Com este título, acredito que a maioria dos internautas que se direcionem a esta postagem sejam de Lisboa, pois lá existe uma avenida com o mesmo nome e são muito poucos os de Campinas, aqui no Brasil, que conto no painel de visitantes…
Mas é em Campinas que se situa a avenida a que me refiro hoje. E, infelizmente, foi uma situação trágica que me trouxe a escrever sobre ela como postagem do meu blog.
Estou descendo, a pé, a minha rua que desemboca na referida avenida, a mais longa e uma das mais movimentadas de Campinas. Ouvi o som de sirene e observei tratar-se de uma ambulância que estacionava no corredor central, exclusivo de ônibus.
A curiosidade impeliu-me a tentar saber o que ali se passava e acabei por descortinar, no meio da multidão, um jovem estendido no chão e muito ensanguentado. Acabara de ser atropelado por um dos ônibus.
No Brasil morrem violentamente centenas de jovens todos os dias, por um motivo ou outro. Ficamos tão habituados a essas cenas que passam na TV ou descritas nos jornais, que isso acaba por não nos impressionar mais; pelo menos não com grande impacto. É triste, mas é a realidade.
Porém, a luta que observei aquele moço ainda travar com a morte, na sua respiração ofegante mas com o corpo inerte, impressionou-me muito. Muito mesmo! E revoltou-me, também.
É o terceiro aluno da Escola J. M. Matosinho que sofre atropelamento naquele mesmo ponto e local, num curto espaço de tempo. Além, claro, de dezenas de outras pessoas que constantemente engrossam o rol de vítimas dessa fatídica avenida.
A minha atenção converge mais para esses jovens alunos. Em princípio, eles deveríam ser mais esclarecidos e, portanto, conhecendo os perigos e o histórico, sempre deveríam atravessar na faixa de pedestres e jamais pular por cima das barreiras laterais. É aquela espécie de loucura e maneira de querer se afirmar perante os demais. É um problema de berço e de escola e isso tem que ser mudado.
Não vou deixar fóra disso as autoridades. Aquele corredor central, exclusivo para ônibus, entre quatro faixas de rodagem laterais (duas de cada lado), embrião de um futuro leito de trolleybus, foi a coisa mais absurda jamais construída nesta cidade, e não mais que uma peça eleitoreira. Já lá vão muitos anos.
Surpreende-me que esta população não proteste e continue votando e elegendo sempre os mesmos ou outros com as mesmas ideias ou falta delas. É que, até hoje, parece não haver alguém que se aperceba do que acontece ali e tome providências.
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