Gostaria de sempre poder escrever aqui sobre temas agradáveis, mas infelizmente só encontro matéria prima de modo a que sempre seja pelo oposto...
O recente massacre naquela escola no Rio de Janeiro foi um acontecimento que abalou de modo muito acentuado as estruturas do povo brasileiro e, acredito, de muitas pessoas noutros países do Mundo. Foi algo bárbaro. Mas eu não quero aqui falar mais disso.
O acontecido acima deu azo a que voltasse a ideia de outro referendum ou plebiscito sobre desarmamento. Da outra vez, há 6 anos atrás, não deu certo; o povo votou pela venda de armas, se bem que dentro da lei. Agora querem ressuscitar o que está morto e enterrado e não entendem que as medidas a serem tomadas são no que concerne ao contrabando de armas. Tem que se investigar o porquê dos bandidos andarem armados e como essas armas entram no país. Desarmar o cidadão de bem é errado.
Muitas outras medidas podem ser tomadas de modo a que as pessoas pensem menos em armas e mais em coisas relacionadas com a paz. Por exemplo, assistir a concertos da Orquestra Sinfónica Municipal. Mas essa orquestra tem que sair do salão de ensaios e vir de encontro ao povão, o que não acontece em Campinas. Afinal, os seus membros são funcionários públicos e não estão mostrando o serviço que nós pagamos...
A minha crítica à Orquestra foi um apêndice à crónica de hoje, pois na passada terça-feira, bem encostado à séde da mesma, apareceu uma Banda da Polícia Militar.
Tinha um grupo de pessoas da terceira idade fazendo exercícios ao ar livre e, ao mesmo tempo, a Banda foi-se ajeitando por ali, colocando os banquinhos para se sentarem e afinando os seus instrumentos. Todos os ingredientes para cozinhar um menú de paz. Todavia, a maioria dos elementos da banda portava a sua arma (uma pistola) no coldre do cinturão!...
Sinceramente, habituado que sou a ver Bandas e Fanfarras, foi a primeira vez que vi uma aberração dessas; os músicos com os instrumentos nas mãos e as armas na cintura. Assim, jamais se poderá passar uma imagem de paz ou mesmo o incentivo à mesma.
Notei que as várias composições ali tocadas, na maioria bossa nova, estavam um tanto ou quanto desafinadas na execução, mas o ouvido até aceita isso. Os olhos e a mente não aceitam as armas no contexto.
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