Há muito, muito tempo, que não tenho o prazer de me deslocar até lá e gozar dos prazeres de uma praia; nem mesmo a visão de uma, pois os 200 km que me separam da mais próxima é muito caminho a galgar e o tempo, mais devido à falta dele do que propriamente ao espaço, não me permite esse deleite. Nessas horas de estafa que de mim se apoderam, como a qualquer um que há quase 9 anos não tem um dia de férias, vem aquele fiozinho de inveja que nutro pela minha grande amiga Dora, uma são paulina com assento cativo no meu coração; qualquer grilo que a incomode é motivo para descer a serra...
A ideia da praia não surgiu por causa da Dora, apesar de esta sempre estar ligada àquela... Surgiu, sim, pelo facto de ter sido a "Praia dos Ingleses" na bela cidade de Florianópolis, a última onde estive pegando um bronze e no rola rola com uma namoradinha. E, também, não tanto por isto ou pelas deliciosas peixadas da cozinha de cunho açoriano, mas pelo termo "Ingleses" que dá o nome àquele pedacinho de paraíso.
Se eu mandasse alguma coisa, mesmo que democráticamente eleito para o cargo, faria tudo para mudar o nome daquela praia, não importando qual o motivo do baptismo (não me darei, agora, ao trabalho de investigar), pois uma coisa não coaduna com a outra. Os ingleses são hostis, xenófobos, oportunistas e racistas. Não tenho muita certeza se poderia usar aqui, para o efeito, o termo "britânicos" para generalizar, pois até acredito que, por exemplo, os escoceses não se sintam muito confortáveis com a pele que vestem, e disso algo já transpirou, certa vez, pela voz do também barbudo, como eu, sir Sean Connery...
Muitas vezes tenho ficado perplexo quando certos brasileiros metem o pau nos portugueses que colonizaram o Brasil e manifestam frustração por isso não ter acontecido sob os britânicos. Vade retro! Olhai para o horizonte, vislumbrem todos os lugares que fizeram parte do Império Britânico, até mesmo a denominada "joia da coroa" e venham conversar comigo depois...
Já me expressei aqui numa outra postagem sobre a condição de não europeus dos britânicos, numa visão comungada com a de De Gaulle. Achava eu e continúo achando, que a única ligação que eles têm com a Europa é o túnel da Mancha. Sempre estão em desacordo com as políticas da UE quando estas contrariam o Tio Sam; até hoje não quiseram entrar na zona do euro; discriminam os cidadãos de outros membros da UE, da qual fazem parte.
É revoltante ver nas páginas da imprensa mundial uma foto como a de hoje, sobre uma manifestação xenófoba britânica e onde aparece um cartaz com os dizeres: If your name isn't Pedro - Luigi or Alfonso do not apply. A bem da verdade se diga, não são os nomes nem os empregos, pois eles mataram sem dó e nem piedade aquele cidadão brasileiro com o nome de Charles. E olha que Charles é até nome de chifrudo com sangue azul...
1 comentário:
Ah, meu querido alentejano...é tão bom saber que tenho lugar cativo em seu coração...a recíproca é verdadeira, viu?
E "senta o sarrafo", mesmo, sem dó nem piedade, nestes ingleses.Eles merecem. São uns esnobes,metidos a bestas.Não podem ter nome de praia,porque com certeza, nunca poriam os pes na areia de alguma..Teriam xiliquitos, faniquitos...Algeriza...
Vamos mudar o nome desta praia.Ela não merece esta humilhação.
Seu texto esta instigante, contundente.Como gosto.
Vai metendo o pau nos ingleses, que eu defendo os portugueses destes brasileiros mais metidos a bestas, ainda,que ousam falar mal dos meus amigos portugas.Deixa comigo.
Enviar um comentário