quarta-feira, setembro 30, 2015
sábado, setembro 26, 2015
quinta-feira, setembro 10, 2015
Correcções da História
Os nomes que Cristovão Colombo foi atribuindo aos lugares das Antilhas que descobriu correspondem, na
sua maioria, a topónimos portugueses, quase sempre do Alentejo,
nomeadamente
S.Bartolomeu, S.Vicente, S.Luís, Sta.Luzia, Guadiana, Porto Santo, Mourão, Isabel, Sta. Clara, S.Nicolau, Vera Cruz, Espírito Santo, Guadalupe, Conceição, Cabo de S. João, Cabo Roxo, S.Miguel, Sto.António, Sto.Domingo, Sta.Catarina, S.Jorge, Trindade, Ponta Galera, S.Bernardo, Margarida, Ponta de Faro, Boca de Touro, Cabo Isabel, ilha dos Guinchos, Salvador, Santarém, Cuba, Curaçao e Belém, entre outras.
Sendo certo que alguns destes nomes são comuns em português e castelhano, outros só existiam na língua portuguesa, como Brasil, Santarém, Curaçao, Faro, Belém, Touro, e Ponta Ora, se o navegador Cristóvão Colombo tivesse nascido em Génova, porque motivo nunca atribuiu a nenhuma das suas descobertas um nome em honra das cidades famosas de Itália.
Cuba, em português antigo “coba” significava “torre” e não tinha qualquer significado noutro país.
Cristóvão Colombo deu, à maior ilha que encontrou o nome de Cuba, sua terra natal, tendo explorado toda a ilha excepto o limite oeste pois temia que tivesse ligação com o Oceano Pacífico e que a partir daí fosse possível alcançar a Índia, que ele não desejava entregar aos espanhóis.
Salvador Fernandes Zarco era o verdadeiro nome de Cristóvão Colombo.
S.Bartolomeu, S.Vicente, S.Luís, Sta.Luzia, Guadiana, Porto Santo, Mourão, Isabel, Sta. Clara, S.Nicolau, Vera Cruz, Espírito Santo, Guadalupe, Conceição, Cabo de S. João, Cabo Roxo, S.Miguel, Sto.António, Sto.Domingo, Sta.Catarina, S.Jorge, Trindade, Ponta Galera, S.Bernardo, Margarida, Ponta de Faro, Boca de Touro, Cabo Isabel, ilha dos Guinchos, Salvador, Santarém, Cuba, Curaçao e Belém, entre outras.
Sendo certo que alguns destes nomes são comuns em português e castelhano, outros só existiam na língua portuguesa, como Brasil, Santarém, Curaçao, Faro, Belém, Touro, e Ponta Ora, se o navegador Cristóvão Colombo tivesse nascido em Génova, porque motivo nunca atribuiu a nenhuma das suas descobertas um nome em honra das cidades famosas de Itália.
Cuba, em português antigo “coba” significava “torre” e não tinha qualquer significado noutro país.
Cristóvão Colombo deu, à maior ilha que encontrou o nome de Cuba, sua terra natal, tendo explorado toda a ilha excepto o limite oeste pois temia que tivesse ligação com o Oceano Pacífico e que a partir daí fosse possível alcançar a Índia, que ele não desejava entregar aos espanhóis.
Salvador Fernandes Zarco era o verdadeiro nome de Cristóvão Colombo.
Dia Internacional do Vinho do Porto
A história do Vinho do Porto
As uvas
foram cultivadas em Portugal desde a antiguidade. Os escritos de Estrabão, o
grande geógrafo da antiga Grécia, indicam que os habitantes do noroeste da
Península Ibérica já bebiam vinho há dois mil anos. Os romanos, que chegaram a
Portugal no século II AC e permaneceram por mais de 500 anos, cultivaram vinhas
e faziam vinho nas margens do rio Douro, onde o vinho do Porto é hoje
produzido. O período de prosperidade que se seguiu à criação do reino de
Portugal, em 1143, viu o vinho tornar-se num importante produto de exportação.
No
entanto, o aparecimento do vinho do Porto, como sabemos, ocorreu muito mais
tarde. Os primeiros vinhos conhecidos por este nome foram exportados na segunda
metade do século XVII.
Em 1386,
o Tratado de Windsor tinha estabelecido uma estreita aliança política, militar
e comercial entre a Inglaterra e Portugal. Sob os termos do tratado, cada país
concedeu aos comerciantes do outro país o direito a residir no seu território e
a comercializar em condições de igualdade com os seus próprios súbditos.
Desenvolveram-se relações comerciais fortes e dinâmicas entre os dois países e
muitos comerciantes ingleses estabeleceram-se em Portugal. Na segunda metade do
século XV uma quantidade significativa de vinho português era exportada para a
Inglaterra, muitas vezes em troca do famoso bacalhau.
O tratado
comercial anglo-português de 1654 criou novas oportunidades para os
comerciantes ingleses e escoceses que viviam em Portugal, permitindo-lhes
privilégios especiais e direitos aduaneiros preferenciais. Naquela época, o
centro do comércio do vinho não foi o Porto, como mais tarde se tornou, mas a
elegante cidade costeira do norte, Viana do Castelo, cuja situação no amplo
estuário do rio Lima a tornou num porto seguro natural. Os comerciantes
importaram mercadorias, tais como lã e tecidos de algodão da Inglaterra e
exportaram cereais, fruta, azeite e o que era conhecido como "red
Portugal”, ou "tinto de Portugal", esse vinho leve e ácido produzido
nas proximidades na região verdejante do Minho, particularmente nos arredores
das cidades de Melgaço e Monção.
Nas
últimas décadas do século XX ampliou-se ainda mais o consumo de vinho do Porto
de qualidade, dentro e fora das margens da Europa, um processo que continuou no
novo milénio. Embora a Grã-Bretanha continuasse a ser o principal consumidor de
vinho do Porto de qualidade, o centro de gravidade deslocou-se para a América
do Norte com os Estados Unidos e Canadá a tornarem-se clientes importantes.
Atualmente, os mercados emergentes da Ásia e da América Latina estão a
despertar para os prazeres do vinho do Porto.
Há já
muito tempo que o vinho do Porto é considerado um grande vinho. Mergulhado na
tradição e com uma extraordinária história e património tem sido, no entanto,
sempre capaz de se adaptar e prosperar, atraindo novas gerações de consumidores
aos seus encantos. Muitas das tendências atuais estão a seu favor,
especialmente o interesse na cultura vínica, nos prazeres do vinho e no seu
papel na gastronomia que se espalhou pelo mundo. O vinho do Porto, com a sua
diversidade de estilos e diferentes sabores, é o mais bem colocado para
corresponder a este interesse.
Os
consumidores de todas as partes do mundo são cada vez mais conhecedores e
curiosos e, portanto, mais propensos a serem atraídos pelos vinhos que, como o
vinho do Porto, representam qualidade e tradição genuínas e que têm histórias
fascinantes para contar. A singularidade do vinho do Porto permite que este se
diferencie num mundo do vinho onde a oferta se torna cada vez mais ampla e
complexa, mas onde escasseia muitas vezes a escolha e a diversidade genuínas.
Para a maioria dos consumidores, a tendência é para usar o cliché comum,
"beber menos mas beber melhor". Assim, as casas, como a Taylor’s, a
Fonseca ou a Croft, que continuam a concentrar-se nos estilos mais requintados
de vinho do Porto, favorecendo a qualidade em detrimento da quantidade, irão
ajudar a escrever novos capítulos na longa e ilustre história do vinho do
Porto.
O nascimento do Vinho do Porto
Alguns
anos mais tarde, alguns factos conjuraram o aumento das exportações de vinho
português para a Inglaterra. Em 1667 Colbert, o primeiro ministro de Luís XIV,
aderiu a uma série de medidas para restringir a importação de bens de
Inglaterra para a França. Este facto levou Charles II da Inglaterra a aumentar
o imposto sobre os vinhos franceses e, posteriormente, a proibir a virar as
suas atenções mais para o interior, procurando os vinhos mais robustos e
encorpados das encostas íngremes e rochosas do Alto Douro, essa quente e árida
região sua importação, obrigando o comércio do vinho inglês a procurar fontes
alternativas de abastecimento.
A
oportunidade foi aproveitada pelos comerciantes ingleses em Viana do Castelo,
que começaram a concentrar os seus esforços no desenvolvimento rápido do
negócio do vinho. Estes perceberam que os vinhos leves, adstringentes e muitas
vezes instáveis produzidos no clima temperado e húmido do litoral do Minho não
eram do agrado do consumidor inglês. Começaram a do interior atrás da Serra do
Marão, onde é hoje produzido o vinho do Porto.
A
longa distância e o terreno selvagem e montanhoso significava que os vinhos do
Douro não poderiam ser transportados por terra até Viana do Castelo, mas tinham
que ser levados de barco pelo rio Douro até à cidade do Porto, na costa
litoral. Do Porto, embarcações levá-los-iam para a Inglaterra, saindo para o
Atlântico pela traiçoeira foz do rio Douro.
A fim de
desenvolver o seu negócio de vinhos do Douro, os mercadores de Viana do Castelo
tinham, portanto, de se estabelecer no Porto e no final da primeira década do
século XVIII a maioria deles já o tinha feito. Um dos pioneiros do comércio de
vinhos do Douro foi Peter Bearsley, filho do fundador da Taylor’s, que se diz
ter sido o primeiro comerciante inglês de vinho a fazer a perigosa e
desconfortável viagem para além do Marão, em busca do melhor vinho.
Embora
viessem da região do Alto Douro, no interior montanhoso a cerca de 80
quilómetros de distância da costa, os vinhos adotaram o nome da cidade de onde
foram exportados, tornando-se conhecidos como "vinho do Porto”. As
primeiras exportações registadas de vinho com este nome ocorreram em 1678. Às
vezes, para o proteger durante a longa viagem por mar, o vinho era
"fortificado" com a adição antes do embarque de uma pequena
quantidade de aguardente vínica, a qual aumentava a sua força alcoólica e o
impedia de se estragar. No entanto, a técnica da adição de uma pequena porção
de aguardente para manter o vinho em bom estado durante o transporte não deve
ser confundida com o processo de adição de aguardente vínica ao vinho durante a
fermentação que é, atualmente, um aspecto essencial da produção do vinho do
Porto. Como veremos, o último método de fortificação só foi adotado
universalmente muito mais tarde. Nas primeiras décadas, o vinho do Porto não
era aguardentado desta forma.
O Marquês de Pombal
Em 1703,
a assinatura do Tratado de Methuen entre Inglaterra e Portugal criou ainda mais
incentivos para o negócio do vinho do Porto, determinando que os vinhos
portugueses importados para a Inglaterra devessem pagar de imposto um terço a
menos do que os vinhos franceses.
Mais
importante, o "vinho do Porto”, produzido na região do Douro, era muito
mais ao gosto do consumidor inglês do que o "tinto de Portugal” do Minho.
Os comerciantes ingleses e escoceses não estavam sós no comércio de vinho do
Porto. Também estavam envolvidas no negócio famílias holandesas e alemãs. No
entanto, a enorme importância do mercado inglês significava que os comerciantes
britânicos predominavam.
A segunda
década do século XVIII marcou o início de trinta anos de rápido crescimento nas
exportações de vinho do Porto e um período de grande prosperidade tanto para os
produtores da região do Alto Douro como para os exportadores de vinho do Porto,
sediados no Porto. Contudo, com o passar do tempo, este rápido crescimento da
procura aos poucos deu origem a especulações no comércio e a práticas
fraudulentas, como a adição da baga de sabugueiro aos vinhos mais pobres para
lhes dar cor e a ilusão de qualidade.
Outras
complicações surgiram na década de 1750, onde se assistiu a uma queda acentuada
na procura e um excesso de produção no Douro. Em 1756, o Marquês de Pombal, na
qualidade de Ministro de Estado de Portugal, cuja influência e poder tinham
sido reforçados pela sua intervenção após o catastrófico terramoto que
destruira a maior parte da cidade de Lisboa no ano anterior, entrou em cena
para restaurar a ordem.
O Marquês
de Pombal determinou imediatamente o controlo estatal sobre o comércio do vinho
do Porto, sob a forma de uma empresa, a Companhia Geral da Agricultura das
Vinhas do Alto Douro (mais tarde conhecida como a Real Companhia ou Companhia
Velha), com o monopólio do comércio com a Inglaterra e o Brasil e da produção e
venda de aguardente no norte de Portugal. No mesmo ano, os limites da área
vitivinícola do vinho do Porto foram demarcados e a sua posição assinalada com
335 pilares de pedra, conhecidos como os marcos pombalinos.
Em 1757,
fez-se a primeira classificação abrangente das vinhas do vinho do Porto (quase
um século antes da semelhante classificação que se fez em Bordéus). Aqueles que
produziam os melhores vinhos, conhecidos por "vinhos de feitoria”, foram
autorizados a vender os seus vinhos para exportação e reclamar um preço mais
elevado, enquanto os que fazem vinhos de qualidade mais modesta, chamados
"vinhos de ramo”, ficavam restritos ao mercado interno. Medidas foram
tomadas, como a erradicação da árvore de sabugueiro dentro da área de
demarcação, para conter os abusos mais comuns.
As ações
draconianas do Marquês de Pombal e da empresa de monopólio, embora impopulares
na época, resultaram numa melhora na qualidade do vinho do Porto e deram início
a uma nova era de crescimento e prosperidade tanto para os produtores e como para
os exportadores. Ao estabelecer os limites geográficos das vinhas do vinho do
Porto, classificando-as de acordo com a qualidade e estabelecendo normas para a
produção do vinho, o Marquês de Pombal foi um precursor visionário do moderno
conceito de DOC (Denominação de Origem Controlada). Estas medidas pioneiras
lançaram as bases para a legislação de hoje que é uma das mais sofisticadas de
qualquer das clássicas regiões vitivinícolas mundiais.
O desenvolvimento de fortificação
A segunda
metade do século XVIII foi um período importante na história do Vinho do Porto
e assistiu ao início de uma série de práticas que transformariam o vinho do
Porto no grande vinho fortificado que hoje conhecemos.
A liderar
estas práticas esteve a fortificação. No início, como vimos, por vezes
adicionava-se aguardente aos vinhos no momento do embarque para fortalecê-los
contra os rigores da viagem marítima. No entanto, a prática de adição de
aguardente ao vinho antes que este tivesse acabado de fermentar, e que é hoje
uma parte inseparável do processo de produção do vinho do Porto, raramente era
seguida no início do século XVIII. À medida que o século avançava, tornou-se
mais comum, em particular quando se constatou que os vinhos mais doces fortes e
aromáticos que resultavam da fortificação eram mais do agrado do mercado.
Porém,
nem todos os comerciantes incentivaram a prática e não foi até o século XIX que
este método de fortificação passou a ser amplamente adotado. No entanto, ganhou
aceitação gradualmente. A prosperidade dos últimos anos do século XVIII
libertou o capital necessário para que comércio acumulasse stocks de vinho e
começasse a guardá-los por mais tempo.
O
potencial superior de envelhecimento dos vinhos do Porto que tinham sido
fortificados tornou-se aparente. Diz-se por vezes que o ponto de viragem foi a
colheita excecional de 1820 que produziu vinhos do Porto tão magníficos que os
vinhos produzidos em anos seguintes não podiam aproximar-se da sua riqueza e
intensidade, a menos que fossem fortificados. Em qualquer caso, por volta de
1840 a fortificação era já muito comum e em 1850 era provavelmente universal.
Um dos
mais ferozes opositores da fortificação foi o famoso Barão Forrester, uma
figura lendária na história do vinho do Porto e autor do primeiro mapa detalhado
da região do Douro. Ele fez campanha contra a fortificação até à sua morte em
1862, quando o seu barco virou no perigoso Cachão da Valeira. Sabe-se que
Forrester tinha ido almoçar mais acima, à Quinta de Vargellas, a agora famosa
propriedade pertencente à Taylor’s, com Dona Antónia Ferreira, fundadora da
casa Ferreirinha, e a Baronesa Fladgate, esposa de John Fladgate, Barão
da Roêda.
Após o
almoço, enquanto Forrester descia o rio através do desfiladeiro na companhia
das duas senhoras, o seu barco bateu numa pedra, atirando passageiros e
tripulantes para a água veloz dos rápidos. As senhoras sobreviveram, pois as
suas saias de crinolina cheias de ar fê-las boiar até à margem, mas Forrester,
possivelmente, agrilhoado pelas moedas de ouro que estavam no seu cinto, nunca
foi encontrado. Forrester foi um homem de grande determinação e, se tivesse
sobrevivido para convencer os seus colegas do erro das suas opções, o vinho do
Porto provavelmente não seria o icónico vinho fortificado que hoje conhecemos.
O transporte fluvial
O
malogrado Cachão da Valeira tinha sido objeto de outro significativo
desenvolvimento que acabaria por ter um efeito profundo no futuro do vinho do
Porto. Até ao final do século XVIII, o estreito desfiladeiro estava obstruído
por uma queda de água formada por afloramentos de rocha gigantescos que tornava
impossível navegar rio acima para a zona inacessível mais a leste.
Em 1780,
começou o árduo trabalho de demolição das lajes de pedra. Em 1789, as primeiras
embarcações foram capazes de passar através do desfiladeiro e, em 1791, o
trabalho de limpeza do canal foi finalmente concluído, embora a tarefa de
navegar os rápidos do Cachão se manteve extremamente perigosa. Uma vez que o
rio era o único meio viável de transporte de vinho, havia poucas vinhas na área
a leste do Cachão.
Com a
abertura do desfiladeiro ao tráfego fluvial, esta área ficou conhecida como o
Douro Novo, e mais tarde como o Douro Superior, e viu surgir algumas das
melhores quintas do Douro, entre elas a Quinta de Vargellas, que mais tarde
seria adquirida pela Taylor’s. A ascensão destas quintas e o reconhecimento da
qualidade dos seus vinhos fez muito para reforçar a reputação do vinho do Porto
nos mercados externos.
Até há
relativamente pouco tempo, o comércio do vinho do Porto estava dependente do
rio para transportar os vinhos da região do Douro para as caves dos
exportadores localizadas no litoral. As primeiras referências a embarcações com
vinho ao longo do Douro datam de cerca de 1200, quando estas eram referidas
como barcas taverneiras. No entanto, durante a maior parte da história do vinho
do Porto e até meados do século XX, as embarcações que realizaram este trabalho
foram os notáveis barcos rabelos.
Até à
construção no rio de uma série de barragens no século XX, o Douro era rápido no
seu curso. Zonas mais calmas alternavam com bancos de areia traiçoeiros e
rápidos turbulentos, alguns atravessando estreitos desfiladeiros. Os rápidos
estavam frequentemente agrupados ao longo do mesmo trecho do rio o que
constituía uma formidável sequência de obstáculos que exigiam grande habilidade
para navegar com sucesso. Para ser capaz de navegar nestas condições, o barco
rabelo tinha um casco de fundo plano e um leme comprido que era comandado a
partir do topo de uma plataforma elevada, o que permitia à tripulação realizar
as manobras muito precisas necessárias para navegar as correntes.
Foi
também equipado com uma vela grande para ajudá-lo a fazer a viagem de volta a
montante. Nos trechos mais rápidos, teria de ser levado contra a corrente por
juntas de bois puxando à beira rio. As tripulações altamente qualificadas e
corajosas constituíam comunidades muito unidas com as suas próprias tradições e
costumes distintos.
O número
de embarcações que navegavam no rio parece ter variado muito ao longo dos anos.
Em 1751 eram cerca de 50, mas esse número mais tarde tornou-se em várias
centenas. Durante a última parte do século XVIII, para lidar com o aumento do
tráfego resultante do crescimento da procura do vinho do Porto, foram
construídos rabelos de tonelagem cada vez mais pesada, os maiores transportando
entre 70 e 100 pipas de vinho. Estes rabelos muito grandes eram menos
manobráveis e mais propensos a acidentes e, em 1779, a legislação definiu o
limite de 70 pipas. O maior dos rabelos em uso no século XX geralmente não
carregava mais de 50 pipas.
A
conclusão do caminho de ferro ao longo do Douro em 1887 significava que o
rabelo já não era o único meio de transporte de vinhos e outras mercadorias
volumosas da região do Douro para a costa. No entanto, durante muitas décadas
manteve-se o método de escolha. Na década de 1930 havia ainda cerca de 300
barcos registados. À medida que o acesso à região do Douro foi melhorando, o
transporte rodoviário começou a assegurar o transporte. Em 1961, apenas 6
rabelos estavam ainda a funcionar. A última viagem comercial de um rabelo
crê-se ter sido em 1964.
O nascimento do Vintage
Os
últimos anos do século XVIII testemunharam outro importante acontecimento que
veio a ter uma influência decisiva no vinho do Porto e no seu surgimento como
um grande vinho clássico. Esta foi a evolução da forma das garrafas de
vidro.
As
garrafas do início do século XVIII eram bulbosas, de base larga e pescoço
curto. Podiam ficar em pé mas não podiam aguentar apoiadas quando deitadas de
lado. O seu principal objetivo era levar o vinho da pipa do taberneiro para a
mesa e, uma vez vazia, seriam enviadas de volta para serem novamente cheias com
vinho. Frequentemente, uma garrafa trazia as iniciais ou o brasão do seu
proprietário.
Ao longo
das décadas, à medida que as técnicas de produção evoluíam, as garrafas
tornaram-se progressivamente mais estreitas e mais alongadas, com pescoço mais
longo e menos cónico. Pode ver-se na sala do turismo nas caves da Taylor’s, em
Vila Nova de Gaia, uma valiosa coleção de garrafas que ilustram esta evolução.
Na década de 1770, as garrafas tinham-se tornado suficientemente cilíndricas
para poderem ser guardadas deitadas.
As
técnicas de fabrico de vidro do século XIX evoluiram ainda mais tornando possível
fabricar garrafas de capacidade uniforme a um custo menor. Esta evolução da
forma das garrafas, levou ao aparecimento do vinho do Porto vintage, vinho de
um só ano apto a ser armazenado e envelhecido em garrafeira. Segundo alguns
historiadores, o primeiro vinho do Porto vintage foi feito em 1775, antecedendo
em 12 anos o que se pensa ser o primeiro Bordéus engarrafado de ano único, o
Château-Lafite de 1787.
O turbulento Século XIX
O século
XIX foi um século muito agitado para o comércio do vinho do Porto, com períodos
de grande prosperidade e expansão intercalados com episódios de desastre e
catástrofe. Este século viu o vinho do Porto a afirmar-se no estilo de vida e
nos hábitos dos britânicos. Remessas para o importante mercado brasileiro
continuaram a aumentar e o consumo de vinho do Porto expandiu-se para outros
países como a Rússia, Alemanha, Holanda, os países escandinávos e Estados
Unidos.
O
primeiro grande desafio do século veio com a Guerra Peninsular e a chegada a
Lisboa do exército de Napoleão sob o comando do General Junot seguido da
ocupação do Porto pelo Marechal Soult, em 1809. Durante este período e até que
o exército francês se retirasse em 1811, o negócio de vinho do Porto
praticamente parou. Os exportadores britânicos e as suas famílias tinham fugido
da cidade, deixando as suas empresas nas mãos de encarregados de negócios ou
procuradores e, durante grande parte do tempo, as hostilidades tornavam as
exportações de vinho impossíveis.
Um pouco
mais tarde, outro período de turbulência política culminou nas chamadas guerras
liberais, ou guerra dos dois irmãos, entre duas fações rivais, os absolutistas
apoiantes de D. Miguel, que tinha usurpado o trono em 1828, e os liberais que
apoiavam o seu irmão D. Pedro, antigo Imperador do Brasil. Embora o comércio do
vinho do Porto tivesse continuado durante este período, foi gravemente afetado,
particularmente durante o cerco do Porto em 1832.
O fim da
guerra civil assistiu ao começo de uma das épocas de maior expansão e
prosperidade na história do comércio de vinho do Porto. Por volta de 1840, a
fortificação era uma técnica quase universalmente instalada e o vinho do Porto
tinha-se tornado o grande vinho fortificado que hoje conhecemos. Este período
também marcou um forte crescimento de interesse no vinho do Porto Vintage e a
consolidação do seu prestígio. Ao mesmo tempo surgiu um crescente gosto por
vinhos do Porto mais maduros e uma tendência para envelhecê-los por mais tempo
na garrafeira. Em meados do século XIX, surgiram alguns míticos vinhos do Porto
Vintage tais como os de 1863 e 1868. Foi igualmente durante este período que
foi adotado o hábito de "declarar” apenas os melhores anos em vez de
lançar um vintage de cada colheita.
O flagelo da filoxera
No final
da década de 1850 e início da década de 1860, especialistas em botânica e
viticultores europeus tinham começado a importar da América do Norte videiras
de castas indígenas. Estes estudiosos não estavam cientes de que, em muitos
casos, estas videiras americanas traziam consigo pequenos insectos amarelos que
se alimentavam das suas raízes, sugando a sua seiva.
As
videiras americanas estavam habituadas ao ataque destes insectos quase
invisíveis e tinham desenvolvido formas de lhe sobreviver. Contudo, as vinhas
europeias de produção de vinho não tinham quaisquer defesas. Os insectos
alimentavam-se pela raiz da videira, provocando inchaços tuberosos até que a
raiz ficava tão deformada que não podia absorver água e nutrientes do solo.
Famintas
e sedentas, as videiras murchavam e morriam. O primeiro surto significativo
ocorreu em França no sul da região do Ródano em 1862 e a praga então
rapidamente se espalhou a outras partes do país causando devastação
generalizada nas vinhas. Quando a causa foi finalmente identificada, foi dado
ao destrutivo insecto o nome de Phylloxera vastatrix, ou filoxera.
Crê-se
que a filoxera chegou à região do Douro em 1868. Em primeiro lugar, desencadeou
a sua destruição nas zonas mais a leste, a origem dos melhores vinhos do Porto
e, em 1872, colocou de rastos muitas das mais conhecidas propriedades
produtoras de vinho do Porto. Os rendimentos baixaram drasticamente, provocando
escassez de vinho e uma subida do seu preço. Um dos mais dinâmicos campeões da
batalha contra a filoxera foi John Fladgate, um dos sócios da Taylor’s. Ele
viajara para França para saber que remédios estavam aí a ser usados e, em 1872,
publicou os seus achados numa carta aberta aos agricultores do Douro.
Mais
tarde viria a ser-lhe concedido o título de Barão da Roêda pelo seu trabalho.
Passou algum tempo, porém, até que a solução definitiva fosse encontrada. Esta
passava por enxertar as videiras europeias nas raízes resistentes das castas
americanas, uma medida que acabou por fazer parar a destruição. No entanto, a
filoxera tinha causado graves danos económicos e muitos dos proprietários
arruinados não tinham condições para reconstruir os seus terrenos abandonados.
Ainda nos dias de hoje se podem ver no Douro os sinistros "mortórios”, ou
seja, as ruínas de antigos socalcos que jamais voltaram a ser replantadas.
O Século XX
Na década de 1880 assistiu-se ao início da recuperação após a ruína
trazida pela filoxera e, por altura da última década do século XIX, a
prosperidade tinha já voltado ao comércio de vinho do Porto.
O consumo
de vinho do Porto continuou a crescer em força até à década de 1920, mesmo
durante os anos da primeira grande guerra.
O vinho
do Porto Vintage conquistou o prestígio próprio de um grande vinho clássico e
muitas das suas tradições e rituais têm origem nesta época. O gosto pelo vinho
do Porto continuou a espalhar-se e países como a Holanda, Dinamarca e Noruega
tornaram-se mercados relevantes. O sucesso do negócio garantiu capital às casas
produtoras de vinho do Porto para desenvolver e melhorar as suas propriedades e
aperfeiçoar o estilo e a qualidade dos seus vinhos.
A Grande
Depressão dos anos 30 teve um impacto nas vendas de vinho do Porto muito embora
na segunda metade da década se tenha assistido a uma recuperação. Os estilos
mais jovens de vinho do Porto envelhecido em madeira tornaram-se populares em
França como aperitivo. Na década de 1930. As exportações de vinho do Porto para
França representaram o triplo do volume exportado na década anterior. Durante o
resto do século a França continuou a ser um mercado chave, vindo a tornar-se o
mercado mais importante em volume. Na Grã-Bretanha havia um novo eclodir de
interesse pelo vinho do Porto Vintage.
A
primeira parte do século XX produziu uma série de extraordinários vinhos do
Porto Vintage e estes ajudaram a consolidar a reputação das principais casas de
vinho do Porto, tais como a Taylor’s, a Fonseca e a Croft. Além disso, estes
vinhos tinham aumentado a projeção e o reconhecimento dessas marcas históricas,
uma vantagem que viria a ser fulcral no mercado de vinhos do período pós-guerra,
muito sensível à imagem de marca.
A década
de 1930 também testemunhou uma série de inovações tais como o desenvolvimento
do primeiro vinho do Porto branco seco, o Taylor’s Chip Dry, em 1934.
Entretanto, em 1933, o Governo Português tinha criado um novo órgão, o
Instituto do Vinho do Porto (IVP), para regular e fiscalizar o comércio de
Porto, assim como o Marquês de Pombal tinha feito 177 anos antes.
A hera da inovação
Durante a
Segunda Guerra Mundial houve uma queda acentuada das exportações de vinho do
Porto que fez enfraquecer algumas das empresas exportadoras de vinho do Porto
mais pequenas.
Nos anos
que se seguiram muitas destas empresas foram adquiridas por empresas maiores ou
mais bem-sucedidas. O consumo de vinho do Porto demorou a recuperar na década
de 1950, mas um aumento do poder de compra do consumidor originou um retorno ao
crescimento nas décadas de 60 e 70. Este foi um período de grandes mudanças no
negócio do vinho do Porto, que se adaptou às novas realidades da era pós-guerra
e a um mercado fundamentalmente diferente.
O
processo de consolidação que teve lugar nas casas de vinho do Porto também
tinha ocorrido na distribuição. Na Grã-Bretanha o grande número de pubs
independentes e comerciantes de vinho que tinham sido o esteio do comércio do
vinho nos anos anteriores à guerra tinham agora sido substituídos, em grande
parte, por cadeias de lojas de vinho e supermercados. Aliás, tendências
semelhantes podiam ser observadas na maioria dos outros países ocidentais. Os
produtores de vinho do Porto foram obrigados a racionalizar a sua seleção de
produtos e a desenvolver vinhos que apelassem diretamente ao consumidor.
Algumas empresas de vinho do Porto foram adquiridas no todo ou em parte por
grandes grupos internacionais de bebidas cuja gama forte de produtos lhes dava
acesso privilegiado às cadeias de retalho cada vez mais poderosas. Outras
empresas, como a Taylor’s e a Fonseca, mantiveram-se firmemente independentes e
familiares acreditando, corretamente, como se viu, que a sua reputação, a sua criatividade
e a qualidade de seus vinhos lhes permitiria prosperar no novo ambiente e
assegurar o seu futuro a longo prazo.
O perfil
do consumidor também se alterou. Até à década de 1930, o consumo de vinho do
Porto estava relativamente polarizado. O vinho do Porto Vintage estava
destinado às mesas e às garrafeiras daqueles que tinham maior poder económico e
os simples vinhos do Porto Ruby eram vendidos para consumo de massa. Havia
muito poucos vinhos intermédios. Nos anos 60 e 70, os consumidores de vinho,
dotados de maior poder de compra, tornaram-se atraídos pelos vinhos do Porto de
qualidade mas eram muitas vezes dissuadidos pelo custo do vinho do Porto
Vintage e pela necessidade de este ter de envelhecer em garrafa e ter de ser
decantado. Ironicamente, foi a Taylor’s, o mais respeitado produtor de vinho do
Porto Vintage, que encontrou a solução.
A empresa
desenvolveu um conceito novo, o Late Bottled Vintage, um vinho do Porto de um
só ano, de alta qualidade mas a um preço acessível, que envelhece por mais
tempo em madeira do que um Vintage antes de ser engarrafado. O maior tempo de
amadurecimento em madeira significava que o vinho estava pronto para ser
bebido na altura do engarrafamento, não necessitando de ser decantado e podendo
ser bebido ao copo ao longo de várias semanas. Lançado em 1970 com o LBV de
1965, o Late Bottled Vintage da Taylor’s teve muito sucesso atraindo novos
consumidores para a categoria de vinho do Porto, o que fez com que outras casas
produtoras se lhe seguissem.
Em 1973 o
Instituto de Vinho do Porto criou nova legislação permitindo que a idade do
vinho fosse mencionada no rótulo dos vinhos do Porto Tawny. Mais uma vez, a
Taylor’s foi precursora a criar vantagem e foi a primeira empresa a lançar uma
seleção de vinhos do Porto Tawny com 10, 20, 30 e 40 anos.
Estas
novas categorias de vinho do Porto garantiram o lugar do vinho do Porto nos
hábitos de consumo dos países ocidentais, com o seu interesse crescente em
vinho e gastronomia. Também contribuiu para o renascimento do interesse no
vinho do Porto Vintage, particularmente na década de 1990, um processo
assistido por escritores influentes especialistas em vinho, que ajudaram os
consumidores a abraçarem as complexidades do mundo dos grandes vinhos em vez de
se intimidarem por elas. Uma série de excelentes vinhos do Porto Vintage, na
década de 90, continuou no século XXI e também ajudou a atrair a atenção do
consumidor e do colecionador de vinhos finos. O vinho do Porto Vintage
tornou-se um dos vinhos clássicos mais aclamados do mundo. Por exemplo, os
vinhos do Porto Vintage da Taylor’s deste período foram galardoados com notas
médias mais elevadas pelo prestigiado crítico de vinhos, Robert Parker, do que
qualquer outro vinho no mundo, incluindo os famosos vinhos da Borgonha ou de Bordéus.
O aumento
da procura por vinhos do Porto de alta qualidade desencadeou uma renovada
explosão de investimento no desenvolvimento das vinhas e a introdução de novos
métodos e tecnologias na viticultura e na enologia. Foram feitos avanços
importantes nos métodos de instalação das vinhas, um fator fulcral quando se
faz crescer vinhas nas colinas íngremes do Douro. O plantio em bardos
verticais, conhecido como vinha ao alto, com as suas muitas vantagens,
tornou-se possível em encostas mais íngremes. A crescente preocupação com a
sustentabilidade ambiental e económica da viticultura no Douro levou ao
aparecimento das primeiras vinhas biológicas e, em tempos mais recentes,
surgiram iniciativas tais como o modelo de vitivinicultura sustentável
implementada nas quintas da Taylor’s.
Olhando para o futuro
Nas
últimas décadas do século XX ampliou-se ainda mais o consumo de vinho do Porto
de qualidade, dentro e fora das margens da Europa, um processo que continuou no
novo milénio. Embora a Grã-Bretanha continuasse a ser o principal consumidor de
vinho do Porto de qualidade, o centro de gravidade deslocou-se para a América
do Norte com os Estados Unidos e Canadá a tornarem-se clientes importantes.
Atualmente, os mercados emergentes da Ásia e da América Latina estão a
despertar para os prazeres do vinho do Porto.
Há já
muito tempo que o vinho do Porto é considerado um grande vinho. Mergulhado na
tradição e com uma extraordinária história e património tem sido, no entanto,
sempre capaz de se adaptar e prosperar, atraindo novas gerações de consumidores
aos seus encantos. Muitas das tendências atuais estão a seu favor,
especialmente o interesse na cultura vínica, nos prazeres do vinho e no seu
papel na gastronomia que se espalhou pelo mundo. O vinho do Porto, com a sua diversidade
de estilos e diferentes sabores, é o mais bem colocado para corresponder a este
interesse.
Os
consumidores de todas as partes do mundo são cada vez mais conhecedores e
curiosos e, portanto, mais propensos a serem atraídos pelos vinhos que, como o
vinho do Porto, representam qualidade e tradição genuínas e que têm histórias
fascinantes para contar. A singularidade do vinho do Porto permite que este se
diferencie num mundo do vinho onde a oferta se torna cada vez mais ampla e
complexa, mas onde escasseia muitas vezes a escolha e a diversidade genuínas.
Para a maioria dos consumidores, a tendência é para usar o cliché comum,
"beber menos mas beber melhor". Assim, as casas, como a Taylor’s, a
Fonseca ou a Croft, que continuam a concentrar-se nos estilos mais requintados
de vinho do Porto, favorecendo a qualidade em detrimento da quantidade, irão
ajudar a escrever novos capítulos na longa e ilustre história do vinho do
Porto.
Texto: http://www.taylor.pt
Fotos: Internet
domingo, setembro 06, 2015
Imigrações
Sem expressar a minha opinião, transcrevo hoje dois artigos muito interessantes sobre o mesmo assunto e com muita actualidade.
Estas são as palavras de uma senhora residente na Alemanha e que vive de perto esta polémica dos refugiados da guerra. Achei, pessoalmente, importante partilhar este relato (que alguns interpretam como racismo) e então traduzi, na íntegra, este artigo para que tenham a oportunidade de ler (e partilhar se acharem). Aqui vai:
“Amo ver como
muitos implementaram em si mesmos a novela dos media acerca dos pobres
refugiados e transformaram-nos em vítimas do racismo e da superioridade
dos arianos dos estados civilizados.
Correm rios e rios de lágrimas, sem que ninguém se pergunte o porquê destas pessoas, fugindo da guerra, não se refugiaram em estados próximos das suas fronteiras, em estados com a mesma religião, valores e princípios.
Porque preferem morrer em botes de trânsito juntamente com as suas famílias, porque preferem dar 13.000 euros a um “guia” para os trazer à Alemanha, em vez de irem para um lugar bom e calmo. Exato.
Porque nos respectivos estados têm de trabalhar. Porque não recebem no mínimo 8 metros quadrados por pessoa. Ninguém nega que a sua situação é triste, ou que todos nós não iriamos fugir em caso de guerra. Mas ninguém se questiona de três problemas importantes:
1.O que lhes acontece nos próximos anos, dado que eles recusam a se integrar, a aprender a língua, a procurar trabalho. Suporta o estado 800.000 pessoas (caso da Alemanha) a partir dos impostos dos outros?
2. São violentos, consideram que a mulher é um objeto útil para a satisfação das suas necessidades e não conhecem o perdão. Como vais proteger os cidadãos, como estado?
3. Porque se direcionam exatamente para a Europa, diretamente para a Alemanha, Suíça, Itália. Será que não se transformarão de refugiados a asilados por critérios económicos?
Com todo o respeito, vocês não têm ideia do que falam. Alemanha está à porta de uma revolta desencadeada pelas forças extremistas e não é por acaso. Vivo numa pequena cidade de 22.000 habitantes, uma cidade acordada a receber 2.000 refugiados.
Desde que chegaram, só se tem visto lutas, violações de raparigas de 13, 14 e 15 anos e assaltos que bastem. Entram-vos dentro da garagem a meio do dia e procuram nas vossas coisas, correm atrás de raparigas menores pelas ruas gritando palavreados, tentam apalpar mulheres em locais públicos de todas as formas possíveis. E se os maridos intervirem, são pisados na rua ou nos estacionamentos.
95% deles são homens vestidos de Tom Tailor Denim. Andam em grupos de 7-10 pessoas e não olhares na sua direcção quando lhes passas ao lado, é uma mais valia, porque possivelmente levas. Tentei dar a uma mulher refugiada algumas roupas minhas, completamente novas, sem terem sido usadas, e puro e simplesmente fui blasfemada e corrida, devido ao gesto.
Muitas destas porcarias não chegam aos mass-media porque qualquer que se atrever a dizer algo é selado automaticamente como racista, e na Alemanha ninguém quer viver com este estigma.
Sim, encontram-se numa situação difícil e têm toda a minha compaixão pela sua sorte, mas se se recusam a comportar-se como seres humanos e a adotar as leis e as regras dos países que os adota, tem de se lhes recusar o acesso. Pode soar rude, mas depois de viveres no meio deles, passa-te.
Infelizmente, todos estes emigrantes vieram para viver numa comunidade, a qual não só a incomoda, porque isto até poderia ser fácil se fechar os olhos, mas também é injusto teres de começar de repete a viver com medo nas ruas da tua cidade, por causa da tua bondade e porque tentaste ajudar as pessoas.
Imaginem como se sentiram aquelas pessoas que viram as suas meninas de 14 anos a serem violadas e ninguém os pude ajudar em nada. Não se trata de serem sujos, de cheirarem a queijo estragado ou de forçarem as suas mulheres a usar a burkha. Estes são inofensivos. Estamos a falar daqueles que trazem a violência pura com eles, violência gratuita e injustificável.
Mesmo sob o pretexto de acordo de primeiro socorro, estas pessoas precisam de serem reeducadas antes de serem integradas em comunidades."
Artigo escrito por Iulia
Correm rios e rios de lágrimas, sem que ninguém se pergunte o porquê destas pessoas, fugindo da guerra, não se refugiaram em estados próximos das suas fronteiras, em estados com a mesma religião, valores e princípios.
Porque preferem morrer em botes de trânsito juntamente com as suas famílias, porque preferem dar 13.000 euros a um “guia” para os trazer à Alemanha, em vez de irem para um lugar bom e calmo. Exato.
Porque nos respectivos estados têm de trabalhar. Porque não recebem no mínimo 8 metros quadrados por pessoa. Ninguém nega que a sua situação é triste, ou que todos nós não iriamos fugir em caso de guerra. Mas ninguém se questiona de três problemas importantes:
1.O que lhes acontece nos próximos anos, dado que eles recusam a se integrar, a aprender a língua, a procurar trabalho. Suporta o estado 800.000 pessoas (caso da Alemanha) a partir dos impostos dos outros?
2. São violentos, consideram que a mulher é um objeto útil para a satisfação das suas necessidades e não conhecem o perdão. Como vais proteger os cidadãos, como estado?
3. Porque se direcionam exatamente para a Europa, diretamente para a Alemanha, Suíça, Itália. Será que não se transformarão de refugiados a asilados por critérios económicos?
Com todo o respeito, vocês não têm ideia do que falam. Alemanha está à porta de uma revolta desencadeada pelas forças extremistas e não é por acaso. Vivo numa pequena cidade de 22.000 habitantes, uma cidade acordada a receber 2.000 refugiados.
Desde que chegaram, só se tem visto lutas, violações de raparigas de 13, 14 e 15 anos e assaltos que bastem. Entram-vos dentro da garagem a meio do dia e procuram nas vossas coisas, correm atrás de raparigas menores pelas ruas gritando palavreados, tentam apalpar mulheres em locais públicos de todas as formas possíveis. E se os maridos intervirem, são pisados na rua ou nos estacionamentos.
95% deles são homens vestidos de Tom Tailor Denim. Andam em grupos de 7-10 pessoas e não olhares na sua direcção quando lhes passas ao lado, é uma mais valia, porque possivelmente levas. Tentei dar a uma mulher refugiada algumas roupas minhas, completamente novas, sem terem sido usadas, e puro e simplesmente fui blasfemada e corrida, devido ao gesto.
Muitas destas porcarias não chegam aos mass-media porque qualquer que se atrever a dizer algo é selado automaticamente como racista, e na Alemanha ninguém quer viver com este estigma.
Sim, encontram-se numa situação difícil e têm toda a minha compaixão pela sua sorte, mas se se recusam a comportar-se como seres humanos e a adotar as leis e as regras dos países que os adota, tem de se lhes recusar o acesso. Pode soar rude, mas depois de viveres no meio deles, passa-te.
Infelizmente, todos estes emigrantes vieram para viver numa comunidade, a qual não só a incomoda, porque isto até poderia ser fácil se fechar os olhos, mas também é injusto teres de começar de repete a viver com medo nas ruas da tua cidade, por causa da tua bondade e porque tentaste ajudar as pessoas.
Imaginem como se sentiram aquelas pessoas que viram as suas meninas de 14 anos a serem violadas e ninguém os pude ajudar em nada. Não se trata de serem sujos, de cheirarem a queijo estragado ou de forçarem as suas mulheres a usar a burkha. Estes são inofensivos. Estamos a falar daqueles que trazem a violência pura com eles, violência gratuita e injustificável.
Mesmo sob o pretexto de acordo de primeiro socorro, estas pessoas precisam de serem reeducadas antes de serem integradas em comunidades."
Artigo escrito por Iulia
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Ano de 2009
Discurso do Primeiro Ministro australiano, John Howard, à Comunidade Muçulmana.
Os imigrantes não australianos, devem adaptar-se. É pegar ou largar! Estou
cansado de saber que esta Nação se inquieta ao ofendermos certos
indivíduos ou a sua cultura. Desde os ataques terroristas em Bali,
assistimos a uma subida de patriotismo na maioria dos australianos
A
nossa cultura está desenvolvida desde há mais de dois séculos de lutas,
de habilidade e de vitórias de milhões de homens e mulheres que
procuraram a liberdade. A
nossa língua oficial é o Inglês; não é o Espanhol, o Libanês, o Árabe, o
Chinês, o Japonês, ou qualquer outra língua. Por conseguinte, se
desejam fazer parte da nossa sociedade, aprendam a nossa língua!
A
maior parte do australianos crê em Deus. Não se trata de uma obrigação
cristã, de influência da direita ou pressão política, mas é um facto,
porque homens e mulheres fundaram esta Nação sobre princípios cristãos e
isso é ensinado oficialmente. É perfeitamente adequado afixá-lo sobre
os muros das nossas escolas. Se Deus vos ofende, sugiro-vos então que
encarem outra parte do mundo como o vosso país de acolhimento, porque
Deus faz parte da nossa cultura.
Nós
aceitaremos as vossas crenças sem fazer perguntas. Tudo o que vos
pedimos é que aceitem as nossas e vivam em harmonia e em paz connosco.
Este é o nosso país, a nossa terra e o nosso estilo de vida. E oferecemos-lhes
a oportunidade de aproveitar tudo isto. Mas se vocês têm muitas razões
de queixa, se estão fartos da nossa bandeira, do nosso compromisso, das
nossas crenças cristãs, ou do nosso estilo de vida, incentivo-os
fortemente a tirarem partido de uma outra grande liberdade australiana: o direito de partir. Se não são felizes aqui, então partam.
Não vos forçámos a vir para aqui. Vocês pediram para vir para cá. Então, aceitem o país que vos aceitou".
quarta-feira, setembro 02, 2015
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