Nem sempre é possível postar aqui uma matéria no dia certo ou sem muito atrazo. Infelizmente dependo de um serviço de acesso à Internet que é campeão de reclamações no Brasil e muitos são os dias em que fica tudo fóra do ar. Ainda aqui abordarei esse assunto especìficamente e juntar-me-ei a outras vozes que já começam a contestar a concessão dos serviços à Telefonica pelo desastrado governo anterior do senhor Fernando Henrique Cardoso.
Esqueçamos esse e outros nomes que acabam por ser mesquinhos. Colocarei uma nota referente a um grande estremocense que, infelizmente, nos deixou no passado dia 11 deste mês.
Para todos, sómente Isaías! Quem, além dos seus conterrâneos, conheceu a "Adega do Isaías" em Estremoz? --- Milhares de pessoas! Nacional e internacionalmente, pois a sua arte gastronómica foi reconhecida e premiada.
Eu, em especial, pouco me poderei alongar em detalhes sobre o Isaías pois que, na verdade, conheci mais o seu pai e a mesma taberna com o nome de "Adega do Zé da Glória".
Das vezes que voltei a Estremoz durante os 37 anos de imigração no Brasil, algumas eu almocei naquele local quando para tal havia lugar disponível. E, exactamente como está na foto que aqui publico, quase sempre eu o encontrava sentado naquele lugar da rua, talvez para que uma vaga mais ficasse à disposição...
Certifiquei-me do quão era frequentado por ex militares do Regimento de Cavalaria 3 e suas respectivas famílias em visita de saudade à cidade e, claro, ao local onde muitas vezes petiscaram e deram de beber à dor... É possível, até, que muitos deles venham a saber deste último acontecimento através da minha postagem ou por outros que, como eu, escrevem nestes recantos cibernéticos.
Como citei acima e apesar da minha tenra idade, tenho mais viva na memória a taberna quando gerida pelo pai de Isaías. Vivi até aos 11 anos em Estremoz e fui depois para Évora. Nesses anos da minha infância, muitas vezes acompanhava o meu pai num triângulo de tascas --- "Zé da Glória", "Júlio Zé Gato" e "Pilhó Pato". As duas primeiras bem perto uma da outra e a última perto da antiga cadeia no Castelo.
Hoje a permanência de crianças nesses locais não é bem vista, se bem que naquela época também só poderia acontecer na companhia dos pais. Porém, quieto ficava num canto e me deslumbrava com os torneios de malha e chito disputados pelos adultos e com e exuberância daquelas talhas cheias de vinho que íam enchendo as jarras que os serviam. São lembranças.
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