Nunca fui homem de um emprego só, daqueles que começam a trabalhar num lugar, até como aprendizes, auxiliares, enfim, e lá se mantêm por vinte, trinta e até mais anos. Desde que comecei a trabalhar devidamente registrado, aos 14 anos de idade, posso contar uns dez. Deixei de ser empregado de outrém há trinta anos atrás. E essas mudanças de um para outro emprego, jamais foram por procura de melhores salários, pois em todos foi reconhecida a minha capacidade para os cargos que ocupei. As saídas sempre giravam em torno de discordâncias e incompatibilidades; eu jamais continuaria num lugar sabendo que muita coisa não estava certa --- pedia demissão ou era demitido. Saía de cabeça erguida em qualquer dos casos.
Marina Silva não fez a mesma coisa. Eu, no lugar dela, teria tirado o time de campo muito antes de ter sido demitida do cargo de ministra; logo que estouraram os primeiros escândalos do Partido.
Como o não fez e, a exemplo de outros que se dizem éticos e lá continuaram até agora, todos os resquícios de ética e moral fôram por água abaixo. Fôram, de algum modo, coniventes. A mesma coisa acontece no Senado: jamais um Senador teve o peito de abdicar do cargo e vir a público justificar a sua decisão como, por exemplo, sentir-se mal naquele mar de lama. Qualquer um dos que participaram deste ou de governos anteriores, jamais terá o meu voto.
Sendo sempre coerente comigo mesmo, logo que se levantou fumaça no PT eu me abstive de votar nele e em qualquer outro Partido, pois aquele foi o único em que um dia acreditei. Alguns já me apontaram o dedo acusando-me que eu fôra um apoiante ferrenho e que agora sou do contra. Eles não sabem que o sonho comanda a vida e eu sou dos que sonham acordados...
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