terça-feira, abril 14, 2009

Goleiros

Neste passado Domingo assisti, pela televisão, ao jogo de futebol entre Corinthians e São Paulo. São dois times dos quais não gosto, mas como não tinha possibilidade de ver o meu Internacional, tudo se passou pelo prisma da análise neutra do espectáculo.
Um detalhe que me chamou a atenção (não só a mim), foi a insegurança e má fase do goleiro do São Paulo, o mitológico Rogério Ceni. E perguntava a mim mesmo, porque razão não se escalava para jogar, um dos bons goleiros suplentes, neste caso o Bosco seguindo o processo hierárquico!? Se um outro jogador de linha não se apresenta em boa fase, imediatamente é substituído na escalação e esse critério não se aplica ao goleiro. Porquê Rogério Ceni é insubstituível?
Sempre tive uma opinião própria no que tange à participação dos goleiros nos jogos de futebol e já aqui abordei esse assunto. Lembrava, na altura, aquele fortíssimo time do Benfica treinado por Bela Gutman. Tinha dois goleiros excepcionais --- Costa Pereira e Bastos; a cada jogo alternava-se o titular.
Os goleiros reservas vivem esse grande drama de por muito tempo ficarem no anonimato e isso até os prejudica quando de oportunidades de contratos melhores. O mesmo não acontece com os que jogam noutras posições.
Rogério Ceni, inegàvelmente um bom goleiro, não é credor da minha admiração porque sempre o achei um tanto ou quanto arrogante. E jamais concordei com aquela função de bater penalidades ou faltas perto da área, pois entendo ser isso uma falta de ética para com o goleiro adversário. Interpretação minha, claro, e certamente não compartilhada por muitos.
Se o técnico tivesse tirado a titularidade de Ceni depois deste último clássico, mesmo que temporária, o mundo desabaria sobre a sua cabeça, mas ele estaria fazendo a coisa certa. Não aconteceu isso. Porém, chegou-se a esse ponto por outros caminhos mais tortuosos... Quando ontem ouvi a notícia na rádio sobre a grave lesão do jogador, que fracturou um tornozelo, nem queria acreditar. E me perdoem por ter achado que se tratava de uma armação, no primeiro momento, para colocar as coisas no seu devido lugar sem grandes especulações. A oporunidade é óptima para pendurar a chuteiras.

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