Numa cajadada atingiram-se dois coelhos! Na verdade não foi bem assim, pois foi um num dia e o outro no dia seguinte; mas vale a metáfora...
O título deste apontamento poderia ser "Sem passado e sem futuro", mas por ser um pouco extenso e não de todo verídico, optei por outro.
Na verdade é difícil prever qual o futuro da Guiné-Bissau, aliás como impossível é prever o futuro do que quer que seja. Mas, passados 35 anos da independência pela qual o seu povo tanto lutou contra nós portugueses, nada saíu da estaca zero e dificilmente vai sair.
Tantos dos nossos lá perderam a vida lutando por coisa nenhuma e sempre me aperta o coração quando me lembro de alguns dos meus amigos, particularmente, sem excluir os demais anónimos, com sentimento de dor e saudade. Onde eles estiverem observarão e concluirão o quanto foi inútil o oferecimento das suas vidas. Aqueles, do outro lado, que também seguiram os seus chefes com ideais sabe-se lá até que ponto concretos, lamentar-se-ão do mesmo modo.
Nino Vieira (Presidente) e Tagmé Na Waie (CEMGFA) se fôram definitivamente. Nenhum dos sonhos do povo guineense se concretizou. Que sonhos?
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