quinta-feira, setembro 10, 2015

Correcções da História

Os nomes que Cristovão Colombo foi atribuindo aos lugares das Antilhas que descobriu correspondem, na sua maioria, a topónimos portugueses, quase sempre do Alentejo, nomeadamente
S.Bartolomeu, S.Vicente, S.Luís, Sta.Luzia, Guadiana, Porto Santo, Mou
rão, Isabel, Sta. Clara, S.Nicolau, Vera Cruz, Espírito Santo, Guadalupe, Conceição, Cabo de S. João, Cabo Roxo, S.Miguel, Sto.António, Sto.Domingo, Sta.Catarina, S.Jorge, Trindade, Ponta Galera, S.Bernardo, Margarida, Ponta de Faro, Boca de Touro, Cabo Isabel, ilha dos Guinchos, Salvador, Santarém, Cuba, Curaçao e Belém, entre outras.
Sendo certo que alguns destes nomes são comuns em português e castelhano, outros só existiam na língua portuguesa, como Brasil, Santarém, Curaçao, Faro, Belém, Touro, e Ponta Ora, se o navegador Cristóvão Colombo tivesse nascido em Génova, porque motivo nunca atribuiu a nenhuma das suas descobertas um nome em honra das cidades famosas de Itália.
Cuba, em português antigo “coba” significava “torre” e não tinha qualquer significado noutro país.
Cristóvão Colombo deu, à maior ilha que encontrou o nome de Cuba, sua terra natal, tendo explorado toda a ilha excepto o limite oeste pois temia que tivesse ligação com o Oceano Pacífico e que a partir daí fosse possível alcançar a Índia, que ele não desejava entregar aos espanhóis.

Salvador Fernandes Zarco era o verdadeiro nome de Cristóvão Colombo.

Dia Internacional do Vinho do Porto



A história do Vinho do Porto
As uvas foram cultivadas em Portugal desde a antiguidade. Os escritos de Estrabão, o grande geógrafo da antiga Grécia, indicam que os habitantes do noroeste da Península Ibérica já bebiam vinho há dois mil anos. Os romanos, que chegaram a Portugal no século II AC e permaneceram por mais de 500 anos, cultivaram vinhas e faziam vinho nas margens do rio Douro, onde o vinho do Porto é hoje produzido. O período de prosperidade que se seguiu à criação do reino de Portugal, em 1143, viu o vinho tornar-se num importante produto de exportação.
No entanto, o aparecimento do vinho do Porto, como sabemos, ocorreu muito mais tarde. Os primeiros vinhos conhecidos por este nome foram exportados na segunda metade do século XVII.
Em 1386, o Tratado de Windsor tinha estabelecido uma estreita aliança política, militar e comercial entre a Inglaterra e Portugal. Sob os termos do tratado, cada país concedeu aos comerciantes do outro país o direito a residir no seu território e a comercializar em condições de igualdade com os seus próprios súbditos. Desenvolveram-se relações comerciais fortes e dinâmicas entre os dois países e muitos comerciantes ingleses estabeleceram-se em Portugal. Na segunda metade do século XV uma quantidade significativa de vinho português era exportada para a Inglaterra, muitas vezes em troca do famoso bacalhau.
O tratado comercial anglo-português de 1654 criou novas oportunidades para os comerciantes ingleses e escoceses que viviam em Portugal, permitindo-lhes privilégios especiais e direitos aduaneiros preferenciais. Naquela época, o centro do comércio do vinho não foi o Porto, como mais tarde se tornou, mas a elegante cidade costeira do norte, Viana do Castelo, cuja situação no amplo estuário do rio Lima a tornou num porto seguro natural. Os comerciantes importaram mercadorias, tais como lã e tecidos de algodão da Inglaterra e exportaram cereais, fruta, azeite e o que era conhecido como "red Portugal”, ou "tinto de Portugal", esse vinho leve e ácido produzido nas proximidades na região verdejante do Minho, particularmente nos arredores das cidades de Melgaço e Monção.
Nas últimas décadas do século XX ampliou-se ainda mais o consumo de vinho do Porto de qualidade, dentro e fora das margens da Europa, um processo que continuou no novo milénio. Embora a Grã-Bretanha continuasse a ser o principal consumidor de vinho do Porto de qualidade, o centro de gravidade deslocou-se para a América do Norte com os Estados Unidos e Canadá a tornarem-se clientes importantes. Atualmente, os mercados emergentes da Ásia e da América Latina estão a despertar para os prazeres do vinho do Porto.
Há já muito tempo que o vinho do Porto é considerado um grande vinho. Mergulhado na tradição e com uma extraordinária história e património tem sido, no entanto, sempre capaz de se adaptar e prosperar, atraindo novas gerações de consumidores aos seus encantos. Muitas das tendências atuais estão a seu favor, especialmente o interesse na cultura vínica, nos prazeres do vinho e no seu papel na gastronomia que se espalhou pelo mundo. O vinho do Porto, com a sua diversidade de estilos e diferentes sabores, é o mais bem colocado para corresponder a este interesse. 
Os consumidores de todas as partes do mundo são cada vez mais conhecedores e curiosos e, portanto, mais propensos a serem atraídos pelos vinhos que, como o vinho do Porto, representam qualidade e tradição genuínas e que têm histórias fascinantes para contar. A singularidade do vinho do Porto permite que este se diferencie num mundo do vinho onde a oferta se torna cada vez mais ampla e complexa, mas onde escasseia muitas vezes a escolha e a diversidade genuínas. Para a maioria dos consumidores, a tendência é para usar o cliché comum, "beber menos mas beber melhor". Assim, as casas, como a Taylor’s, a Fonseca ou a Croft, que continuam a concentrar-se nos estilos mais requintados de vinho do Porto, favorecendo a qualidade em detrimento da quantidade, irão ajudar a escrever novos capítulos na longa e ilustre história do vinho do Porto.

O nascimento do Vinho do Porto
Alguns anos mais tarde, alguns factos conjuraram o aumento das exportações de vinho português para a Inglaterra. Em 1667 Colbert, o primeiro ministro de Luís XIV, aderiu a uma série de medidas para restringir a importação de bens de Inglaterra para a França. Este facto levou Charles II da Inglaterra a aumentar o imposto sobre os vinhos franceses e, posteriormente, a proibir a virar as suas atenções mais para o interior, procurando os vinhos mais robustos e encorpados das encostas íngremes e rochosas do Alto Douro, essa quente e árida região sua importação, obrigando o comércio do vinho inglês a procurar fontes alternativas de abastecimento.
A oportunidade foi aproveitada pelos comerciantes ingleses em Viana do Castelo, que começaram a concentrar os seus esforços no desenvolvimento rápido do negócio do vinho. Estes perceberam que os vinhos leves, adstringentes e muitas vezes instáveis produzidos no clima temperado e húmido do litoral do Minho não eram do agrado do consumidor inglês. Começaram a do interior atrás da Serra do Marão, onde é hoje produzido o vinho do Porto. 
 A longa distância e o terreno selvagem e montanhoso significava que os vinhos do Douro não poderiam ser transportados por terra até Viana do Castelo, mas tinham que ser levados de barco pelo rio Douro até à cidade do Porto, na costa litoral. Do Porto, embarcações levá-los-iam para a Inglaterra, saindo para o Atlântico pela traiçoeira foz do rio Douro. 
A fim de desenvolver o seu negócio de vinhos do Douro, os mercadores de Viana do Castelo tinham, portanto, de se estabelecer no Porto e no final da primeira década do século XVIII a maioria deles já o tinha feito. Um dos pioneiros do comércio de vinhos do Douro foi Peter Bearsley, filho do fundador da Taylor’s, que se diz ter sido o primeiro comerciante inglês de vinho a fazer a perigosa e desconfortável viagem para além do Marão, em busca do melhor vinho.
Embora viessem da região do Alto Douro, no interior montanhoso a cerca de 80 quilómetros de distância da costa, os vinhos adotaram o nome da cidade de onde foram exportados, tornando-se conhecidos como "vinho do Porto”. As primeiras exportações registadas de vinho com este nome ocorreram em 1678. Às vezes, para o proteger durante a longa viagem por mar, o vinho era  "fortificado" com a adição antes do embarque de uma pequena quantidade de aguardente vínica, a qual aumentava a sua força alcoólica e o impedia de se estragar. No entanto, a técnica da adição de uma pequena porção de aguardente para manter o vinho em bom estado durante o transporte não deve ser confundida com o processo de adição de aguardente vínica ao vinho durante a fermentação que é, atualmente, um aspecto essencial da produção do vinho do Porto. Como veremos, o último método de fortificação só foi adotado universalmente muito mais tarde. Nas primeiras décadas, o vinho do Porto não era aguardentado desta forma.
 
O Marquês de Pombal
Em 1703, a assinatura do Tratado de Methuen entre Inglaterra e Portugal criou ainda mais incentivos para o negócio do vinho do Porto, determinando que os vinhos portugueses importados para a Inglaterra devessem pagar de imposto um terço a menos do que os vinhos franceses.
Mais importante, o "vinho do Porto”, produzido na região do Douro, era muito mais ao gosto do consumidor inglês do que o "tinto de Portugal” do Minho. Os comerciantes ingleses e escoceses não estavam sós no comércio de vinho do Porto. Também estavam envolvidas no negócio famílias holandesas e alemãs. No entanto, a enorme importância do mercado inglês significava que os comerciantes britânicos predominavam.
A segunda década do século XVIII marcou o início de trinta anos de rápido crescimento nas exportações de vinho do Porto e um período de grande prosperidade tanto para os produtores da região do Alto Douro como para os exportadores de vinho do Porto, sediados no Porto. Contudo, com o passar do tempo, este rápido crescimento da procura aos poucos deu origem a especulações no comércio e a práticas fraudulentas, como a adição da baga de sabugueiro aos vinhos mais pobres para lhes dar cor e a ilusão de qualidade. 
Outras complicações surgiram na década de 1750, onde se assistiu a uma queda acentuada na procura e um excesso de produção no Douro. Em 1756, o Marquês de Pombal, na qualidade de Ministro de Estado de Portugal, cuja influência e poder tinham sido reforçados pela sua intervenção após o catastrófico terramoto que destruira a maior parte da cidade de Lisboa no ano anterior, entrou em cena para restaurar a ordem.
O Marquês de Pombal determinou imediatamente o controlo estatal sobre o comércio do vinho do Porto, sob a forma de uma empresa, a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (mais tarde conhecida como a Real Companhia ou Companhia Velha), com o monopólio do comércio com a Inglaterra e o Brasil e da produção e venda de aguardente no norte de Portugal. No mesmo ano, os limites da área vitivinícola do vinho do Porto foram demarcados e a sua posição assinalada com 335 pilares de pedra, conhecidos como os marcos pombalinos. 
Em 1757, fez-se a primeira classificação abrangente das vinhas do vinho do Porto (quase um século antes da semelhante classificação que se fez em Bordéus). Aqueles que produziam os melhores vinhos, conhecidos por "vinhos de feitoria”, foram autorizados a vender os seus vinhos para exportação e reclamar um preço mais elevado, enquanto os que fazem vinhos de qualidade mais modesta, chamados "vinhos de ramo”, ficavam restritos ao mercado interno. Medidas foram tomadas, como a erradicação da árvore de sabugueiro dentro da área de demarcação, para conter os abusos mais comuns.
As ações draconianas do Marquês de Pombal e da empresa de monopólio, embora impopulares na época, resultaram numa melhora na qualidade do vinho do Porto e deram início a uma nova era de crescimento e prosperidade tanto para os produtores e como para os exportadores. Ao estabelecer os limites geográficos das vinhas do vinho do Porto, classificando-as de acordo com a qualidade e estabelecendo normas para a produção do vinho, o Marquês de Pombal foi um precursor visionário do moderno conceito de DOC (Denominação de Origem Controlada). Estas medidas pioneiras lançaram as bases para a legislação de hoje que é uma das mais sofisticadas de qualquer das clássicas regiões vitivinícolas mundiais.



O desenvolvimento de fortificação
A segunda metade do século XVIII foi um período importante na história do Vinho do Porto e assistiu ao início de uma série de práticas que transformariam o vinho do Porto no grande vinho fortificado que hoje conhecemos. 
A liderar estas práticas esteve a fortificação. No início, como vimos, por vezes adicionava-se aguardente aos vinhos no momento do embarque para fortalecê-los contra os rigores da viagem marítima. No entanto, a prática de adição de aguardente ao vinho antes que este tivesse acabado de fermentar, e que é hoje uma parte inseparável do processo de produção do vinho do Porto, raramente era seguida no início do século XVIII. À medida que o século avançava, tornou-se mais comum, em particular quando se constatou que os vinhos mais doces fortes e aromáticos que resultavam da fortificação eram mais do agrado do mercado.
Porém, nem todos os comerciantes incentivaram a prática e não foi até o século XIX que este método de fortificação passou a ser amplamente adotado. No entanto, ganhou aceitação gradualmente. A prosperidade dos últimos anos do século XVIII libertou o capital necessário para que comércio acumulasse stocks de vinho e começasse a guardá-los por mais tempo.
O potencial superior de envelhecimento dos vinhos do Porto que tinham sido fortificados tornou-se aparente. Diz-se por vezes que o ponto de viragem foi a colheita excecional de 1820 que produziu vinhos do Porto tão magníficos que os vinhos produzidos em anos seguintes não podiam aproximar-se da sua riqueza e intensidade, a menos que fossem fortificados. Em qualquer caso, por volta de 1840 a fortificação era já muito comum e em 1850 era provavelmente universal.
Um dos mais ferozes opositores da fortificação foi o famoso Barão Forrester, uma figura lendária na história do vinho do Porto e autor do primeiro mapa detalhado da região do Douro. Ele fez campanha contra a fortificação até à sua morte em 1862, quando o seu barco virou no perigoso Cachão da Valeira. Sabe-se que Forrester tinha ido almoçar mais acima, à Quinta de Vargellas, a agora famosa propriedade pertencente à Taylor’s, com Dona Antónia Ferreira, fundadora da casa Ferreirinha, e a Baronesa  Fladgate, esposa de John Fladgate, Barão da Roêda.
Após o almoço, enquanto Forrester descia o rio através do desfiladeiro na companhia das duas senhoras, o seu barco bateu numa pedra, atirando passageiros e tripulantes para a água veloz dos rápidos. As senhoras sobreviveram, pois as suas saias de crinolina cheias de ar fê-las boiar até à margem, mas Forrester, possivelmente, agrilhoado pelas moedas de ouro que estavam no seu cinto, nunca foi encontrado. Forrester foi um homem de grande determinação e, se tivesse sobrevivido para convencer os seus colegas do erro das suas opções, o vinho do Porto provavelmente não seria o icónico vinho fortificado que hoje conhecemos.

O transporte fluvial
O malogrado Cachão da Valeira tinha sido objeto de outro significativo desenvolvimento que acabaria por ter um efeito profundo no futuro do vinho do Porto. Até ao final do século XVIII, o estreito desfiladeiro estava obstruído por uma queda de água formada por afloramentos de rocha gigantescos que tornava impossível navegar rio acima para a zona inacessível mais a leste. 
Em 1780, começou o árduo trabalho de demolição das lajes de pedra. Em 1789, as primeiras embarcações foram capazes de passar através do desfiladeiro e, em 1791, o trabalho de limpeza do canal foi finalmente concluído, embora a tarefa de navegar os rápidos do Cachão se manteve extremamente perigosa. Uma vez que o rio era o único meio viável de transporte de vinho, havia poucas vinhas na área a leste do Cachão. 
Com a abertura do desfiladeiro ao tráfego fluvial, esta área ficou conhecida como o Douro Novo, e mais tarde como o Douro Superior, e viu surgir algumas das melhores quintas do Douro, entre elas a Quinta de Vargellas, que mais tarde seria adquirida pela Taylor’s. A ascensão destas quintas e o reconhecimento da qualidade dos seus vinhos fez muito para reforçar a reputação do vinho do Porto nos mercados externos.
Até há relativamente pouco tempo, o comércio do vinho do Porto estava dependente do rio para transportar os vinhos da região do Douro para as caves dos exportadores localizadas no litoral. As primeiras referências a embarcações com vinho ao longo do Douro datam de cerca de 1200, quando estas eram referidas como barcas taverneiras. No entanto, durante a maior parte da história do vinho do Porto e até meados do século XX, as embarcações que realizaram este trabalho foram os notáveis barcos rabelos.  
Até à construção no rio de uma série de barragens no século XX, o Douro era rápido no seu curso. Zonas mais calmas alternavam com bancos de areia traiçoeiros e rápidos turbulentos, alguns atravessando estreitos desfiladeiros. Os rápidos estavam frequentemente agrupados ao longo do mesmo trecho do rio o que constituía uma formidável sequência de obstáculos que exigiam grande habilidade para navegar com sucesso. Para ser capaz de navegar nestas condições, o barco rabelo tinha um casco de fundo plano e um leme comprido que era comandado a partir do topo de uma plataforma elevada, o que permitia à tripulação realizar as manobras muito precisas necessárias para navegar as correntes.
Foi também equipado com uma vela grande para ajudá-lo a fazer a viagem de volta a montante. Nos trechos mais rápidos, teria de ser levado contra a corrente por juntas de bois puxando à beira rio. As tripulações altamente qualificadas e corajosas constituíam comunidades muito unidas com as suas próprias tradições e costumes distintos.
O número de embarcações que navegavam no rio parece ter variado muito ao longo dos anos. Em 1751 eram cerca de 50, mas esse número mais tarde tornou-se em várias centenas. Durante a última parte do século XVIII, para lidar com o aumento do tráfego resultante do crescimento da procura do vinho do Porto, foram construídos rabelos de tonelagem cada vez mais pesada, os maiores transportando entre 70 e 100 pipas de vinho. Estes rabelos muito grandes eram menos manobráveis e mais propensos a acidentes e, em 1779, a legislação definiu o limite de 70 pipas. O maior dos rabelos em uso no século XX geralmente não carregava mais de 50 pipas. 

A conclusão do caminho de ferro ao longo do Douro em 1887 significava que o rabelo já não era o único meio de transporte de vinhos e outras mercadorias volumosas da região do Douro para a costa. No entanto, durante muitas décadas manteve-se o método de escolha. Na década de 1930 havia ainda cerca de 300 barcos registados. À medida que o acesso à região do Douro foi melhorando, o transporte rodoviário começou a assegurar o transporte. Em 1961, apenas 6 rabelos estavam ainda a funcionar. A última viagem comercial de um rabelo crê-se ter sido em 1964.

O nascimento do Vintage
Os últimos anos do século XVIII testemunharam outro importante acontecimento que veio a ter uma influência decisiva no vinho do Porto e no seu surgimento como um grande vinho clássico. Esta foi a evolução da forma das garrafas de vidro. 
As garrafas do início do século XVIII eram bulbosas, de base larga e pescoço curto. Podiam ficar em pé mas não podiam aguentar apoiadas quando deitadas de lado. O seu principal objetivo era levar o vinho da pipa do taberneiro para a mesa e, uma vez vazia, seriam enviadas de volta para serem novamente cheias com vinho. Frequentemente, uma garrafa trazia as iniciais ou o brasão do seu proprietário. 
Ao longo das décadas, à medida que as técnicas de produção evoluíam, as garrafas tornaram-se progressivamente mais estreitas e mais alongadas, com pescoço mais longo e menos cónico. Pode ver-se na sala do turismo nas caves da Taylor’s, em Vila Nova de Gaia, uma valiosa coleção de garrafas que ilustram esta evolução. Na década de 1770, as garrafas tinham-se tornado suficientemente cilíndricas para poderem ser guardadas deitadas.
As técnicas de fabrico de vidro do século XIX evoluiram ainda mais tornando possível fabricar garrafas de capacidade uniforme a um custo menor. Esta evolução da forma das garrafas, levou ao aparecimento do vinho do Porto vintage, vinho de um só ano apto a ser armazenado e envelhecido em garrafeira. Segundo alguns historiadores, o primeiro vinho do Porto vintage foi feito em 1775, antecedendo em 12 anos o que se pensa ser o primeiro Bordéus engarrafado de ano único, o Château-Lafite de 1787.

O turbulento Século XIX
O século XIX foi um século muito agitado para o comércio do vinho do Porto, com períodos de grande prosperidade e expansão intercalados com episódios de desastre e catástrofe. Este século viu o vinho do Porto a afirmar-se no estilo de vida e nos hábitos dos britânicos. Remessas para o importante mercado brasileiro continuaram a aumentar e o consumo de vinho do Porto expandiu-se para outros países como a Rússia, Alemanha, Holanda, os países escandinávos e Estados Unidos.
O primeiro grande desafio do século veio com a Guerra Peninsular e a chegada a Lisboa do exército de Napoleão sob o comando do General Junot seguido da ocupação do Porto pelo Marechal Soult, em 1809. Durante este período e até que o exército francês se retirasse em 1811, o negócio de vinho do Porto praticamente parou. Os exportadores britânicos e as suas famílias tinham fugido da cidade, deixando as suas empresas nas mãos de encarregados de negócios ou procuradores e, durante grande parte do tempo, as hostilidades tornavam as exportações de vinho impossíveis.
Um pouco mais tarde, outro período de turbulência política culminou nas chamadas guerras liberais, ou guerra dos dois irmãos, entre duas fações rivais, os absolutistas apoiantes de D. Miguel, que tinha usurpado o trono em 1828, e os liberais que apoiavam o seu irmão D. Pedro, antigo Imperador do Brasil. Embora o comércio do vinho do Porto tivesse continuado durante este período, foi gravemente afetado, particularmente durante o cerco do Porto em 1832.
O fim da guerra civil assistiu ao começo de uma das épocas de maior expansão e prosperidade na história do comércio de vinho do Porto. Por volta de 1840, a fortificação era uma técnica quase universalmente instalada e o vinho do Porto tinha-se tornado o grande vinho fortificado que hoje conhecemos. Este período também marcou um forte crescimento de interesse no vinho do Porto Vintage e a consolidação do seu prestígio. Ao mesmo tempo surgiu um crescente gosto por vinhos do Porto mais maduros e uma tendência para envelhecê-los por mais tempo na garrafeira. Em meados do século XIX, surgiram alguns míticos vinhos do Porto Vintage tais como os de 1863 e 1868. Foi igualmente durante este período que foi adotado o hábito de "declarar” apenas os melhores anos em vez de lançar um vintage de cada colheita.

O flagelo da filoxera
No final da década de 1850 e início da década de 1860, especialistas em botânica e viticultores europeus tinham começado a importar da América do Norte videiras de castas indígenas. Estes estudiosos não estavam cientes de que, em muitos casos, estas videiras americanas traziam consigo pequenos insectos amarelos que se alimentavam das suas raízes, sugando a sua seiva.
As videiras americanas estavam habituadas ao ataque destes insectos quase invisíveis e tinham desenvolvido formas de lhe sobreviver. Contudo, as vinhas europeias de produção de vinho não tinham quaisquer defesas. Os insectos alimentavam-se pela raiz da videira, provocando inchaços tuberosos até que a raiz ficava tão deformada que não podia absorver água e nutrientes do solo.
Famintas e sedentas, as videiras murchavam e morriam. O primeiro surto significativo ocorreu em França no sul da região do Ródano em 1862 e a praga então rapidamente se espalhou a outras partes do país causando devastação generalizada nas vinhas. Quando a causa foi finalmente identificada, foi dado ao destrutivo insecto o nome de Phylloxera vastatrix, ou filoxera.
Crê-se que a filoxera chegou à região do Douro em 1868. Em primeiro lugar, desencadeou a sua destruição nas zonas mais a leste, a origem dos melhores vinhos do Porto e, em 1872, colocou de rastos muitas das mais conhecidas propriedades produtoras de vinho do Porto. Os rendimentos baixaram drasticamente, provocando escassez de vinho e uma subida do seu preço. Um dos mais dinâmicos campeões da batalha contra a filoxera foi John Fladgate, um dos sócios da Taylor’s. Ele viajara para França para saber que remédios estavam aí a ser usados e, em 1872, publicou os seus achados numa carta aberta aos agricultores do Douro.
Mais tarde viria a ser-lhe concedido o título de Barão da Roêda pelo seu trabalho. Passou algum tempo, porém, até que a solução definitiva fosse encontrada. Esta passava por enxertar as videiras europeias nas raízes resistentes das castas americanas, uma medida que acabou por fazer parar a destruição. No entanto, a filoxera tinha causado graves danos económicos e muitos dos proprietários arruinados não tinham condições para reconstruir os seus terrenos abandonados. Ainda nos dias de hoje se podem ver no Douro os sinistros "mortórios”, ou seja, as ruínas de antigos socalcos que jamais voltaram a ser replantadas.


O Século XX
Na década de 1880 assistiu-se ao início da recuperação após a ruína trazida pela filoxera e, por altura da última década do século XIX, a prosperidade tinha já voltado ao comércio de vinho do Porto.
O consumo de vinho do Porto continuou a crescer em força até à década de 1920, mesmo durante os anos da primeira grande guerra. 
O vinho do Porto Vintage conquistou o prestígio próprio de um grande vinho clássico e muitas das suas tradições e rituais têm origem nesta época. O gosto pelo vinho do Porto continuou a espalhar-se e países como a Holanda, Dinamarca e Noruega tornaram-se mercados relevantes. O sucesso do negócio garantiu capital às casas produtoras de vinho do Porto para desenvolver e melhorar as suas propriedades e aperfeiçoar o estilo e a qualidade dos seus vinhos.
A Grande Depressão dos anos 30 teve um impacto nas vendas de vinho do Porto muito embora na segunda metade da década se tenha assistido a uma recuperação. Os estilos mais jovens de vinho do Porto envelhecido em madeira tornaram-se populares em França como aperitivo. Na década de 1930. As exportações de vinho do Porto para França representaram o triplo do volume exportado na década anterior. Durante o resto do século a França continuou a ser um mercado chave, vindo a tornar-se o mercado mais importante em volume. Na Grã-Bretanha havia um novo eclodir de interesse pelo vinho do Porto Vintage.
A primeira parte do século XX produziu uma série de extraordinários vinhos do Porto Vintage e estes ajudaram a consolidar a reputação das principais casas de vinho do Porto, tais como a Taylor’s, a Fonseca e a Croft. Além disso, estes vinhos tinham aumentado a projeção e o reconhecimento dessas marcas históricas, uma vantagem que viria a ser fulcral no mercado de vinhos do período pós-guerra, muito sensível à imagem de marca. 
A década de 1930 também testemunhou uma série de inovações tais como o desenvolvimento do primeiro vinho do Porto branco seco, o Taylor’s Chip Dry, em 1934. Entretanto, em 1933, o Governo Português tinha criado um novo órgão, o Instituto do Vinho do Porto (IVP), para regular e fiscalizar o comércio de Porto, assim como o Marquês de Pombal tinha feito 177 anos antes.

A hera da inovação
Durante a Segunda Guerra Mundial houve uma queda acentuada das exportações de vinho do Porto que fez enfraquecer algumas das empresas exportadoras de vinho do Porto mais pequenas.
Nos anos que se seguiram muitas destas empresas foram adquiridas por empresas maiores ou mais bem-sucedidas. O consumo de vinho do Porto demorou a recuperar na década de 1950, mas um aumento do poder de compra do consumidor originou um retorno ao crescimento nas décadas de 60 e 70. Este foi um período de grandes mudanças no negócio do vinho do Porto, que se adaptou às novas realidades da era pós-guerra e a um mercado fundamentalmente diferente.
O processo de consolidação que teve lugar nas casas de vinho do Porto também tinha ocorrido na distribuição. Na Grã-Bretanha o grande número de pubs independentes e comerciantes de vinho que tinham sido o esteio do comércio do vinho nos anos anteriores à guerra tinham agora sido substituídos, em grande parte, por cadeias de lojas de vinho e supermercados. Aliás, tendências semelhantes podiam ser observadas na maioria dos outros países ocidentais. Os produtores de vinho do Porto foram obrigados a racionalizar a sua seleção de produtos e a desenvolver vinhos que apelassem diretamente ao consumidor. Algumas empresas de vinho do Porto foram adquiridas no todo ou em parte por grandes grupos internacionais de bebidas cuja gama forte de produtos lhes dava acesso privilegiado às cadeias de retalho cada vez mais poderosas. Outras empresas, como a Taylor’s e a Fonseca, mantiveram-se firmemente independentes e familiares acreditando, corretamente, como se viu, que a sua reputação, a sua criatividade e a qualidade de seus vinhos lhes permitiria prosperar no novo ambiente e assegurar o seu futuro a longo prazo.
O perfil do consumidor também se alterou. Até à década de 1930, o consumo de vinho do Porto estava relativamente polarizado. O vinho do Porto Vintage estava destinado às mesas e às garrafeiras daqueles que tinham maior poder económico e os simples vinhos do Porto Ruby eram vendidos para consumo de massa. Havia muito poucos vinhos intermédios. Nos anos 60 e 70, os consumidores de vinho, dotados de maior poder de compra, tornaram-se atraídos pelos vinhos do Porto de qualidade mas eram muitas vezes dissuadidos pelo custo do vinho do Porto Vintage e pela necessidade de este ter de envelhecer em garrafa e ter de ser decantado. Ironicamente, foi a Taylor’s, o mais respeitado produtor de vinho do Porto Vintage, que encontrou a solução.
A empresa desenvolveu um conceito novo, o Late Bottled Vintage, um vinho do Porto de um só ano, de alta qualidade mas a um preço acessível, que envelhece por mais tempo em madeira do que um Vintage antes de ser engarrafado. O maior tempo de amadurecimento em madeira significava que o vinho  estava pronto para ser bebido na altura do engarrafamento, não necessitando de ser decantado e podendo ser bebido ao copo ao longo de várias semanas. Lançado em 1970 com o LBV de 1965, o Late Bottled Vintage da Taylor’s teve muito sucesso atraindo novos consumidores para a categoria de vinho do Porto, o que fez com que outras casas produtoras se lhe seguissem.
Em 1973 o Instituto de Vinho do Porto criou nova legislação permitindo que a idade do vinho fosse mencionada no rótulo dos vinhos do Porto Tawny. Mais uma vez, a Taylor’s foi precursora a criar vantagem e foi a primeira empresa a lançar uma seleção de vinhos do Porto Tawny com 10, 20, 30 e 40 anos.
Estas novas categorias de vinho do Porto garantiram o lugar do vinho do Porto nos hábitos de consumo dos países ocidentais, com o seu interesse crescente em vinho e gastronomia. Também contribuiu para o renascimento do interesse no vinho do Porto Vintage, particularmente na década de 1990, um processo assistido por escritores influentes especialistas em vinho, que ajudaram os consumidores a abraçarem as complexidades do mundo dos grandes vinhos em vez de se intimidarem por elas. Uma série de excelentes vinhos do Porto Vintage, na década de 90, continuou no século XXI e também ajudou a atrair a atenção do consumidor e do colecionador de vinhos finos. O vinho do Porto Vintage tornou-se um dos vinhos clássicos mais aclamados do mundo. Por exemplo, os vinhos do Porto Vintage da Taylor’s deste período foram galardoados com notas médias mais elevadas pelo prestigiado crítico de vinhos, Robert Parker, do que qualquer outro vinho no mundo, incluindo os famosos vinhos da Borgonha ou de Bordéus.
O aumento da procura por vinhos do Porto de alta qualidade desencadeou uma renovada explosão de investimento no desenvolvimento das vinhas e a introdução de novos métodos e tecnologias na viticultura e na enologia. Foram feitos avanços importantes nos métodos de instalação das vinhas, um fator fulcral quando se faz crescer vinhas nas colinas íngremes do Douro. O plantio em bardos verticais, conhecido como vinha ao alto, com as suas muitas vantagens, tornou-se possível em encostas mais íngremes. A crescente preocupação com a sustentabilidade ambiental e económica da viticultura no Douro levou ao aparecimento das primeiras vinhas biológicas e, em tempos mais recentes, surgiram iniciativas tais como o modelo de vitivinicultura sustentável implementada nas quintas da Taylor’s.

Olhando para o futuro
Nas últimas décadas do século XX ampliou-se ainda mais o consumo de vinho do Porto de qualidade, dentro e fora das margens da Europa, um processo que continuou no novo milénio. Embora a Grã-Bretanha continuasse a ser o principal consumidor de vinho do Porto de qualidade, o centro de gravidade deslocou-se para a América do Norte com os Estados Unidos e Canadá a tornarem-se clientes importantes. Atualmente, os mercados emergentes da Ásia e da América Latina estão a despertar para os prazeres do vinho do Porto.
Há já muito tempo que o vinho do Porto é considerado um grande vinho. Mergulhado na tradição e com uma extraordinária história e património tem sido, no entanto, sempre capaz de se adaptar e prosperar, atraindo novas gerações de consumidores aos seus encantos. Muitas das tendências atuais estão a seu favor, especialmente o interesse na cultura vínica, nos prazeres do vinho e no seu papel na gastronomia que se espalhou pelo mundo. O vinho do Porto, com a sua diversidade de estilos e diferentes sabores, é o mais bem colocado para corresponder a este interesse. 
Os consumidores de todas as partes do mundo são cada vez mais conhecedores e curiosos e, portanto, mais propensos a serem atraídos pelos vinhos que, como o vinho do Porto, representam qualidade e tradição genuínas e que têm histórias fascinantes para contar. A singularidade do vinho do Porto permite que este se diferencie num mundo do vinho onde a oferta se torna cada vez mais ampla e complexa, mas onde escasseia muitas vezes a escolha e a diversidade genuínas. Para a maioria dos consumidores, a tendência é para usar o cliché comum, "beber menos mas beber melhor". Assim, as casas, como a Taylor’s, a Fonseca ou a Croft, que continuam a concentrar-se nos estilos mais requintados de vinho do Porto, favorecendo a qualidade em detrimento da quantidade, irão ajudar a escrever novos capítulos na longa e ilustre história do vinho do Porto.

Texto: http://www.taylor.pt
Fotos: Internet


domingo, setembro 06, 2015

Imigrações

Sem expressar a minha opinião, transcrevo hoje dois artigos muito interessantes sobre o mesmo assunto e com muita actualidade.

Estas são as palavras de uma senhora residente na Alemanha e que vive de perto esta polémica dos refugiados da guerra. Achei, pessoalmente, importante partilhar este relato (que alguns interpretam como racismo) e então traduzi, na íntegra, este artigo para que tenham a oportunidade de ler (e partilhar se acharem). Aqui vai:

“Amo ver como muitos implementaram em si mesmos a novela dos media acerca dos pobres refugiados e transformaram-nos em vítimas do racismo e da superioridade dos arianos dos estados civilizados.
Correm rios e rios de lágrimas, sem que ninguém se pergunte o porquê destas pessoas, fugindo da guerra, não se refugiaram em estados próximos das suas fronteiras, em estados com a mesma religião, valores e princípios.
Porque preferem morrer em botes de trânsito juntamente com as suas famílias, porque preferem dar 13.000 euros a um “guia” para os trazer à Alemanha, em vez de irem para um lugar bom e calmo. Exato.
Porque nos respectivos estados têm de trabalhar. Porque não recebem no mínimo 8 metros quadrados por pessoa. Ninguém nega que a sua situação é triste, ou que todos nós não iriamos fugir em caso de guerra. Mas ninguém se questiona de três problemas importantes:
1.O que lhes acontece nos próximos anos, dado que eles recusam a se integrar, a aprender a língua, a procurar trabalho. Suporta o estado 800.000 pessoas (caso da Alemanha) a partir dos impostos dos outros?
2. São violentos, consideram que a mulher é um objeto útil para a satisfação das suas necessidades e não conhecem o perdão. Como vais proteger os cidadãos, como estado?
3. Porque se direcionam exatamente para a Europa, diretamente para a Alemanha, Suíça, Itália. Será que não se transformarão de refugiados a asilados por critérios económicos?
Com todo o respeito, vocês não têm ideia do que falam. Alemanha está à porta de uma revolta desencadeada pelas forças extremistas e não é por acaso. Vivo numa pequena cidade de 22.000 habitantes, uma cidade acordada a receber 2.000 refugiados.
Desde que chegaram, só se tem visto lutas, violações de raparigas de 13, 14 e 15 anos e assaltos que bastem. Entram-vos dentro da garagem a meio do dia e procuram nas vossas coisas, correm atrás de raparigas menores pelas ruas gritando palavreados, tentam apalpar mulheres em locais públicos de todas as formas possíveis. E se os maridos intervirem, são pisados na rua ou nos estacionamentos.
95% deles são homens vestidos de Tom Tailor Denim. Andam em grupos de 7-10 pessoas e não olhares na sua direcção quando lhes passas ao lado, é uma mais valia, porque possivelmente levas. Tentei dar a uma mulher refugiada algumas roupas minhas, completamente novas, sem terem sido usadas, e puro e simplesmente fui blasfemada e corrida, devido ao gesto.
Muitas destas porcarias não chegam aos mass-media porque qualquer que se atrever a dizer algo é selado automaticamente como racista, e na Alemanha ninguém quer viver com este estigma.
Sim, encontram-se numa situação difícil e têm toda a minha compaixão pela sua sorte, mas se se recusam a comportar-se como seres humanos e a adotar as leis e as regras dos países que os adota, tem de se lhes recusar o acesso. Pode soar rude, mas depois de viveres no meio deles, passa-te.
Infelizmente, todos estes emigrantes vieram para viver numa comunidade, a qual não só a incomoda, porque isto até poderia ser fácil se fechar os olhos, mas também é injusto teres de começar de repete a viver com medo nas ruas da tua cidade, por causa da tua bondade e porque tentaste ajudar as pessoas.
Imaginem como se sentiram aquelas pessoas que viram as suas meninas de 14 anos a serem violadas e ninguém os pude ajudar em nada. Não se trata de serem sujos, de cheirarem a queijo estragado ou de forçarem as suas mulheres a usar a burkha. Estes são inofensivos. Estamos a falar daqueles que trazem a violência pura com eles, violência gratuita e injustificável.
Mesmo sob o pretexto de acordo de primeiro socorro, estas pessoas precisam de serem reeducadas antes de serem integradas em comunidades."

Artigo escrito por Iulia

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Ano de 2009
Discurso do Primeiro Ministro australiano, John Howard, à Comunidade Muçulmana.




Os imigrantes não australianos, devem adaptar-se. É pegar ou largar! Estou cansado de saber que esta Nação se inquieta ao ofendermos certos indivíduos ou a sua cultura. Desde os ataques terroristas em Bali, assistimos a uma subida de patriotismo na maioria dos australianos
A nossa cultura está desenvolvida desde há mais de dois séculos de lutas, de habilidade e de vitórias de milhões de homens e mulheres que procuraram a liberdade. A nossa língua oficial é o Inglês; não é o Espanhol, o Libanês, o Árabe, o Chinês, o Japonês, ou qualquer outra língua. Por conseguinte, se desejam fazer parte da nossa sociedade, aprendam a nossa língua!
A maior parte do australianos crê em Deus. Não se trata de uma obrigação cristã, de influência da direita ou pressão política, mas é um facto, porque homens e mulheres fundaram esta Nação sobre princípios cristãos e isso é ensinado oficialmente. É perfeitamente adequado afixá-lo sobre os muros das nossas escolas. Se Deus vos ofende, sugiro-vos então que encarem outra parte do mundo como o vosso país de acolhimento, porque Deus faz parte da nossa cultura.
Nós aceitaremos as vossas crenças sem fazer perguntas. Tudo o que vos pedimos é que aceitem as nossas e vivam em harmonia e em paz connosco.
Este é o nosso país, a nossa terra e o nosso estilo de vida. E oferecemos-lhes a oportunidade de aproveitar tudo isto. Mas se vocês têm muitas razões de queixa, se estão fartos da nossa bandeira, do nosso compromisso, das nossas crenças cristãs, ou do nosso estilo de vida, incentivo-os fortemente a tirarem partido de uma outra grande liberdade australiana: o direito de partir. Se não são felizes aqui, então partam.
Não vos forçámos a vir para aqui. Vocês pediram para vir para cá. Então, aceitem o país que vos aceitou".