss... (ela exclamou), hoje não tenho que pentear meu cabelo.

*ATITUDE É TUDO*

Sejamos mais humanos e agradáveis com as pessoas.

Cada uma das pessoas com quem convivemos está travando algum tipo de batalha.

Vivamos com simplicidade.

Amemos generosamente.

Cuidemo-nos intensamente.

Falemos com gentileza.

E, principalmente, não reclamemos.

Preocupemo-nos em agradecer pelo que somos e por tudo o que temos.

Presto aqui uma homenagem à minha cunhada Sandra que, neste momento em que escrevo, já não sabe que está perdendo a última batalha da vida.

DIGNIDADE DE SER SOLDADO

A guerra colonial acabou há quase 34 anos. Foi há muito tempo, dirão alguns dos meus leitores; só passaram três dezenas de anos, dirão outros. Terão todos razão, porque se trata de uma situação de garrafa meia cheia ou meia vazia. Tudo depende da perspectiva pela qual se olha o problema. Por exemplo, foi há muitos anos, se pensarmos que a grande maioria dos actuais oficiais generais (majores-generais e tenentes-generais ou contra-almirantes e vice-almirantes) já não combateram na guerra colonial ou, no caso dos mais antigos, fizeram-no como alferes acabados de sair da Academia Militar. Contudo, não foi há tantos anos assim, se pensarmos que a maioria dos capitães de Abril são, agora, recém-reformados que ainda não atingiram os 70 anos de idade, estando, por conseguinte, distantes do chamado tempo médio de vida. Este facto, aparentemente, paradoxal parece, também, estranho, porque a maioria dos cidadãos já esqueceu que a guerra colonial durou 13 anos, quer dizer, cerca de mais de 1/3 da carreira normal de um militar do quadro permanente.

Quem, como eu, entrou na Academia Militar em Outubro de 1961 — seis meses depois do início da guerra — e foi promovido a alferes em 1965 e avançou para África em 1966, para cumprir uma comissão de serviço de 24 meses — sempre prolongados por via da demora na substituição — em 1974 já levava 8 anos de guerra, enquanto um alferes de 1960 tinha 13 e um alferes de 1973 somente um. Analisando as respectivas idades, temos que o alferes de 1960 teria, nessa altura, entre 20 e 23 anos — entre 33 e 36, em 1974; o de 1965 entre 29 e 32 aquando da Revolução dos Cravos; e o de 1973, entre 20 e 23.

Repetindo o raciocínio para a actualidade vemos que o primeiro terá agora entre 67 e 70 anos; o segundo, entre 63 e 66 anos; e o terceiro, entre 54 e 57. Claro que estou a excluir desta análise todos os que eram tenentes e capitães em 1961 e que terão actualmente entre 70 e 76 anos de idade.

A estes homens --- se lhes associarmos os sargentos dos quadros permanentes que em 1961 tinham à volta de 25 a 30 anos e que agora terão entre 71 e 76 anos --- podemos chamar-lhes o "custo da guerra". São uns milhares porque, nos períodos mais agudos do conflito, na Guiné estavam efectivos da ordem dos 20.000 militares e 40 a 50 mil em cada uma das outras colónias --- Angola e Moçambique. No total mobilizavam-se, por ano, à volta de 120.000 homens enquadrados por uns largos milhares de oficiais e sargentos dos quadros permanentes e por muito mais graduados milicianos, cuja passagem pelas fileiras, ainda que efémera, se comportava, no mínimo, entre os 3 a 4 anos de serviço.

É esta visão que os jovens governantes de Portugal parece não terem. Para eles, a guerra foi um acontecimento que já se passou há muitos, muitos anos e dela ouviram falar vagamente aos pais ou a algum parente. Eles não percebem que agora. ainda há custos de guerra que têm de ser pagos. Custos que são mais visíveis em cada um dos militares reformados e cujas idades estão compreendidas entre os quase 60 anos e os que sobrevivem aos 75.

Todas as medidas que afectam os militares reformados com idades próximas dos 60 anos são acções sobre os custos da guerra, são injustiças cometidas sobre quem esteve disponível para servir em todas as circunstâncias e em todos os momentos. Todas as medidas que afectam as pensões e as poucas regalias que se lhes haviam dado como recompensa do muito que esses militares ofertaram à Pátria, são nódoas que caiem na Democracia portuguesa, no brio e na honra de toda a Nação, porque, todos os que por lá andaram nessa guerra, se mais não fizeram não foi por cobardia ou falta de vontade… Foi porque o mundo e a razão dos povos esteve contra eles. Esses adversários eram demasiado poderosos para se deixarem vencer.

Se o senhor ministro da Defesa Nacional tivesse memória e consciência do que foi o sacrifico do seu próprio Pai — oficial do Exército — e o de todos os seus camaradas, se tivesse estudado a guerra à qual não foi, se não tivesse a ambição e a vaidade de se alcandorar ás cadeiras do Poder para se pavonear, já teria pedido a demissão e ter-se-ia recolhido ao magistério de onde nunca deveria ter saído. Não tem vergonha. Tem vaidade. Por isso fica instalado lá no gabinete, no Restelo, sem honra e sem o respeito de todos quantos serviram uma Pátria que ele nos quer fazer crer serve também. Não serve, porque lhe falta a coragem de se bater por quem se bateu. Não serve, porque compactua com os seus colegas que negam aos antigos combatentes as mais modestas migalhas que tanta falta lhes fazem. Não serve, porque cauciona a perseguição a todos os militares que lutam, como podem e sabem, pela defesa da dignidade de ser SOLDADO.

Luís Alves de Fraga (Coronel) Publicado na Internet


sexta-feira, novembro 23, 2007

BENEFÍCIOS DO AZEITE DE OLIVEIRA

Depois de apelidado de "ouro líquido" por seus benefícios à saúde, foi descoberta mais uma vantagem sobre o consumo de azeite: ele impede o acúmulo de gordura na barriga. Incluir azeite extra virgem no dia-a-dia diminui os maiores fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes, gastrites, hipertensão, dores, osteoporose e até mesmo câncer. Mas a novidade é que um estudo coordenado por cientistas europeus acaba de apontar esse novo benefício que fascina principalmente as mulheres, inimigas número um da gordura abdominal.

A pesquisa foi publicada na revista Diabetes Care, da Associação Americana de Diabetes, e comprovou que a ingestão diária de duas colheres das de sopa de azeite evita a formação de gorduras na região visceral, que resulta na indesejável barriguinha. “Ao consumir o azeite extra virgem, estamos ingerindo 77% de gordura monoinsaturada, 14% de saturadas e 9% de polinsaturadas, o que torna o óleo mais saudável em relação aos outros”, disse o cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração, Dr. Daniel Magnoni.

O estudo foi realizado por especialistas do Hospital-Universidade Reina Sofia e Instituto Salud Carlos III, da Espanha, e Universidade de Cambridge, da Inglaterra acompanhou pacientes com gordura abdominal acumulada que receberam, por um período de 28 dias cada, três tipos de dietas: uma baseada em gordura saturada, a segunda com monoinsaturada e a última com carboidratos. A conclusão da pesquisa foi que uma dieta rica em gorduras monoinsaturadas retrai a distribuição da gordura na região da barriga.

Os benefícios do azeite

O azeite extra-virgem é reconhecido pelo FDA - Food and Drug Administration -, como um alimento com características funcionais que, pela presença de antioxidantes, fortalece o sistema imunológico. Enquanto os outros óleos são produzidos a partir das sementes, o azeite é o único óleo extraído da fruta (azeitona), que possui gordura monoinsaturada, vitaminas, antioxidantes e minerais, além de ser fonte de vitamina E. O azeite de oliva é rico em gorduras monoinsaturadas, que ajudam a elevar o HDL (colesterol "bom") e a reduzir o LDL (colesterol "ruim"). Cerca de 20% das calorias diárias consumidas por uma pessoa devem vir da gordura monoinsaturada, 10%, da poliinsaturada e até 7%, da saturada. No caso de diabetes, a substituição de gordura saturada e do carboidrato pelo azeite (gordura monoinsaturada) melhora a resistência à insulina e conseqüentemente diminui a glicemia do diabético. “Há muito tempo as dietas recomendadas pelo cardiologistas, endocrinologistas e nutrólogos utilizam o aumento de gordura monoinsaturada em substituição ao carboidrato”, conclui Dr. Magnoni.

MANUAL MÉDICO (Divulgação)

A "Merck Sharp & Dohme" tem traduzida em 18 línguas diferentes a
sua obra "Saúde para a Família".
Graças às suas características de texto conciso, de rigor, e de facilidade de consulta, obteve o statuts de obra de referência.
Agora, já acessível em português (de Portugal) e gratuitamente (Manual Merck de Saúde) no site:
www.manualmerck.Net
O Manual demorou 5 anos para ser escrito e contou com o concurso de 200 especialistas.

O FADO É ANTIGO...

ENGENHARIA ALENTEJANA

MINISTROS PORTUGUESES

DIPLOMÀTICAMENTE...

Não é meu costume apresentar aqui réplica a comentários feitos às minhas postagens e não pretendo fazer isso jamais. Sou da opinião que o bloguista simplesmente deve ler as críticas, a favor ou contra, e só delas tomar ciência com a gratidão pela sua existência.
Só quero esclarecer que o sentido da minha crónica intitulada "Diplomacia Atropelada" não foi o de criticar a postura doutrinária ou o conteúdo discursivo dos personagens, mas sim o comportamento e, neste caso, do rei de Espanha com o seu aparte. O abandono da sala, silenciosamente, já seria mais aceitável, como o foi após discurso de Daniel Ortega mas, mesmo assim, também arranhando a diplomacia.

quarta-feira, novembro 21, 2007

COPA 2014

OBRIGADO PROFESSORA!

Meio século já se passou e essas dezenas de anos não fôram suficientes para apagar certas lembranças que insistem em permanecer e que, afinal, jamais se apagarão.
Faltavam três meses para o exame da 4ª classe do ensino primário e um pouco mais de tempo para a prova de admissão ao ensino secundário, ao qual concorriam os aprovados no primeiro. Nem todos tinham esse privilégio, pois a maioria não dava sequência aos estudos mercê da sua precária condição económica, passando a ajudar os pais nos trabalhos do campo ou na cidade e alguns no seu primeiro emprego informal como mocinho de recados, marçano, enfim.
O "exame de admissão", uma espécie de vestibular dos dias actuais, era selectivo e rígido. Mesmo que não estipulasse uma limitação de vagas, só seria aprovado quem realmente tivesse conhecimentos específicos. Assim, para uma quase certeza de sucesso, os mais abastados recorriam aos denominados "explicadores" que administravam aulas particulares para aperfeiçoamento. E eu não me incluía nesse grupo...
Dona Mimi, esposa do meu professor, Virgílio da Fonseca, dava esse tipo de aulas na sua residência lá em Estremoz. Não sei se a pedido de alguém, a mim e ao meu coleguinha Emídio foi-nos facultada a participação nas aulas gratuitamente. E, além disso, ainda era oferecido aos dois um lanche no intervalo, pois que todos os demais o levavam de suas casas e nós não...
Quando chegava a hora, eu recebia das mãos de Dona Mimi aquele pedaço de pão com conduto e um copo de café com leite. De olhos baixos e com timidez extrema recebia a dádiva silenciosamente e ía comer no cantinho da sala. Não sei durante quantos dias essa cena se repetiu, mas lembro-me perfeitamente do diálogo que quebrou essa rotina:
--- É boa educação dizer "obrigado" ---, disse-me Dona Mimi e ao que eu, ruborizado, trémulo e inocentemente respondi
--- Obrigado professora! é que eu estava guardando todos os "obrigado" para o último dia ---.
Acho que já vai para três anos que tive notícias do falecimento de Dona Mimi e isso me abalou profundamente. Fazia parte dos meus planos, quando da minha próxima visita à cidade natal, procurá-la e exprimir-lhe, do fundo do meu coração, o meu eterno agradecimento com um maiúsculo "OBRIGADO!".

domingo, novembro 18, 2007

DICÇÕES DA LÍNGUA PORTUGUESA

Na edição do pretérito dia 14, o jornal "Folha de S. Paulo" publicou, num dos seus cadernos, uma reportagem da qual retirei para o blog dois trechos que compactei:
Jô Soares agora vai se lançar numa seara musical, digamos, experimental. A partir de hoje à noite, o "Gordo" inaugura a programação adulta do Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, com "Remix em Pessoa", espetáculo insólito em que recita, com direito a sotaque lusitano, poemas de Fernando Pessoa (1888-1935).
Acompanhado de uma trilha sonora igualmente insólita, que inclui o compositor alemão Johann Sebastian Bach, rock, hip hop e drum "n" bass, entre outros.
É o meu xodó", disse Jô em entrevista coletiva na semana passada, adiantando que promete recitar os poemas com sotaque lusitano, brincadeira que, diz ele, costuma fazer em shows em Portugal.
"Não dá para falar palavras como "algibeira" e "enxovalho" com sotaque brasileiro", explica Jô, que fica sozinho no palco do teatro.
Não tive oportunidade de assistir à apresentação e não comprei o CD. Porém, este último eu pretendo adquirir, pela única razão de se tratar de um trabalho que faz parte de águas onde costumo navegar... Adoro poesia e gosto de recitar obras de vários autores num estilo próprio e dentro das quatro paredes da minha biblioteca. Não tenho pretensões de me igualar aos bons como Paulo Autran, Villaret e até mesmo Jô Soares.
Com esta nota fugi ao tema mestre do que pretendia abordar aqui e que diz respeito à récita ser executada com sotaque português. Não sou desmancha prazeres, mas isso não vai ficar bem. Fortalece a minha afirmativa aquela cena de alguns tempos atrás, num dos programas do mesmo Jô Soares em que um dos convidados foi o fadista português Carlos do Carmo.
Nessa oportunidade o Jô tocou nesse assunto de brasileiros algumas vezes falar imitando o sotaque de Portugal e ele próprio assim proferiu algumas frases. A reprimenda foi imediata e contundente quando Carlos do Carmo disse: "Isso sôa muito ridículo". Jô Soares engoliu a sêco...
Muitas vezes oiço amigos meus ou outras pessoas contarem piadas de português, facto muito comum aqui no Brasil, e todos fazem questão de aportuguesar a dicção como na frase "estás a ver?" em que pronunciam "estais a veire?". O mesmo acontece quando um português tenta falar abrasileirado; ridículo também. Sou da opinião que cada um deve falar com o seu sotaque corrente, mesmo que este tenha assimilado partes distintas do original, numa fluência natural que, principalmente não agrida a língua e não se preste a xacota.