O cacaueiro, da família das esterculiáceas, é nativo
das regiões tropicais da América Central e do Sul, provavelmente das bacias dos
rios Amazonas e Orenoco, de onde se espalhou por toda região e onde ainda se
encontram algumas espécies em estado nativo. Quando os primeiros colonizadores
espanhóis chegaram à América, o cacau já era cultivado pelos índios,
principalmente os Astecas, no México, e os Maias, na América Central. De acordo com os historiadores, o cacaueiro, chamado cacahualt, era considerado
sagrado. No México os Astecas acreditavam ser ele de
origem divina e que o próprio profeta Quatzalcault ensinara ao povo como
cultivá-lo tanto para o alimento como para embelezar os jardins da cidade de
Talzitapec. Seu cultivo era acompanhado
de solenes cerimônias religiosas. Esse significado religioso provavelmente
influenciou o botânico sueco Carolus Linneu
(1707 – 1778), que denominou a planta de Theobroma cacao, chamando-a assim de “manjar dos deuses”.
Os índios consideravam as sementes de cacau tão
valiosas que as usavam como moeda.
Antes do descobrimento do Brasil ele era encontrado
em estado selvagem no Amazonas e Pará.
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Em 1746 as primeiras sementes chegaram à Bahia, sendo
o primeiro cacaueiro plantado na Fazenda Cubículo. O introdutor do cacau na
Capitania foi o português António Dias Ribeiro, com sementes trazidas do Pará
pelo francês Louis Frederic Warneau.
Hoje encontramos o cacauzeiro no Caribe, na África,
no Sudeste da Ásia e até nas ilhas do Pacífico Sul, Samoa e Nova Guiné. Devem
ter sido os portugueses que o levaram para esses lugares...
A produção de cacau é uma opção como atividade que
concilia a necessidade de produzir com a proteção ao meio ambiente. O cacau tem
que ser plantado consorciado com variedades florestais diversas para garantir o
seu sombreamento, e por isso pode ser considerado como reflorestamento de áreas
já alteradas. Isso torna a lavoura do cacau uma atividade sustentável do ponto
de vista econômico, social e ambiental.
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Os preços
internacionais baixaram e a tecnologia de plantio continua antiga, dificultando
a produção e competitividade. Mas aos poucos as plantações vão sendo recuperadas.
Existem três principais variedades de cacaueiro. A
mais comum é o forastero, responsável por cerca de 90% da produção mundial de
grãos de cacau. Os grãos do tipo crioulo são mais raros e por causa do seu
aroma e gosto são procurados pelos melhores chocolateiros. Há também o cacau
trinitário, um cruzamento entre o crioulo e o forastero.
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A seguir, vem a refinação e a conchagem, que dura por horas ou dias, durante a
qual a massa é agitada até expulsar a acidez ainda existente, ganhando, então,
textura e tendo seu sabor realçado, adquirindo aspecto brilhante e apetitoso.
As etapas finais são a moldagem, o esfriamento e o empacotamento do chocolate.
O cacaueiro
sempre foi cultivado para dele aproveitar-se apenas as sementes de seus frutos,
que são a matéria-prima da indústria chocolateira. As sementes secas
representam no máximo 10% do peso do fruto do cacaueiro. Apenas recentemente é
que os 90% restantes começaram a despertar o interesse dos produtores.
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O suco de
cacau possui sabor bem característico, considerado exótico e muito agradável ao
paladar, assemelhando-se ao suco de outras frutas tropicais, como o bacuri,
cupuaçu, graviola, acerola e taperebá. É fibroso e rico em açúcares (glicose,
frutose e sacarose) e também em pectina. Em termos de proteína e de algumas
vitaminas, é equivalente aos sucos de acerola, goiaba e umbu. Algumas das
substâncias que compõem o suco de cacau lhe conferem uma alta viscosidade e
aspecto pastoso.
O chocolate
possui vitaminas A, B, C, D e os minerais potássio, sódio, ferro e flúor. Além
disso, pode aumentar o nível do hormônio responsável pela sensação de
bem-estar, a serotonina, tornando-se eficaz no combate à depressão e à
ansiedade.
Outra substância "positiva" encontrada no chocolate é a feniletilamina, também conhecida como "hormônio da paixão". Cientistas explicam que, quando estamos apaixonados, aumenta a produção de feniletilamina pelo organismo. Por isso, quando algumas pessoas passam por um processo de desilusão amorosa, muitos recorrem ao chocolate numa tentativa inconsciente de "compensar" a quantidade desse hormônio.
Outra substância "positiva" encontrada no chocolate é a feniletilamina, também conhecida como "hormônio da paixão". Cientistas explicam que, quando estamos apaixonados, aumenta a produção de feniletilamina pelo organismo. Por isso, quando algumas pessoas passam por um processo de desilusão amorosa, muitos recorrem ao chocolate numa tentativa inconsciente de "compensar" a quantidade desse hormônio.
O melhor
compromisso será comer com moderação e escolher, preferencialmente, chocolate
preto (amargo). Não só contém mais cacau e proporcionalmente menos açucar e
gordura do que o chocolate de leite, mas também é rico em compostos
antioxidantes, chamados flavonóides. De facto, o chocolate preto contém mais
flavonóides do que outros alimentos ricos em antioxidantes, como o vinho tinto.
Os flavonóides previnem vários tipos de cancro, protegem os vasos sanguíneos,
promovem o bem-estar cardíaco e contrariam a hipertensão moderada.
Os
resultados de uma das pesquisas mais recentes sobre esse chocolate confirmam que ele protege o coração.
Realizado na Alemanha, o estudo revela que seu consumo rotineiro reduz os
níveis da pressão arterial. 6,3
gramas da versão de gosto mais acre derrubam a pressão
que o sangue exerce sobre os vasos; a máxima, ou sistólica, em 1,6 milímetros de
mercúrio e a mínima, a diastólica, em 1 milímetro de
mercúrio.
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