As segundas feiras, actualmente e desde há alguns anos, são o meu dia de folga do trabalho. Por isso e só por isso, esse dia deveria ser sempre celebrado com satisfação. Porém, talvez pelo estado em que os agitos de domingo deixam os que trabalham e os que nada fazem, o dia acaba por ser um saco.
Tem ocasiões em que não só é um saco e passa a ser um pesadelo. É o caso de hoje.
Não é sempre que leio a íntegra do caderno de economia do jornal. É até muito raro fazê-lo, pois acho esse campo muito chato e tudo é repetitivo. A minha bronca já vem desde os bancos de Faculdade, mas aí não podia deixar de me interessar por assuntos inerentes, por força da situação…
Nos anos 80 adquiri, compulsòriamente, 3 mil ações quando da compra de três linhas telefónicas da Telesp. O telefone, bem de necessidade primária, era naquele tempo um luxo de difícil acesso. Assim, quando surgiu o grande plano de expansão, todo o mundo participou e eu habilitei-me logo a três linhas por força da ocupação profissional.
Em 1989 resolvi abandonar o Brasil e ir viver para Portugal. Vendi tudo o que tinha e desfiz-me, também de ações que possuía: Petrobrás, Gerdau e Telesp. Das duas primeiras me vim a arrepender porque são das mais valorizadas do Brasil e eu poderia mantê-las em meu poder independentemente de aqui viver ou não. Quanto às da Telesp, porque tudo virara lixo, jamais me preocupei e menos me arrependi.
O actual governo resolveu oxigenar a moribunda Telebrás com vista a expansão da banda larga no Brasil. José Dirceu, sempre imiscuído (…) alforjou mais uma quantia gorda e outros mais do mesmo calibre certamente disso usufruirão. Eu, se tivesse em meu poder essas 3 mil ações que não valiam nada, teria hoje 1.500.000 reais; um pouco mais de 800 mil dólares.
1 comentário:
As vicissitudes da vida...As tomadas de decisão, umas vezes acertadas, outras nem tanto, mas que fazem parte de nossa história..
Eu apesar de toda vida ser bancário e dominar razoàvelmente o meio, nunca me seduziu a Bolsa. As jogadas dos que conseguem influenciar, seja politica seja economicamente a bolsa, não são por nós, simples mortais, pevistas e assim acabamos por ser nós, os pequenos acionistas, a pagar o enriquecimento dos tubarões.
Aquele abraço
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