segunda-feira, outubro 10, 2011

Caprichos da Natureza

Uma das variedades de árvores que eu considero ser das mais lindas, mais belas, é o ipê. O roxo, o branco e o amarelo. A minha preferência vai por este último e, por isso, cuidei de uma muda que ganhei há aguns anos atrás e hoje está transformada numa árvore enorme plantada na calçada da minha casa. Já comentei aqui sobre ele outras vezes por outros motivos.
Uma vez, numa das costumeiras incursões que faço na livrarias, despertou-me a atenção o título de um livro --- "Os Ipês Florescem em Agosto". Por acaso não comprei o livro e fiquei sem saber se o título era específico ou se se tratava de uma metáfora. Todavia, passei a olhar as florações dos ipês e a conferir se batia com o título do livro. Por diversas oportunidades, o que significa por vários anos, verifiquei que os roxos começam a florir em Maio e isso vai até Agosto ou mesmo Setembro. Os amarelos e os brancos na verdade florescem mais tarde, entre Julho e Agosto.
Este ano as coisas não fôram bem assim, pois um amarelo lindo e imponente que existe no Centro de Convivência Social de Campinas, floresceu em Junho, antes dos roxos. Já fiquei meio confuso com tudo isso. Quanto ao branco, os que conhecia fôram arrancados por aquelas pessoas que gostam de arrancar árvores a seu belo prazer --- e tem muitas dessas pessoas ignorantes nesta cidade. Não vi nenhum deles florescer.
Deixo para lá todos os ipês que não me pertencem e vou-me ater ao "meu".
Desde que começou a dar flores, isso sempre aconteceu no mês de Outubro. Este ano ele floresceu de acordo com o titulo do livro e eu fotografei-o em 30 de Agosto. Fiquei pensando sobre qual a razão porque ele entrou na linha, sem mais nem menos, e a única conclusão a que cheguei foi a de que deve ter sido porque eu rego o seu pé ao mesmo tempo que rego o jardim da frente de casa. Era raríssimo dar-lhe de beber... Aí estaria explicada toda essa mudança da anormalidade para a normalidade.
A grande encrenca é que após terem caído as flores, quando eu esperava que começaríam a aparecer as novas folhas, o ipê deu uma nova florada em Setembro. E isso não é para admirar?! Mas admiração mesmo, é que ele deu a terceira florada em Outubro e assim está no momento em que escrevo estas linhas.
O que aqui escrevi pode ser comprovado pelas datas das três fotos que ilustram esta matéria. Lembro-me que uma vez que cheguei a pensar que a árvore estava com problemas devido à demora das novas folhas, um senhor da EMBRAPA me contactou mas não continuou a troca de informações. Talvez agora ele me explique tècnicamente o que está a acontecer se, porventura, ele ler o que escrevo.
Será que o meu ipê me está agradecido por eu todos os dias o molhar e lhe dedicar o maior dos carinhos. Se fôr isso, é porque ele merece, a exemplo de todas as árvores que eu admiro.







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