Catana. Nestes dias tem-se lido bastante na imprensa sobre acontecimentos em que esse utensílio, ou ferramenta, é protagonista de peso. Mas, afinal, não seria uma arma?!
Resolvi escrever alguma coisa a respeito e pensei, como quase sempre faço, em procurar uma imagem para ilustrar a postagem. Por incrível que pareça, tive muitas dificuldades em achar na internet e o que mais aparecia era a versão japonesa "katana" que, sendo da mesma família e que até poderá ter dado o nome à outra, a que está em questão, é bem diferente e mais sofisticada.
Pensando e repensando, de repente acendeu-se uma luz. Na bandeira de Angola tem uma catana no símbolo e é essa exactamente a figura que eu procurava. Só teria que trabalhar a imagem no paint e foi o que fiz. Desenhar uma e digitalizar, seria muito mais trabalhoso...
E já que Angola apareceu aqui, quase do nada, só por causa da procura de uma imagem, o meu pensamento acabou por voar para os primeiros anos da década de 60 quando começaram os distúrbios no norte daquela então Província Ultramarina Portuguesa. Foram momentos muito trágicos e a "catana" era a grande e principal arma.
Cheguei ao cerne da questão: desde aqueles tempos até aos nossos dias, a catana deixou de ser um utensílio ou ferramenta e passou a ser, realmente, uma arma de ataque bárbaro. Nino Vieira na Guiné e quatro elementos da Guarda Nacional Republicana (portuguesa), servindo em Timor-Leste, fôram vítimas dos seus golpes.
Hoje não irei abordar os acontecimentos em si. Possívelmente meterei a minha colher nos de Timor amanhã. Só pretendia escrever um pouco sobre a catana e acho que consegui.
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