Ando atravessando uma fase muito agitada e, por isso, a
minha língua (ou os dedos, neste caso em que escrevo) solta-se bem afiada,
usando o termo do meu amigo Schmitd. Assim, quero dizer que estou de saco cheio
com o monte de discussões que se entabulam por aí, no que concerne às tais
cotas para ingresso na Universidade.
Não concordo e jamais
concordei com essa política das cotas, pois acho, como muitos, que isso é pura
aceitação das diferenças que, simplesmente, deveríamos apagar. Se hoje se
reservam cotas para negros, amanhã pode inverter-se o plano e passam-se a reservar
para brancos...
A verdade é que todos
somos iguais e nem essa afirmação deveria constituir um artigo da Constituição,
pois só serve, como outros, para a transformar num calhamaço. E, se todos somos
iguais como figuras, reconhecendo as diferenças interiores, principalmente no
intelecto --- e isso assenta em qualquer cor ou traços de cada um ---, deixemos
que tudo flua naturalmente e sem artifícios.
Reconheço que alguns
mais priviligiados tenham acesso a melhores estudos, pois podem pagar para
frequentar instituições particulares. E é aí que está o âmago da questão. A
educação e a saúde, em qualquer lugar do Mundo, teríam que ser estatizadas e o
resto é balela.
Sendo a educação e a
saúde bancadas pelo Estado, com todos igualmente usufruindo os serviços, não há
privilégios para ninguém e, como dizia o outro, quem tiver unhas é que
tocará viola, seja de que côr fôr... Até mesmo aqueles que elaboram as leis
e governam teríam que se preocupar com a manutenção impecável das instituições,
pois eles próprios e seus familiares seríam utentes sem escolha.
Em qualquer das
doutrinas existem coisas boas e ruins. Em vez da eterna guerra e repúdio entre
elas, que se peneirem as virtudes de cada uma para serem utilizadas no bem
comum.
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