sexta-feira, novembro 29, 2013

O Tijolo

Quem, na sua juventude, nunca marcou o seu nome com um canivete no tronco de uma árvore? Ou um coração com a flecha do Cupido e o seu nome e o do seu amor? Também nas paredes ou qualquer outro lugar? Acho que todos nós fizémos isso pensando ficar naquele lugar um registo para a posteridade, ignorando que com o correr do tempo tudo se apagaria. Mas, nem tudo o vento levou...
Há 53 anos era assim e eu assinalo esta data exacta porque foi precisamente nos meus 15 de idade, em 1960, que eu esculpi o meu nome num tijolo do muro de um jardim da cidade onde morava -- Évora (Portugal).
Pela sequência das fotos que ilustram a postagem temos o Jardim Diana com o templo romano do mesmo nome ao fundo. Depois uma escultura em mármore encimando o chafariz. Atrás desta está o muro extenso que limita o jardim. Um muro com os tijolos do parapeito sem reboco. E num desses tijolos lá está, ainda, o meu nome "Cláudio" resistindo às intempéries. Vê-se perfeitamente legível na imagem.
No passado Verão europeu voltei a Évora e lá passei 3 meses. Alguns dias parei por ali olhando lá de cima o estender da cidade e matando a sede no barzinho do jardim. Mil pensamentos, recordações e emoções vivi.
Um dos pensamentos foi num dos momentos em que olhava para aquele tijolo. Incriminava-me eu próprio por ver aquilo hoje como um desrespeito para com a coisa pública e a marcação nas árvores como um atentado contra a Natureza. Sei que nos dias de hoje se fazem coisas muito mais graves e de maiores proporções, desde as pixações ao quebra-quebra. Porém, apesar dos pesares, lá está mais uma marca na cidade-museu e só eu sei o quanto de história aquele tijolo transpira...


quinta-feira, novembro 28, 2013

Problemas no Blog

Ùltimamente tenho tido muitos problemas para editar as postagens neste blog e também no funcionamento dos slideshow, estes devido a alterações havidas na junção Google+ e Picasa.
Tenho-me debatido intensamente para tentar solucionar as anomalias. Recorri a fóruns em que usuários expõem as suas dúvidas e tentei soluções na base da curiosidade.
Não sendo um expert em informática, finalmente descobri a origem dos problemas. Actualizei os navegadores e alterei o HTML (que para mim é um autêntico hieroglifo...). Deu tudo certo.
Estou feliz por colocar o blog do jeito a que os visitantes estavam habituados e também por ter adquirido um pouco mais de conhecimentos técnicos.
Vamos em frente!

terça-feira, novembro 26, 2013

Alentejo Reconhecido

National Geographic recomenda Alentejo para 2014

O Alentejo é um dos 21 destinos mundiais considerados de visita obrigatória em 2014 pela revista de viagens da National Geographic, na publicação de Novembro.
Esta região é destacada entre os eleitos pelo “ritmo lento que é parte da atracção” e onde se aconselha “relaxar, praticar a paciência e não olhar para o relógio”. São características como estas que levaram a publicação americana a integrar o Alentejo na lista de ouro da Traveler que, anualmente, aconselha destinos que apenas “reflectem o que é autêntico, culturalmente rico, sustentável e superlativo no actual mundo das viagens.
Entre as atracções do Alentejo, o revista refere a Rota Vicentina, o Ecorkhotel (Évora), o Museu do Sabão (Belver), a Rota Tons de Mármore, o grande Lago Alqueva, a Reserva Dark Sky, a Tasca do Celso (Vila Nova de Milfontes), o Mundo Montado e a Imani Country House.

sexta-feira, novembro 15, 2013

Diferenças linguísticas

Depois de um longo período em que nada escrevi neste espaço, hoje quebro esse interregno. Acreditem que até me sinto meio sem jeito ao teclar e tenho a certeza que meio trémulo estaria se uma caneta usasse...
Abordarei hoje algo que presenciei e muito me consternou quando de recente viagem a bordo de um avião dos TAP na rota Campinas (Brasil) a Lisboa.
Prambulando pelas instalações do Aeroporto de Viracopos, aguardando a hora do embarque, sentia-me muito feliz e ansioso. Estava voltando à minha terra e iria estar junto da outra "metade" da família mais uma vez.
Embarquei finalmente. Aquele airbus imponente dava-me uma certa sensação de orgulho. Sim! Nós, portugueses, sentimos orgulho por ter-mos uma Companhia aérea de reconhecida alta classe tanto na qualidade da frota como na prestação de serviços. Mas... será isso mesmo?
Procurei a minha poltrona e a mesma se situava do lado esquerdo da aeronave, no corredor. Nos primeiros tempos de passageiro sempre escolhia o lado da janela pela curiosidade da vista lá em baixo. Actualmente prefiro o lugar do corredor por ter a facilidade de me levantar sempre que quiser e não incomodar ninguém. Dou, assim, uma aliviada nas pernas e evito o inchaço nos tornozelos. Coisa de ancião...
Era uma fila de duas poltronas e, assim, só uma pessoa do meu lado. A minha companheira de viagem era uma moça de aparentemente 30 anos de idade. Cumprimentei-a e ela me respondeu com um sorriso. Pedi licença e sentei-me.
Cumpridas todas as formalidades, pré e pós decolagem, começou o vai-vem do comissariado de bordo, pois logo se iniciava o serviço de restauração. Chegava a hora de eu saborear um bom vinho tinto alentejano, independentemente da qualidade da comida. A Companhia é mundialmente reconhecida pela oferta dos melhores vinhos do planeta...
Desta vez notei uma faixa etária média dos comissários e comissárias, com excepção da "purser" que aparentava ser sexagenária. No frigir dos ovos, concluí que todos tinham agregada experiência e deduzi, claro, que internacional, principalmente em se tratando de Brasil - Portugal com as respectivas particularidades.
Chegando o momento de serem servidas as bandejas, a mim e minha companheira de vôo, esta interpelou o comissário (sujeito de cabelo grisalho mas que não teria mais que 45 anos) usando o termo "moço". Assim como "seu moço", expressão corriqueira na linguagem brasileira. Pasmem! E eu pasmado fiquei com a rejeição impertinente por parte do comissário.
Não me contive e entrei no meio da confusão tentando pôr panos quentes, mesmo que a minha companheira não tivesse entendido o que se passava. Tentei explicar ao comissário que o termo "moço", naquele contexto, não tinha o mesmo significado que normalmente tem em Portugal e sim que se tratava de tratamento respeitoso de uma pessoa mais nova para com uma mais velha no Brasil. Mas fui ignorado e o serviço continuou. Continuou normalmente até que a moça voltou a interpelar o comissário, mas desta vez tratando-o por "tu". Aí o Mundo caíu!... Ele esbravejou usando as palavras: "olhe lá! por acaso andámos à escola juntos?". Mais uma vez me pareceu que ela não entendeu nada e o "ofendido" seguiu para as outras poltronas...
Ocorre-me perguntar se o pessoal de bordo não recebe instruções sobre a existência de algumas diferenças no linguajar dos dois países, ou se até mesmo não adquiriu esses conhecimentos no contacto permanente com a diversidade dos passageiros!?
Acho que todos deveríam saber, ou de tal ter conhecimento, que o pronome "tu" se usa muito na linguagem do sul do Brasil e em alguns lugares do norte como, por exemplo, o Pará, mas com conotação diferente do usado em Portugal. Aqui os termos "moço" e "tu" são específicos e sujeitos a regras.
No Brasil os meus filhos e netos me tratam por "tu"; em Portugal por "senhor" em substituição ao meu contemporâneo "vossemecê". Uns e outros eu entendo perfeitamente e, claro, não poderei exigir singularidade.
Sugiro que a Administração dos Transportes Aéreos Portugueses (TAP Air Portugal) se debruce sobre a questão.

segunda-feira, novembro 11, 2013

Arquitectura Colonial Portuguesa

Convite para visitar importante exposição de maquetas da arquitectura portuguesa em Timor. Obra do Arquitecto João Tolentino

Terça feira, dia 12 de Novembro de 2013 (17:30)

Local:
Espaço Por Timor
Rua de São Bento, 182 -- Lisboa