A pitangueira e a mangueira são
árvores frutíferas de grande porte e, por estarem plantadas junto ao muro de
separação das casas dos vizinhos, que são dois inquilinos distintos, dividem os
galhos entre os dois lados. Do mesmo modo as frutas...
Entrámos num acordo e se combinou que
procederíamos a uma poda dos galhos maiores que passavam para o lado de lá. Mas
isso nunca aconteceu e, entretanto, já por lá passaram outros dois inquilinos.
O último reclamou com o proprietário da casa.
Mais uma vez eu fui abordado, mas desta
vez pelo proprietário da casa do vizinho. Uma, duas, três vezes ele veio
conversar sobre como podar a árvore. Já saturado, disse-lhe que cortasse os
galhos inconvenientes.
Assim ele procedeu na passada sexta-feira.
Cortou toda a copa deixando o tronco nú. Levou metade dos galhos cortados e
prometeu-me vir buscar os restantes...
Pela minha experiência, tenho a certeza
que o problema de inundação no interior da casa do vizinho persistirá. E porquê?
Porque os rufos de escoamento da água da calha são estreitos e as chuvas são
torrenciais. Deveria ser providenciado mais um rufo no meio da calha. Só que a
pitangueira morreu...
O outro vizinho, para onde a
mangueira estende os seus ramos, não gostou nada do que viu quando chegou a
casa e, revoltado, veio conversar comigo.
Ele também gosta da festa diária das aves e alugou aquela casa
porque a sua mulher lhe pediu e exatamente porque moravam num apartamento e
adoram a natureza. Aquele era o local ideal...
Mas, terei eu culpa em todo este
processo de desmatamento? Logo eu que em toda a minha vida combati esse comportamento selvagem por parte de pessoas ignorantes. Estou muito aborrecido e tenho esperança que aquele tronco despido a amputado ainda brote. Quem sabe?
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