quarta-feira, setembro 30, 2009

Actualidade

Em 1896 Guerra Junqueiro, escritor português, escreveu:

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política,torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem idéias, sem planos, sem convicções,incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."

segunda-feira, setembro 28, 2009

Lixo

Chegou até mim com um caroço de abacate para me mostrar. Estava aberto, já inha raízes e no seu ventre esguiçava-se o embrião ávido por vida. Disse-me ser uma pena ter que o jogar no lixo.

Um caroço qualquer, das várias frutas que saboreio, sempre vai para o lixo ou é atirado no chão se esse também fôr um chão qualquer.

Às vezes, alguns dos muitos dos frutos que caem da pitangueira, da aceroleira ou da mangueira que tenho no quintal, acabam por germinar uma nova planta. Então, mesmo não tendo mais espaço para as dispôr, nunca as deixo morrer. Sempre as coloco numa lata ou vaso e, mais tarde, transplanto-as num dos muitos terrenos que há por aí; na beira do rio ou onde eu deduzo que será uma pracinha no futuro.

Desta vez não fiz questão que o futuro abacateiro fôsse para o lixo. Afinal, a vida está perdendo a razão de ser.

Também me sinto no lixo...


sábado, setembro 26, 2009

Amigo Erbúnio:

Hoje partiste para um Mundo melhor e eu não consegui estar presente para te dar adeus. Sabes que tentei. Mas isso também não era tão importante assim, pois imaginei-me junto aos demais nos momentos da despedida. Fôste para junto daqueles nossos colegas que já antes partiram e, "vós que aí estais, por nós outros esperais". Reuniremo-nos todos um dia mais tarde, pois neste Mundo nada é finito e tudo é administrado pela Administradora maior que é a Natureza.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Rua da Atalaia

Sei que atalaia é uma palavra oriunda do árabe (at-talai’a) e garanto que não fui ver isso no dicionário agora, pois há muito tempo gravei na memória tudo o que com ela se relaciona, por motivos vários e óbvios.

O primeio contacto que tive com essa palavra poderá até ter sido durante as aulas de história ou quando devorava livros nos meus estudos de formação escolar com essa disciplina relacionados. Afinal, atalaia é uma torre ou lugar de vigia e são pródigas nos castelos portugueses, que antes fôram dos mouros na sua maioria e figurava nos livros do mesmo modo que barbacã e outras.

O segundo contacto com a palavra já foi com ela grifada em letra maiúscula, como nome próprio, e foi aqui que ela passou a ser mais importante para mim. Era e é o nome de rua de um dos mais tradicionais bairros de Lisboa --- o Bairro Alto.

Houve uma época em que conhecia mais de uma centena de nomes de ruas de Lisboa. Poderia até garantir serem duas ou três. Situava-me muito fàcilmente na sua localização geográfica. Fui para lá viver e trabalhar no meu primeiro emprego formal aos 15 anos e totalmente independente. Não fugi de casa; foi um dos caminhos da vida.

Palmilhava a cidade de lés a lés e intercalava nas minhas andanças a pendura nos elétricos (bondes) num jogo de gato e rato com o revisor, evitando uma pontoada, chegando mesmo a ser perito na abordagem e no pular fóra, na alta velocidade que o motorneiro imprimia propositadamente para me sacanear. Era coisa de gaiato naqueles tempos, mas era também para mim uma necessidade… Inevitàvelmente gravava os nomes das ruas e o número das linhas dos elétricos e autocarros e seus trajectos.

Entre os muitos nomes das ruas assimilados, o de Rua da Atalaia ficou gravado qual baixo relevo com sulcos profundos, mas sem ser aurifugiado, se bem que por causa de um local mais conhecido pelo número e não pelo nome. Qualquer frequentador habitual de casas de putas sabia onde era o 124 em Lisboa, bem como o 85 ou o 12, mesmo que em bairros diferentes.

O 124 da Rua da Atalaia era o meu local preferido. Subia aquela escadaria íngreme e ía sentar-me num dos bancos corrediços da sala a exemplo dos demais clientes. Só que fui lá muitas vezes merencório, não como cliente e sim para me abrigar do frio dos dias avesseiros e noites gélidas de Lisboa.

Misturava-se a isso a curiosidade sobre o desenrolar dos negócios, a admiração de algumas belas mulheres e, sem dúvida, a vontade e ansiedade que se atarracavam na minha timidez. Era um potencial cliente, mas sempre adiava, sine die, o grande momento da perda dos três vinténs (cabaço).

Finalmente, chegou o “Dia D”. Acho que melhor seria nomeá-lo como o “Dia E”, uma vez que não se tratou de um desembarque e sim um embarque… Sei que até gravei a data numa daquelas agendas de bolso, que sempre carregava comigo, a exemplo do nome de filmes ou outros eventos a que assistia. Ainda a guardo alhures.

Nesse dia subi as escadas e, como sempre, sentei-me num daqueles bancos. Acho que estava diferente e a minha expressão deve ter-me denunciado. Ouvi duas ou três vezes a voz da patrôa gritando, como sempre, “senhores, vamos para os quartos!”. Era coisa do negócio.

Enquanto isso, lá estava eu quieto no meu cantinho. Foi então que a patrôa se aproximou de mim e, numa atitude objurgatória, disse: “ou vai para o quarto, ou vai fazer sala noutro lugar!”. Aquilo pegou-me de surpresa e deixou-me meio atordoado. Decidi que tinha que ser daquela vez. Pisquei o olho para a melhor das piores que restaram sem parceiro e lá fômos nós.

A mulher, bem mais velha que eu, não era nada escultural e não se encaixava nas minhas preferências. Mas tinha que ser e foi… E foi, também, uma grande decepção para mim. De certo que ela percebeu que era a minha primeira vez e radicalizou no seu profissionalismo ao invés de contornar a situação e agir com o saber que essas situações exigem. Durou alguns segundos apenas o meu ponto de gôzo, mas continuei de pau duro pronto para uma segunda ou, quiçá, uma terceira, o que era normal naqueles tenros anos dourados…

Eu queria mais uma vez e sugeri-lhe isso. Ouvi dela que, mais uma vez, custaria mais cinquentinha. Mas, como aquela notinha era a única que eu tinha no bolso e custou-me muito para ganhá-la, a farra parou ali e fiquei com uma lembrança muito ruim para o resto da vida, independentemente de muitos momentos bons que vivi.

Ainda hoje, quando vou a Lisboa, sempre passo na Rua da Atalaia, mas na outra ponta que termina na Calçada do Combro. Jamais passei no 124 e até porque essas zonas de prostituição legalizada fôram extintas há muitos anos e eu há outros tantos deixei de procurar profissionais do ramo. Naquela rua eu costumava ir, mais recentemente, noutros dois números que nunca gravei,  onde ficava a oficina do sr. Eugénio, pai de um amigo meu, e um restaurante dos meus preferidos.

Da última vez, há oito anos atrás, soube que o sr. Eugénio já tinha falecido. Mas ainda tinha um ponto da Rua da Atalaia a ser revisitado --- o restaurante. É uma casa pequena com uma minúscula sala térrea e um mezanino adicional. Mas a comida é muito boa, principalmente os pratos à base de pescado.

Mesmo que o restaurante venha a desaparecer um dia, nunca deixarei de passar por ali para matar saudades de momentos que marcaram muito. Ali era uma espécie de meu território. Na baixada da Calçada do Combro tinha a Escola Dona Maria II onde cheguei a frequentar o curso nocturno. Por ali eu sempre estava de atalaia.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Aviões de caça

Perpignan. Conheço muito bem esta cidade francesa. Situa-se no sudeste do país, próxima ao Mediterâneo e aos Pirinéus. Estive lá durante alguns dias numa tentativa de trabalhar nas vindimas da região, um daqueles bicos que procurava em tempo de vacas magras e noutros tempos.


Não tendo obtido êxito quando daquela tentativa, também não desanimei e, do útil, passei para o agradável. Existindo um bom parque de campismo, ali encostei a minha Trafic da Renault e montei a minha base de permanência. Diàriamente fazia as minhas incursões turísticas na região.

Já deu para notar que, tanto em relação à minha viatura como à região, tenho uma preferência especial pelas coisas francesas. Porém, com relação às mulheres e isso eu afirmo por experiências vividas, muitas até mesmo e sem querer dar uma de gostosão, a minha preferência eram as suecas.

Mas, o que as suecas têm a ver com a França? --- poderão perguntar. Poderão até perguntar porque não as espanholas, italianas, enfim.

É que sempre considerei as suecas uns verdadeiros aviões, independentemente de uma certa frigidez, pois tanto as mulheres suecas que considero verdadeiros aviões, como os própriamente ditos aviões suecos, são muito eficientes nos seus vôos depois que se esquentam as turbinas.

Hoje caíram dois aviões de caça franceses Rafale no mar e perto de Perpignan. O Brasil está estudando uma opção de compra desse tipo de aviões e entre as três estão os franceses e os suecos, além dos americanos.

Escrevi o termo "estudando" em itálico exactamente porque não me considero um tonto e os meus leitores entenderam muito bem... Agora, não jogaram farofa no ventilador dos que refrescam a opção francesa, mas sim pimenta. Vai arder! Quem sabe se um gelinho sueco não vai cair bem?...

Fósforos

Infelizmente, quase sempre que escrevo é para meter o cacete. Só tem coisa errada neste mundo.
Aqueles que usam fósforos já notaram que precisamos riscar pelo menos três para conseguir acender um deles? Estou me referindo aos "Fiat Lux" que são os mais distribuídos no mercado e, por conseguinte, o que nos entregam no acto da compra.
Riscamo-los na caixa e aquela chama logo mingúa até ao ponto de não reavivar mais; no segundo tomamos mais precauções, mas é quase sempre no terceiro, com cuidados extremos, que temos êxito. Assim, pagamos o preço de 40 unidades e aproveitamos 15 no máximo...

Linguagem Jurídica


LINGUAGEM JURIDICA TRADUZIDA PROS “MANO”
FAÇA DIREITO EM 1 MINUTO.
PROS MANU DEVOGADU
Para explicar a linguagem juridica na língua dos mano…

Você lê uma sentença no Diário da Justiça e fica completamente perdido?
Acha a linguagem forense de outro planeta?

ENTAO, MANO, SEUS PROBLEMAS ACABARAM:
VAI AI UMA TRADUCAO DE IMPORTANTES DIALETOS JURIDICOS PARA A LINGUA DOS MANOS…


01-Princípio da iniciativa das partes - ‘faz a sua que eu faço a minha’.
02 -Princípio da fungibilidade - ’só tem tu, vai tu mesmo’ (parte da
          doutrina e da jurisprudência entende como sendo ‘quem não tem cão caça com gato’).
03 - Sucumbência - ‘a casa caiu !!!’, ‘o tambor girou pro seu lado’
04 - Legítima defesa - ‘tomou, levou’.
05 - Legítima defesa de terceiro - ‘deu no mano, leva na oreia’.
06 - Legítima defesa putativa - ‘foi mal’.
07 - Oposição - ’sai batido que o barato é meu’.
08 - Nomeação à autoria - ‘vou cagoetar todo mundo’.
09 - Chamamento ao processo - ‘o maluco ali também deve’.
10 - Assistência - ‘então brother, é nóis’.
11 - Direito de apelar em liberdade - ‘fui!’ (parte da doutrina entende como ’só se for agora’).
12 - Princípio do contraditório - ‘agora é eu’.
13 - Revelia, preclusão, perempção, prescrição e decadência - ‘camarão que dorme a onda leva’.
14 - Honorários advocatícios - ‘cada um com seus problemas’.
15 - Co-autoria, e litisconsórcio passivo - ‘passarinho que acompanha morcego dá de cara com muro’.
16 -Reconvenção - ‘tá louco, mermão. A culpa é sua’.
17 - Comoriência - ‘um pipoco pra dois’ ou ‘dois coelhos com uma paulada só’.
18 - Preparo - ‘então…, deixa uma merrequinha aí’.
19 - Deserção -’deixa quieto’.
20 - Recurso adesivo - ‘vou no vácuo’.
21 - Sigilo profissional - ‘na miúda, só entre a gente’.
22 - Estelionato - ‘malandro é malandro, e mané é mané’.
23 - Falso testemunho - ‘X nove…’.
24 - Reincidência - ‘porra mermão, de novo?’.
25 - Investigação de paternidade - ‘toma que o filho é teu’.
26 - Execução de alimentos - ‘quem não chora não mama’.
27 - Res nullius - ‘achado não é roubado’.
28 - De cujus - ‘presunto’.
29 - Despejo coercitivo - ’sai batido’.
30 - Usucapião - ‘tá dominado, tá tudo dominado’.


PRONTO, AGORA VC NÃO PRECISA DE 5 ANOS DE FACULDADE!!!!!!!!!

quarta-feira, setembro 23, 2009

Manuela e Judite

O título, numa primeira impressão, até parece relacionar-se com um livrinho de contos infantis. Mas não é!
Manuela Moura Guedes e Judite de Sousa são os nomes completos (?) dos personagens a que me refiro. Vale frisar que uso “personagens” como substantivo comum de dois, porque assim aprendera um dia e não vou na lenga lenga das novas ortografias…
Volto ao assunto dessas duas jornalistas portuguesas muito conhecidas e ùltimamente muito na berlinda, mas só para izer que não gosto e jamais gostei delas.
São, como se diz aqui no Brasil, duas inchações de saco, duas cricas, mesmo que com estilos diferentes. Não sei porque razão os telespectadores portugueses as aguentam há tantos anos!?
Uma, há anos atrás, numa idade mais formosa, ainda nos cativava pelos seus lábios carnudos e disso eu gosto; mas só. A outra é uma chata, independentemente da sua inquestionável  cultura, pois tem o péssimo hábito de cortar a fala de seus interlocutores e isso eu detesto.

Sapatos

“Meu sapato já furou/Minha roupa já rasgou/E não tenho onde morar…”
Lembrei-me, agora, dessa modinha da MPB e também da filipina Imelda Marcos. E o que tem uma coisa a ver com a outra ou o que o quê tem a ver com quem, etc. e tal? --- Tudo a ver!
Há poucos momentos postei um comentário no blog de uma grande amiga, em matéria que abordava a vida depois dos sessenta. E porque eu já passei essa linha do tempo e, também, se antes já era um tanto ou quanto desleixado, passei a ser muito mais e conscientemente.
Normalmente, ando sempre de bermudas, sandálias ou até mesmo descalço, dependendo de como me sinta melhor e pouco ligando para a torcida. É o meu jeito de ser…
A última vez que tinha calçado um par de sapatos, se bem me lembro, foi há oito anos atrás, quando duma viagem a Portugal. De há uns dias para cá comecei a usar um par novo tipo mocassino e sem meias, usufruindo ainda assim daquela liberdade e informalidade.
Fui forçado a quebrar a rotina porque comecei a ter aquele problema de calcanhar rachado, não só por culpa das sandálias, mas também por causa da idade que começa a oferecer-nos essas e outras novidades…
Logo a seguir ao comentário acima referido, também escrevi no Twitter algo sobre os meus sapatos. É que hoje de manhã, enquanto trabalhava (trabalho ao ar livre), um pequeno tornado, com chuva forte, apanhou-me de surpresa e eu virei um verdadeiro pinto calçudo.
Coloquei os meus sapatos para secar, mas não vai dar tempo. Os outros dois ou três pares que tenho guardados, não me servem mais e o mesmo teria acontecido se milhares de pares tivesse como Imelda tinha.
Amanhã calçarei as minhas franciscanas nòvamente. Parece, mas não é uma miséria franciscana…

segunda-feira, setembro 21, 2009

Bingos

Na semana passada o Congresso tratou do tema "Legalização dos Bingos", aprovando o Projeto numa primeira votação. Vai agora a Plenário e, depois, para o Senado. Acredito que seja aprovado em todas as esferas e até mesmo não ser vetado pelo Presidente da República, pois este atualmente contradiz tudo o que anteriormente disse a respeito deste e outros assuntos...


Sou bingueiro e gosto de outros jogos a que normalmente se chamam "jogos de azar". Porém, não sou e nunca fui um viciado. Faço esta confissão para embasar o meu ponto de vista, a minha opinião mas, ao mesmo tempo dizer que o que escrevo não é tendencioso, uma vez que me possam vir a considerar suspeito.


Depois da notícia, nos jornais que leio todos os dias só aparecem críticas negativas, tanto nos editoriais como nas colunas dos leitores. Estranhei muito não aparecer uma opinião favorável ou debate de ideias a respeito. Até parece que tudo é forjado... Por isso mesmo, a minha postagem de hoje relaciona-se ao tema e enviarei resumo à redação do jornal que assino, na esperança que a mesma seja publicada.


Muito se propala por aí sobre o jogo ser um vício pior que o fumo ou o álcool. Uma tremenda besteira! Principalmente o fumo, é um vício muito difícil e às vezes impossível de largar; se o indivíduo é fumante hoje, amanhã é também. No jogo eu posso ir hoje e não ir amanhã. Posso até ficar em abstinência por tempo indeterminado se não houver um desses locais onde eu estiver no momento. Quanto ao fumo, se não tiver cigarro de tabaco, faço um com palha e barba de milho...


Dizem os arautos das críticas que esses locais de jogo serão, automàticamente, antro de marginalidade, prostituição e lavagem de dinheiro. Porra meu! O que estarão dizendo quando eu e minha mulher vamos jogar um binguinho como ontem aconteceu!? --- Friso ontem, pois existem centenas dessas casas funcionando a portas fechadas e ninguém tem conhecimento disso. Não tem mesmo?!... Ah! e também tem muitas com as portas abertas, mesmo ilegalmente (...); basta passar por Osasco, por exemplo.



Marginalidade e lavagem de dinheiro? Então para que serve a polícia e a fiscalização da Receita? Até concordo que eles não mexam com as altas esferas e outros antros, mas isso é outro assunto...


Muitos milhares de empregos serão ciados com a reabertura dessas casas e nós, utentes, muitos mais milhares que aqueles, teremos um lugar certo onde possamos ir passar umas horas de lazer, conversar e fazer novos amigos, tomar uma cervejinha e comer um lanche. Ganhar ou perder não faz diferença, pois gastamos aquilo que podemos gastar e sobre isso não há satisfações a dar a quem quer que seja. Aqueles que lá vão gastar o que não têm, os verdadeiros doentes, gastam com jogo do bicho, loterias oficiais e até inventam outros jogos. Esses fazem qualquer coisa em qualquer situação.


Existe muita gente que não tem nada onde passar o tempo de ócio. Principalmente os da chamada terceira idade, que são a grande maioria dos frequentadores das salas e bingo. Ficar em casa assistindo tv é um verdadeiro suplício e não só para eles. Dando aqui um alô aos políticos e governantes, essa legalização deixa uma grande percentagem de cidadãos alheios às maracutaias e, assim, poderão fazer as manobras que quiserem.


Reabram-se os Bingos e, depois, legalize-se o jogo em geral com a abertura de Casinos em pontos estratégicos deste país. Fomentar-se-á o grande turismo, entrarão muitas divisas e o povão será mais feliz Teremos, até, onde gastar as receitas do pré-sal e galgaremos um degrau na esclala de classificação mundista.

quinta-feira, setembro 17, 2009

Socialização


Ando atravessando uma fase muito agitada e, por isso, a minha língua (ou os dedos, neste caso em que escrevo) solta-se bem afiada, usando o termo do meu amigo Schmitd. Assim, quero dizer que estou de saco cheio com o monte de discussões que se entabulam por aí, no que concerne às tais cotas para ingresso na Universidade.


Não concordo e jamais concordei com essa política das cotas, pois acho, como muitos, que isso é pura aceitação das diferenças que, simplesmente, deveríamos apagar. Se hoje se reservam cotas para negros, amanhã pode inverter-se o plano e passam-se a reservar para brancos...

A verdade é que todos somos iguais e nem essa afirmação deveria constituir um artigo da Constituição, pois só serve, como outros, para a transformar num calhamaço. E, se todos somos iguais como figuras, reconhecendo as diferenças interiores, principalmente no intelecto --- e isso assenta em qualquer cor ou traços de cada um ---, deixemos que tudo flua naturalmente e sem artifícios.

Reconheço que alguns mais priviligiados tenham acesso a melhores estudos, pois podem pagar para frequentar instituições particulares. E é aí que está o âmago da questão. A educação e a saúde, em qualquer lugar do Mundo, teríam que ser estatizadas e o resto é balela.

Sendo a educação e a saúde bancadas pelo Estado, com todos igualmente usufruindo os serviços, não há privilégios para ninguém e, como dizia o outro, quem tiver unhas é que tocará viola, seja de que côr fôr... Até mesmo aqueles que elaboram as leis e governam teríam que se preocupar com a manutenção impecável das instituições, pois eles próprios e seus familiares seríam utentes sem escolha.


Em qualquer das doutrinas existem coisas boas e ruins. Em vez da eterna guerra e repúdio entre elas, que se peneirem as virtudes de cada uma para serem utilizadas no bem comum.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Os brutos também amam

Cordeirinhos

Afinal, parece que nós somos mesmo uns cordeirinhos pastando nos pastos que aquele que nos apascenta escolhe; a nossa lã não se arrepia e os cornos não se reviram, pois serenamente vamos para lá e para cá ao som dos assobios do pastor e do latir dos cachorros, estes também mandados.


Não! Não estava fazendo uma introdução a algo passado na planície alentejana. Configurei o texto para abordar e, de certo modo comentar, as últimas notícias relacionadas com o meio ambiente e mais exactamente no que se refere à poluição dos veículos auto motores com os respectivos combustíveis.


Dados divulgados ontem pelo Ministério do Meio Ambiente mostram que o álcool combustível pode poluir tanto quanto a gasolina. E que os motores com menor potência chegam a poluir mais do que os equipamentos com maior capacidade.

 Puta que pariu! Exclamo eu agora. Durante todos estes anos fomos levados a pensar que o álcool era uma das mais puras energias alternativas. Assistimos a desmatamentos violentíssimos e à substimação de outras culturas, bem mais necessárias às exigências humanas, em prol do avanço interminável das plantações da cana-de-açúcar. Alardeamos o Mundo sobre a nossa capacidade e potencialidade no que diz respeito a essa energia limpa.


No ranking de 258 provas sobre poluição e emissão de gases a que as empresas submeteram os veículos, as melhores notas foram dadas a carros que usavam gasolina no momento dos testes. Também ficou provado que os motores mais potentes poluem menos; os de menor cilindrada poluem mais por necessitarem de mais força --- consequentemente maior consumo de combustível --- para fazerem o carro se movimentar.

Espera aí! Então, que engenheiros são esses que criaram os motores a álcool e que jamais, durante todos estes anos, observaram que as vantagens eram zero!? Que, afinal, não era uma alternativa viável!? E o pior: que o álcool, por queimar mais rápidamente, libera mais gases que a gasolina!


Há tempos atrás, optou-se pela criação de grandes rodovias e implementação da indústria automobilística em detrimento das ferrovias, que fôram sucateadas; quando da primeira crise do petróleo, enveredámos pelo álcool, com recúos e retomadas; agora, com as descobertas do pré-sal, desmascara-se tudo o que concorria.

O bom cabrito não berra, mas vai ter que começar a berrar...

Liberdade de expressão

Quando criei este blog, fi-lo de modo a que o mesmo fosse totalmente democrático. E continúa sendo democrático. Não obstante, muitas vezes somos obrigados a dançar conforme a música, mesmo que esta não se encaixe nas nossas preferências ou que a sua melodia e batida não se prestem à dança...


O Senado Federal do Brasil acabou de analisar um Projecto de Lei, oriundo da Câmera dos Deputados, que encerrava uma verdadeira e implacável censura à internet, visando as eleições do próximo ano e, quiçá, das seguintes. Colocou uma série de emendas, eliminou alguns artigos e para as vestes censoras, optou -se por tecido mais transparente. Claro que tudo voltará à Câmara para últimos alinhavos e posterior envio ao Presidente da República.


Independentemente do que possa vir a acontecer, algo é certo e líquido e que diz respeito aos blogues e portais sociais: o direito de resposta e até mesmo a possibilidade de ação judicial por parte de que se sinta atingido. Assim, pessoalmente terei que medir as minhas palavras e, a liberação de comentários anónimos deixará de existir aqui na minha página, alteração que já configurei.


Reconheço que em quase nada essa medida que ora estou tomando vá alterar a normalidade pois que, apesar de ser do gosto de todo o blogueiro receber comentários nas suas postagens, aqui isso pouco acontece; dois ou três amigos comentam e reconheço que mais pela amizade pessoal.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Astral x Austral

Duas das minhas veias, a crítica e a inspiradora, estão um tanto ou quanto obstruídas e, por isso, as postagens no blog escasseiam; falta de assunto de cunho próprio... Na falta de assunto, parto para o campo da informação e tento desanuviar a dúvida que a alguns se propõe quanto ao usar o termo "astral" ou "austral" para definir um estado de espírito.
"Austral" --- é o lado do Austro, do sul, meridional.
"Astral" --- é referente a astro; sideral; brilhante. No caso específico, recorramos ao cerne e segundo os espiritistas: parte fluída dos seres humanos (o corpo astral) que esabelece a relação entre o corpo físico e o espírito, e que é susceptível de se materializar.
Então, o termo correcto, nessas situações, é mesmo "astral".
Hoje é Sexta e o meu astral está alto. Altíssimo...

Professores para Timor

Professores interessados em leccionar,no próximo ano lectivo, na Escola
Portuguesa de Díli, em Timor Leste.
São precisos: 3 educadoras 2 Português/Inglês 1 Físico-Química 1 Biologia 1 Filosofia <http://prifessores.blogspot.com/2009/09/professores-para-timor-leste.html>

terça-feira, setembro 08, 2009

Batman

Da esquerda para a direita, o falso e o verdadeiro Batman

A Abóbora


Alguns anos atrás, um meu ex-professor me mostrou uma análise de sangue; o que eu vi me deixou impressionado. Os cinco principais parâmetros do sangue, ou seja: uréia, colesterol, glicemia, lipídeos e triglicerídeos apresentavam valores que, em muito excediam os níveis permitidos.
Comentei que a pessoa com aqueles índices já deveria estar morta ou, se estava viva, isto seria apenas por teimosia. O professor, então, mostrou o nome do paciente que, até então, tinha sido ocultado pela sua mão. O paciente era ele mesmo!


Fiquei estupefato! E comentei: "Mas como? E o que você fez?". Com um sorriso, ele me apresentou a folha de uma outra análise, dizendo: "Agora, olhe esta, compare os valores dos parâmetros e veja as datas".


Foi o que eu fiz. Os valores dos parâmetros estavam nitidamente dentro das faixas recomendadas, o sangue estava perfeito, impecável, mas a surpresa aumentou, quando olhei as datas; a diferença era de apenas um mês (entre as duas análises da mesma pessoa)!


Perguntei: "Como conseguiu isso? Isso é, literalmente, um milagre!" Calmamente, ele respondeu que o milagre se deveu a seu médico, que lhe sugeriu um tratamento obtido de outro médico amigo. Este tratamento foi utilizado por mim mesmo, várias vezes, com impressionantes resultados. Aproximadamente, uma vez por ano, faço análise de meu sangue e, se algum dos parâmetros estiver apresentando tendência ao desarranjo, volto imediatamente a repetir esse processo. Sugiro que você o experimente.


Aqui está o SEGREDO: Semanalmente, por 4 semanas, compre, na feira ou em supermercado, pedaços de abóbora. Não deve ser a abóbora moranga e sim a abóbora grande, que costuma ser usada para fazer doce. Diariamente, tire 100 gramas da casca da abóbora, coloque os pedaços no liquidificador, junto com água (SÓ ÁGUA!), e bata bem, fazendo uma vitamina de abóbora com água. Tome essa vitamina em jejum, quinze a vinte minutos antes do desjejum (café da manhã). Faça isso durante um mês, toda vez que o seu sangue precisar ser corrigido. Poderá controlar o resultado, fazendo uma análise antes e outra depois do tratamento com a abóbora. De acordo com o médico, não há qualquer contra-indicaçã o, por tratar-se apenas de um vegetal natural e água (não se usa açucar!).


O professor, excelente engenheiro químico, estudou a abóbora para saber qual ou quais ingredientes ativos ela contém e concluiu, pelo menos parcialmente, que nela está presente um solvente do colesterol de baixo peso molecular, o colesterol mais nocivo e perigoso.


Durante a primeira semana, a urina apresenta grande quantidade de colesterol LDL (de baixo peso molecular), o que se traduz em limpeza das artérias, inclusive as cerebrais, incrementando, assim, a memória da pessoa.


Há apenas um inconveniente: o sabor da abóbora crua não é muito agradável! Nada mais. Se for o seu caso, experimente e constatará o resultado.


Porém, há um detalhe importante: nem a abóbora, nem a água poderão ir para a geladeira, porque a refrigeração destrói os ingredientes ativos da vitamina. Esta é a razão de ter que comprar, semanalmente, a abóbora, pois, fora da geladeira, ela se estraga rapidamente.


Referência:
Salvatore de Salvo e Mara Teresa de Salvo, Novos Segredos da Boa Saúde, Editado pela Biblioteca 24x7 [ www.biblioteca24x7. com.br ], São Paulo-SP, novembro 2008.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Eu te amo!

Aqui no meu espaço, uma singela homenagem ao País maravilhoso que me estendeu os braços para me acolher.
O nosso amor e respeito sempre fôram e são correspondidos.
Tenho duas Pátrias e tanto uma quanto a outra aceitam essa condição.
Avante, Brasil do meu coração! Eu te amo!
HINO
DA
INDEPENDÊNCIA
Letra de: Evaristo da Veiga
Música de: D. Pedro I.
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

sábado, setembro 05, 2009

Vinho alentejano

Segundo informação da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), prevê-se um aumento de produção de vinho (12%) em relação ao ano passado. Espera-se uma produção no Alentejo de cerca de 88 milhões de litros de vinho neste ano de 2009.
A colheita será de excelente qualidade devido às óptimas condições climatéricas no período de maturação, nomeadamente as temperaturas favoráveis, as noites frescas e as madrugadas e manhãs húmidas. Se os meus planos não gorarem, estarei lá em Dezembro para comprovar. Irei depois do dia de S. Martinho, mas vou a tempo...

sexta-feira, setembro 04, 2009

Expoflora

Um antúrio preto, uma violeta com formato de estrela e uma orquídea com aroma de chocolate. Todos os exemplares podem ser vistos em Holambra, a 133 km de São Paulo, perto de Campinas, na Expoflora, maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina.
É uma exposição interessantíssima e que movimenta alguns milhões de dólares em negócios.
Na contra-mão de outros países produtores de flores, os negócios aqui vão de vento em pôpa, alheios a crises. Faço aqui a minha propaganda por se tratar de evento da região onde vivo, mas adianto de não irei lá este ano em protesto aos valores absurdos cobrados para ingresso e estacionamento.