segunda-feira, dezembro 26, 2016

Arqueologia no Alentejo

PÚBLICO - Uma inesperada virtualidade do projecto Alqueva está a revelar-se à medida que vão sendo conhecidos os resultados do Plano de Minimização de Impactos no Património Arqueológico (PMIPA). “Quase de repente e no espaço de duas décadas, passámos para uma nova realidade sobre o passado histórico do Alentejo”, observa o arqueólogo Miguel Serra, frisando que o avanço no conhecimento científico “é tal que a todo o momento aparecem novos dados que, nalguns casos, colocam em causa a informação entretanto recolhida”, assinala o investigador que participou em vários levantamentos arqueológicos na área sob influência do Alqueva.
Mas subsistia uma lacuna: a população das aldeias de Beja, que durante anos olhou à distância o trabalho de dezenas de arqueólogos envolvidos nos trabalhos do PMIPA, comentava com frequência: “Eles chegam, retiram e levam e nós sem saber o que é que eles andam a fazer.” Foi este lapso de informação que Miguel Serra procurou, em parte, reparar, transmitindo o conhecimento histórico acumulado entre 1995 e 2016 através da iniciativa “12 Lugares, 12 Meses, 12 Histórias — A Idade do Bronze na região de Beja”, organizada pela Câmara de Beja em parceria com a empresa de arqueologia Palimpsesto.
Assim, entre Janeiro e Dezembro de 2016, uma vez por mês e sempre a um sábado, foram programadas para as 12 freguesias do concelho de Beja percursos pedestres, que variaram entre os 4,5 e os 14,5 quilómetros. Os itinerários escolhidos contemplaram alguns sítios onde houve alguma descoberta arqueológica de artefactos da Idade do Bronze, para além da observação e interpretação da paisagem.   
Na véspera de cada caminhada, à noite, era realizada na sede das juntas de freguesia uma conferência sobre os sítios arqueológicos identificados no local, e datados de entre o ano 2000 e 800 a.C.. “Tivemos conferências com meia dúzia de pessoas e outras com dezenas de participantes, quase sempre marcadas com debates intensos que se prolongavam durante horas”, refere o arqueólogo. Ficou patente o desconhecimento sobre os resultados das pesquisas arqueológicas relativas à Idade do Bronze realizadas nas 12 freguesias. Com efeito, a informação recolhida “não tem sido divulgada para além de relatórios técnicos”, acentua Miguel Serra. Uma situação que quis mudar.
Este esforço de transmissão de conhecimento acabou por recompensar os dois lados porque, durante as discussões, surgia, por vezes, a indicação de vestígios arqueológicos que a população conhecia há muito e que tinham sido encontrados, na maior parte das vezes, no decorrer de trabalhos agrícolas.
Com estas visitas, cresceu a sensiblização e tornou-se recorrente o desejo de ver parte do património arqueológico exposto nas terras onde foram realizadas descobertas, assim como os locais onde foram recolhidos acessíveis a quem os quisesse visitar. “Que pena essas coisas não ficarem à vista para outros verem”, era um lamento comum, que demonstrava o secreto desejo de ver na terra gente vinda de fora para contemplar o património descoberto.
Por se tratar de intervenções arqueológicas de salvamento devido às obras de Alqueva, as acções passam pela recolha das peças, faz-se a avaliação do seu contexto cronológico e geográfico e depois os locais onde foram descobertos são inevitavelmente destruídos para a instalação das infra-estruturas de rega.
Emília Pereira, 67 anos de idade, que participou num dos percursos pedestres, confessou ao PÚBLICO a sua desolação por não ver “as tais ruínas dos romanos”, pensando talvez que os vestígios descobertos tivessem a monumentalidade que se observa, por exemplo, em Itália, no Egipto ou na Grécia. No entanto, os esclarecimentos prestados por Miguel Serra acabavam por situar os mais frustrados na verdadeira dimensão daquilo que a caminhada a pé se propunha alcançar, ou seja, conhecer a história das comunidades que viveram naqueles mesmos locais durante a Idade do Bronze, como faziam o culto dos mortos ou como ocupavam a paisagem.
No decorrer de uma das caminhadas, o arqueólogo pára junto a uma linha de água e descreve como ele próprio participou no levantamento de um povoado que ali existiu e de onde é possível observar, à distância de alguns quilómetros, a cidade de Beja. Na altura em que a comunidade da Idade do Bronze ali esteve instalada, a colina onde hoje se situa a capital do Baixo Alentejo “terá permanecido desabitada até à Idade do Ferro”, explicou Miguel Serra, perante a surpresa de alguns dos caminhantes.
O arqueólogo continua a contar como há 2000 anos “surgiram povoados abertos na planície com as suas cabanas redondas e silos escavados na rocha e cemitérios com sepulturas em pedra assinaladas por estela gravadas ou câmaras subterrâneas contendo mortos e dádivas.”  
Esta época é marcada pela importância dada à exploração dos ricos recursos naturais do território que é hoje a região de Beja e pela sua ocupação extensiva, como o provam as centenas de sítios arqueológicos actualmente conhecidos. Ao longo da Idade do Bronze, as comunidades encontravam-se envolvidas num processo transformador de larga escala que abrangeu todo o ocidente peninsular e que implicou uma grande abertura destas populações ao exterior.
Miguel Serra realça a presença de material oriundo do Egipto nas sepulturas daquela época, postas agora a descoberto, e revela que as primeiras peças de bronze identificadas no sudoeste peninsular, onde se insere a região de Beja, “vieram do oriente antes da chegada dos Fenícios”, assim como “o âmbar, da região do Báltico.” Naquela época da pré-história já se realizavam “trocas de produtos, de ideias, de tecnologias e até de pessoas” vindas de grandes distâncias, referiu o investigador, que consegue espantar quem o ouvia quando frisou que “os povos que aqui viveram durante a Idade do Bronze não eram assim tão primitivos como por vezes se pensa.”
Umas vezes à chuva e outras sob o intenso calor do verão, quase 600 participantes ficaram a conhecer melhor a sua terra. Outros vindos do
Algarve, Alto Alentejo, Lisboa e até do estrangeiro aprofundaram os seus conhecimentos sobre a pré-história do sul de Portugal.
Miguel Serra admite que Beja possa ser “dos poucos locais do país a discutir a Idade do Bronze” dado o grau de conhecimentos já veiculado.
Ao todo, foram percorridos mais de uma centena de quilómetros pelas 12 freguesias do concelho de Beja. Nas 13 conferências realizadas participaram cerca de 250 pessoas. Durante os percursos pedestres foram visitados 21 sítios arqueológicos e outros 102 foram mencionados no decorrer dos debates. Os números surpreendem o arqueólogo, que não anteviu a vontade das comunidades de hoje conhecerem como viviam as que as antecederam.
Terminada a última caminhada da iniciativa “12 Lugares, 12 Meses, 12 Histórias — A Idade do Bronze na região de Beja”, no passado dia 17 Dezembro na freguesia de São Matias, ficou a expectativa em muitos dos quase 600 participantes — na sua esmagadora maioria com idades acima dos 50 anos e alguns rondavam os quase 80 anos — de poderem vir a participar em novas caminhadas para conhecer mais sobre a história da sua terra. Ficam a aguardar que a Câmara de Beja dê continuidade à experiência que custou aos cofres municipais 1500 euros. Uma das caminhantes com 68 anos expressou ao PÚBLICO o seu orgulho em conhecer “o importante passado histórico” da terra onde nasce, a qual “não foi ensinado na escola” dos filhos e netos, mas que ele agora pode ensinar.
    
Alqueva dá mas também tira
A transformação do modelo agrícola na zona sob influência do Alqueva está a privar muitas das comunidades que nela residem de poder circular. Como o PÚBLICO constatou nas caminhadas que acompanhou, muitos caminhos naturais e vicinais estão a desaparecer. Cancelas e arame farpado vedam as passagens e ninguém controla este ascendente desmesurado que cerceou os acessos ao rio Guadiana
“Algumas das caminhadas que foram efectuadas já não são repetíveis porque os caminhos já não existem” refere Miguel Serra, explicando que numa delas “tivemos que abrir e fechar 14 cancelas na sua maioria de aparcamentos de gado para chegar a um sítio arqueológico que estava no nosso itinerário.”
Caminhos naturais estão cortados por manchas de olival sem fim ou por aparcamentos de gado que se seguem uns aos outros e que foram percorridos pelas comunidades locais ao longo de séculos.
O arqueólogo alerta para uma das sequências deste estado de coisas. “Se não houver condições de acesso aos sítios a informação sobre eles morre, até porque os indivíduos munidos de detectores de metais delapidam sítios arqueológicos importantes” por se encontrarem, como é óbvio, isolados.

In Público


sexta-feira, dezembro 16, 2016

Embraer KC-390

Quando pela primeira vez vi a foto do avião Embraer KC-390, surpreendeu-me ver na fuselagem, além da brasileira, as bandeiras de Argentina, Portugal e República Checa. Não sabia o porquê disso e até cheguei a perguntar numa postagem no Facebook, mas ninguém me respondeu. Também não corri atrás dessa informação fazendo uma pesquisa.
Actualmente, como diariamente esse avião aparece na mídia, principalmente no transporte dos sobreviventes do acidente com o time do Chapecoense, procurei e descobri...
O KC-390 é um projeto desenvolvido para a produção de um jato militar de transporte e que substituirá o C-130 dos EEUU.


Para o desenvolvimento e produção da aeronave, a Embraer firmou parcerias com a Argentina, Portugal e República Tcheca. A empresa brasileira fornece a seção dianteira da fuselagem com a cabine de pilotagem, asas, seção intermediária da fuselagem e estabilizadores vertical e horizontal. Executa também a integração dos comandos de voo, softwares, aviónica e equipamentos como os trns de pouso. A Argentina fornece as portas do trem de pouso dianteiro, porta dianteira direita, parte da rampa de acesso traseira, flaps  e cone de cauda. Portugal fornece a seção central da fuselagem, sponson e portas do trem de pouso principal e lleme de profundidade. A República Tcheca fornece a porta dianteira esquerda, portas traseiras, parte da rampa de acesso traseira e seção traseira da fuselagem.

sexta-feira, novembro 25, 2016

Comandos


Romãs


Acredito que uma das coisas mais gostosas da vida é, com quase 100 anos de idade, voltar a fazer algo que muito fiz na minha infância --- "roubar" fruta do quintal alheio.

Lembro-me tão bem como se hoje tivesse acontecido que, naqueles tempos de tenra idade, na minha cidade natal de Estremoz (Portugal), subia o muro do quintal da D. Conceição, atrás da Rua dos Telheiros, e lá mesmo abocanhava aquelas  lindas e saborosas romãs. Enormes e muito doces. Rachadas de  maduras, era porta de entrada para as formigas que eu acabava  de incluir no bolo alimentar e saborear. Só me apercebia de  algo diferente por causa de um gostinho acre. Dizia-se que  comer formiga fazia os olhos bonitos e talvez seja por isso que  eu me envolvi com algumas belas mulheres muitos anos mais  tarde...

 Há anos que na minha rua, aqui no Brasil, existe um terreno  murado cheio de árvores de frutos diversos, de muitas espécies; pitangas, carambolas, nêsperas, ameixas, laranjas, limões, acerolas, romãs, etc., etc., tudo perdido porque o proprietário faleceu e os herdeiros só esporàdicamente aparecem.

Nunca liguei para aquela fartura e tão pouco alguma vez pensei em pular o muro. Mas lamentava o desperdício quando pensava na multidão de pessoas carentes ávidas de saborear algo a que não têm acesso.

Mercê de um problema de saúde que carrego e para o qual a romã é um dos melhores "medicamentos" naturais, que dizem ser muito eficaz, comprei alguns desses frutos importados, muito caros, e comecei a "namorar" aquelas amadurecendo por cima do muro...

Lembrei-me que tinha um cano de ferro bem comprido entre os badulaques que costumo guardar. Tinha, também, um suporte de extintor da minha velha kombi. Cortei este e soldei-o naquele. Fiz uma garra longa e nenhuma romã escapou. Todas maduras, inclusivamente as bem pequenas. Ainda por lá ficaram muitas mais a aguardar-me para uma segunda apanha...

segunda-feira, novembro 14, 2016

Bolota



Em tempos de guerra e carestia a bolota substituía na alimentação o cereal que escasseava. Em tempos de bonança dava-se ao gado. Hoje em dia, mais que novidade resgatada do passado, a bolota é uma bomba de saúde.
Quando Alfredo Sendim, proprietário da Herdade do Freixo do Meio, em 1995 tomou consciência da quantidade de quercus que o seu montado tinha, e do eventual desperdício de alimento potencial que ficava no chão, resolveu dar-lhes bom uso:
“A bolota é um dos alimentos mais equilibrados para o ser humano que a natureza nos oferece”, diz-nos. “Já foi o nosso principal alimento, há seis séculos. Sendo extremamente equilibrada e promotora de saúde, a bolota de qualquer Quercus [carvalhos, sobreiros, azinheiras, freixos] tem um equilíbrio extraordinário entre proteína, hidratos de carbono e gordura. Esta ultima é idêntica ao azeite. Os seus hidratos de carbono não têm glúten e são de cadeia longa, o que promove um bom índice glicémico. É fortemente antioxidante, prébiotica e anti-inflamatória, através do ácido cloragénico.”
A Herdade do Freixo do Meio pediu a participação do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto para ser estudado o efeito deste ácido, abundante na bolota, sobre as doenças neurológicas degenerativas. O ácido cloragénico tem um enorme efeito no combate aos radicais livres, o que torna a bolota, no mínimo, interessante do ponto de vista clínico e com potencial para futura aplicação em doenças como o Alzheimer.
Estas e outras conclusões foram apresentadas ao público no “Symposium: A Bolota, o futuro de um alimento com passado” que a Herdade efetuou em março passado. O objetivo deste foi divulgar o conhecimento e as práticas atuais em torno da valorização deste recurso essencial, pelo que foram apresentados resultados de uma investigação aplicada sobre as características nutricionais e funcionais da bolota, o potencial económico da fileira, os aspetos tecnológicos, bem como os aspetos histórico-sociológicos.
A bolota substitui diretamente a farinha de cereais, a batata e a amêndoa, por exemplo. Diz-nos o engenheiro Alfredo Sendim que neste symposium “foram saboreados pão, bolos, bolachas, pastéis de nata, bombons, filhoses, doçaria regional, sopa, croquetes, hambúrgueres, enchidos, pratos confecionados, café, licor, aguardente, cerveja, Gin, gelado, iogurte, …” todos realizados com a bolota como base de trabalho.
Perante tão longa lista de predicados perguntámos ao engenheiro que razões haveria para que a bolota não fosse já um produto de uso comum. Respondeu-nos, diplomaticamente “erro humano, desconhecimento”. As razões na realidade podem ser mais profundas: erro humano e desconhecimento serão certamente as razões que podemos apontar a uma geração mais jovem. Para todas as outras, será certamente a memória de tempos difíceis, quando a bolota era o último recurso. Jennifer Paterson, a morena das Two Fat Ladies, aponta a mesma razão para o facto de muitos ingleses de mais idade não gostarem de coelho. Quando se comia determinada coisa em tempos de pobreza, quando melhoramos a condição de vida a primeira coisa que fazemos é deixar de comer essa mesma coisa que nos traz lembranças da fome.
Alfredo Sendim defende mesmo a o uso da bolota como motor económico para a região, uma vez que “tem um potencial superior ao da cortiça”.
Se não estiver nos seus planos dar por agora um salto ao Alentejo, pode conhecer os derivados de bolota do Freixo do Meio, e toda a sua restante oferta biológica, na loja da Herdade no Mercado da Ribeira, em Lisboa
.
JOÃO GALVÃO  --- in www.delas.pt




sexta-feira, agosto 05, 2016

Astúrias

Durante muitos anos eu cortei o cabelo no Salão do Mineiro, no Bairro São Bernardo. Preço: 15 reais.
Bom papo, boas piadas num lugar tranquilo, por lá me acostumei.
Em 2013 eu resolvi deixar crescer o meu cabelo e deixei "rabo de cavalo". O corte periódico passou a ser sòmente nas laterais e na nuca, o tradicional pé. Mas o Mineiro não se actualizou, ignorou os modernismos e eu fui forçado a encontrar outro profissional.
Encontrei o André, um garoto espectacular e bom profissional, lá no Salão do Dado, na Vila Teixeira. Muito conveniente para mim, pois o preço de 20 reais e a localização estavam a meu favor.
Este último Salão é de alto gabarito e porta uma série de especialidades para os dois sexos. Até me surpreende que o preço não seja mais elevado...
Ali, o André lava o meu cabelo e o corta depois. Apara ligeiramente a minha barba, as sobrancelhas e corta os pelos das orelhas e nariz. Tudo isto enquanto travamos um diálogo agradável. Passou a cobrar 25 reais desde a última vez que lá fui e achei que estava dentro da normalidade.
Como o André teve um acidente e machucou uma das mãos e eu necessitava cortar o cabelo, excepcionalmente tentei recorrer a outro profissional. Aproveitei uma ida ao centro velho da cidade e percorri a Rua Luzitana onde, outrora, havia vários pequenos salões que até cobravam um preço bem menor em relação à média. Mas não encontrei mais qualquer um deles. Achei, quase na esquina da Luzitana com a General Osório, o Salão Astúrias.
Parei em frente à porta, na calçada e vi 3 cadeiras antigas de barbeiro vazias e 3 profissionais sentados nas cadeiras da parede conversando. Gostei do lugar.
Perguntei a mim mesmo se eles estariam modernizados e não como o Mineiro. Antes, porém, perguntei o preço de um corte de cabelo (já estou escaldado...) e um dos profissionais encheu o peito e respondeu: 60 reais! Agradeci, educadamente como não poderia deixar de ser e fui embora. Vou esperar o André estar recuperado...
Eu até sei de lugares onde se corta o cabelo por preço muito mais elevado, chegando até a cem paus, mas isso é outra conversa. No centro que precisa de revitalização e em plena crise económica, praticar preços como os que o Salão Astúrias pratica, é caminho para rápido fechamento das portas. Suponho que os 60 reais seriam divididos pelos três e teriam salvo o dia...
O Príncipe de Astúrias herdou o trono de Espanha e é Rei, mas isso não tem nada a ver com a barbearia...

quarta-feira, agosto 03, 2016

Portugal nas Olimpíadas

O desporto português estará representado por 92 atletas em 16 modalidades nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Vista ao raios-X, a comitiva portuguesa é maioritariamente composta por estreantes: 54 dos atletas terão no Rio 2016 a primeira experiência olímpica. Entre os 38 restantes destaca-se o velejador João Rodrigues, que vai disputar os seus sétimos Jogos Olímpicos – o madeirense foi por isso escolhido pelo chefe da missão olímpica portuguesa, José Garcia, para ser o porta-estandarte de Portugal na cerimónia de abertura.
Os homens representam mais de dois terços da delegação portuguesa (62 atletas contra 30 elementos femininos) e João Rodrigues é, com 44 anos, o terceiro mais veterano da delegação portuguesa. Só é ultrapassado pela cavaleira Luciana Diniz (45 anos) e pelo atirador João Costa (51). A média de idades dos 92 atletas portugueses situa-se nos 27,7 anos, sendo Tamila Holub a mais jovem do grupo – a nadadora que vai disputar os 800m livres tem apenas 17 anos. A selecção de futebol é responsável pela presença de um número considerável de atletas jovens na delegação, já que a convocatória é limitada ao escalão sub-23. Só é permitida a inclusão de três futebolistas com mais de 23 anos.
Para além de João Rodrigues, entre os atletas com mais presenças nos Jogos Olímpicos estão o atirador João Costa, o marchador João Vieira e o velejador Gustavo Lima, que vão cumprir no Rio de Janeiro a quinta participação olímpica. Seguem-se Telma Monteiro (judo) e Emanuel Silva (canoagem), que já estiveram em três Jogos Olímpicos. E o canoísta é um de apenas três atletas na comitiva com medalhas olímpicas no currículo. Emanuel Silva subiu ao pódio nos Jogos de Londres 2012, tendo conquistado a medalha de prata na prova de K2 1000m em conjunto com Fernando Pimenta. O outro medalhado da comitiva é Nelson Évora, que se sagrou campeão olímpico em Pequim 2008 no triplo salto.
Nascido na Costa do Marfim, Nelson Évora é um dos 19 atletas nascidos fora de Portugal que vão competir por Portugal no Rio 2016. No que diz respeito à naturalidade, este é o contingente mais numeroso – seguido pelo dos naturais do distrito de Lisboa, que totaliza 16 elementos. No top das origens dos atletas seguem-se o Porto, com 12 atletas, Braga (nove) e Leiria (sete). Quase todo o país está representado, Açores (um atleta) e Madeira (três) incluídos. Só não há atletas oriundos dos distritos de Castelo Branco, Évora, Portalegre e Vila Real.
Entre os nascidos no estrangeiro, há três desportistas com raízes em França (a maratonista Jéssica Augusto, a varista Maria Leonor Tavares e o golfista Filipe Lima). As mesatenistas Fu Yu e Shao Jieni nasceram na China; já a cavaleira Luciana Diniz e o velejador Gustavo Lima nasceram no Brasil. Angola, Bulgária, Congo, EUA, Guiné-Bissau, Inglaterra, Moldávia, Rússia, São Tomé e Príncipe, Suíça e Ucrânia são os países que compõem a lista.
Um estudo conduzido por elementos do Imperial College de Londres concluiu que os portugueses "cresceram" 13,9 centímetros e as portuguesas 12,5 nos últimos 100 anos. A média de alturas, actualmente, situa-se nos 172,9 centímetros para os homens e 163cm para as mulheres. Mas os desportistas que vão ao Rio 2016 estão um pouco acima desses valores: a média de altura da delegação está em 175,4 centímetros, com o valor entre os homens a ser de 179,8 e para as mulheres de 166,2. Segundo os dados do Comité Olímpico de Portugal, o mais alto da comitiva é Tsanko Arnaudov, que competirá no lançamento do peso: mede 198 centímetros, mais quatro do que Tiago Ferreira (ciclismo BTT) e mais seis do que o judoca Célio Dias. A mulher mais alta é Irina Rodrigues, do lançamento do disco, com 183 centímetros.
No extremo oposto estão três elementos do atletismo: Marta Pen (1500m) tem 153 centímetros de altura, seguida por Daniela Cardoso (20km marcha) e Salomé Rocha (10.000m), ambas com 157cm. David Rosa, que repete a presença de Londres 2012 no ciclismo BTT, é o mais baixo da delegação entre os homens: 164 centímetros. O atleta nascido em Fátima é também o homem mais leve, pesando 52 quilos. Mas ninguém pesa menos do que Jéssica Augusto, a mais leve da comitiva com 44 quilos. Tsanko Arnaudov é, para além do mais alto, também o mais pesado: 155 quilos.

Compilação de:
https://www.publico.pt/desporto/noticia/quem-sao-os-atletas-portugueses-que-vao-estar-no-rio-2016-1739877

sexta-feira, julho 29, 2016

Pânico

Como complemento para início de tratamento de um pequeno problema de saúde, foi-me indicada uma cintilografia óssea que, agendada há dois meses atrás, foi ontem efectuada.
Eu jamais ouvira falar de tal exame a exemplo de outros e, naturalmente, aguçou-se-me a curiosidade. Li muito a respeito, mas nem prestei atenção às imagens do equipamento, pois para mim o procedimento consistia na entrada numa câmara e lá ficar por algum tempo, talvez uns 15 minutos. Porém, todos  os dias pensava a respeito e sempre ansioso e preocupado.
Há uns anos atrás o diagnóstico errado de um cardiologista gerou em mim a síndrome do pânico e eu tenho passado todo esse tempo a tentar eliminar isso ou, pelo menos, a saber conviver com o problema. A claustrofobia é uma das principais detonadoras do pânico, pois não posso, de modo algum, pensar em ficar preso em algum lugar ou simplesmente pensar nessa possibilidade.
Entrar num elevador, sózinho, já constitui um problema que acabo por ultrapassar, mas é um problema. E as viagens de avião sempre trazem à tona pensamentos ruins quando do fechamento das portas antes da decolagem...
Chegado o dia D, ontem, fui atendido na Clínica de Medicina Nuclear. O primeiro procedimento foi a injeção do produto do contraste na veia, coisa por demais simples. Como instruído, fui passear pela redondeza para que houvesse o efeito desejado, durante 3 horas. Comi, bebi e passeei, sempre com a minha acompanhante.
Ao regressar à Clínica, fui alvo de um pequeno interrogatório trivial, relacionado com o meu estado físico e antecedentes clínicos.
Finalmente entrei na sala do "suplício", despojei-me dos objectos metálicos e deitei-me na maca de barriga para cima, tudo conforme as indicações da profissional da área.
Deitar-me de barriga para cima é algo que não posso fazer ao dormir, pois que, por causa da obesidade, fico com a sensação de falta de ar. Outra vertente a incidir na síndrome do pânico. Não obstante, enfrentei o desafio.
Totalmente imóvel, como me fora sugerido, fechei os olhos como sempre faço nas situações de radiologia e isso não me deixou ver que eu não estava a entrar numa câmara e que simplesmente estava a ser varrido pela câmera (esta com "e"...).
Passou um minuto e comecei a ficar desesperado, em pânico mesmo. Comecei a lutar contra todos os pensamentos ruins e tentar concentrar-me nos bons. Parecia que não conseguia e pensei em gritar para que parassem tudo e me tirassem dali. Foi por um triz que não melei todo o procedimento que, suponho, deve ser muito caro, mas bancado pelo Sistema Único de Saúde.
Escutei um som diferente, uma espécie de clik e isso gerou a sensação de que estava tudo a terminar. Foi, então, que abri os olhos e vi aquela placa de luz esverdeada sobre o meu rosto. Olhei mais atento, virando o olhar, e vi do lado aquela régua luminosa que indica o decurso do download nos computadores, como uma ampulheta. Faltava ainda um pouco e aí comecei outra vez a preocupar-me. Mas fui forte outra vez e tudo terminou. Estou aqui, hoje, a contar-vos a história dramática...

sexta-feira, julho 08, 2016

Reciclagem

Faz chá de saquetas? Certamente depois de o chá estar pronto, deita a saqueta fora, certo? Mas sabia que a saqueta do chá antes de ir para o lixo pode ser reaproveitada?
1. Tratar irritações na pele
Se aleijou na pele? Ou foi picado(a) por um mosquito? Arranhões, contusões, vermelhidão, inflamações e picadas de insetos podem ser aliviados com a ajuda de saquinhos de chá.
Basta molhar a bolsinha de chá com água fria corrente e mantê-la pressionada e em contato com a área afetada por 15 minutos. O chá contém tanino, que vai remover a inflamação e a irritação, além de reduzir a vermelhidão e o inchaço.
Manchas de sol, herpes e olheiras também podem ser tratados com compressas frias de saquinhos de chá usados.

2. Eliminar odor ruim em sapatos
O odor desagradável de sapatos vai desaparecer se colocar um saco de chá usado dentro deles. Ele vai absorver o excesso de humidade e o mofo.

3. Eliminar odor ruim do frigorífico
Se colocar um saquinho de chá usado no frigorífico, ele vai neutralizar o cheiro desagradável. A bolsa usada de chá vai absorver os odores dos alimentos e manterá o equilíbrio de humidade do local onde conserva os alimentos.

4. Facilitar limpeza de pratos
Como limpar os pratos muito sujos sem o uso de produtos químicos e não perder tempo removendo os resíduos endurecidos de comida?
Mergulhe os pratos durante a noite numa pia cheia de água e coloque alguns sacos usados de chá dentro. Na manhã seguinte vai eliminar toda a sujidade e a gordura dos pratos com enorme facilidade.

5. Evitar a presença de ratos, aranhas e outros insetos
Os sacos de chá usados não agradam a ratos, aranhas e insetos. O cheiro de chá os incomoda e eles afastam-se.
Basta colocar bolsinhas usadas na despensa e em outras áreas problemáticas.

6. Purificar o ar do carro
Tudo que precisa
de
fazer é colocar um saquinho usado de chá no seu carro, em vez de um ambientador. Ele vai efetivamente absorver a humidade e eliminar os maus odores.
Vale a pena tentar este truque: é tão eficiente quanto os purificadores de que compra na loja, mas estes são muito mais baratos!
cha_carro

Matemática

Matemática: Genial, Genial, Genial!..
Que significa 100%?

Que é dar MAIS de 100%?

Alguma vez te perguntaste como são essas pessoas que dizem que dão mais de 100%?

Todos assistimos a reuniões onde nos pedem que demos mais de 100%.

De que é composto esse 100%?

Aqui esta uma simples fórmula matemática que pode ajudar a responder a estas perguntas:
Utilizemos a seguinte tábua que nos dá a percentagem numérica das letras do nosso alfabeto.


A = 1
B = 2
C = 3
D = 4
E = 5
F = 6
G = 7
H = 8
I = 9
J = 10
K = 11
L = 12
M = 13
N = 14
Ñ = 15
O = 16
P = 17
Q = 18
R = 19
S = 20
T = 21
U = 22
V = 23
W = 24
X = 25
Y = 26
Z = 27



Então, podemos deduzir o seguinte sobre algumas atitudes, ou acções, utilizadas normalmente nas actividades laborais:

T-R-A-B-A-L-H-A-R
21+19+1+2+1+12+8+1+19 = 84%

S-A-B-E-D-O-R-I-A
20+1+2+5+4+16+19+9+1 = 77%

D-E-C-I-S-A-O
4+5+3+9+20+1+16= 58%

I-N-I-C-I-A-T-I-V-A
9+14+9+3+9+1+21+9+23+1= 99%

L-E-A-L-D-A-D-E
12+5+1+12+4+1+4+6 = 45%


D-E-S-O-N-E-S-T-O-S
4+5+20+16+14+5+20+21+16+20 = 141%

M-E-N-T-I-R-O-S-O-S
13+5+14+21+9+19+16+20+16+20 = 153%

C-O-R-R-U-P-T-O-S-
3+16+19+19+22+17+21+16+20=153%


MORAL DA HISTORIA:

Com base nesta teoria, podemos afirmar, que é matematicamente certo que em Portugal e no Brasil, isso acontece:
Não é aconselhável TRABALHAR, ter SABEDORIA, ter DECISÃO e INICIATIVA, para ter o melhor DESEMPENHO.

São mais valorizados os DESONESTOS, MENTIROSOS CORRUPTOS e DESENVERGONHADOS, porque esses excedem largamente os 100%.
 

Refugiados






If you have any doubts about Muslim immigration, this might clear up your thinking.
This “furniture shipment” was supposed to go to the refugee camps in GREECE
to make their life more bearable and ease their hardships.
52 tons of guns and ammunition in big 40’ double containers followed the migrants to Europe, pretending to be furniture but, was discovered by the Greek border securities in 14 containers.
If this doesn’t convince you that this IMMIGRATION is nothing less than an ARMED INVASION then nothing will.
Wonder still why all those young (military age) men without children or wives are taking on the task of traveling all those miles posing as refugees?
Most western nation Main Stream media won’t cover this… So please share…

from: Steve Schultz