terça-feira, janeiro 12, 2016

Caminhos perigosos

Só sei que nada sei, mas há tempos tento exprimir-me, mesmo de nada sabendo...
Antes de dar a minha opinião a respeito, inclúo aqui a foto de duas matérias a serem lidas. São
referentes à mesma base e com vertentes diferentes.
A primeira, do jornalista Cláudio Humberto, meu xará, aborda o que está sendo uma grande confusão fincada no miserável serviço de saúde do Brasil. Enquanto as autoridades sanitárias apontam o mosquito Aedes aegypti (aēdēs do grego "odioso" e ægypti do latim "do Egipto"), como único responsável por um monte de epidemias --- dengue, zica, febre amarela e chikungunya --- todas presentes no País, surgem vestígios, principalmente no que diz respeito a febre zica que origina a microcefalia, de que a origem do mal se deve a problemas com a vacina triplice aplicada às mães gestantes e não ao tão malfadado mosquito.
Isto é uma grande bomba. Mais uma a explodir neste campo minado de desgraças e ingovernabilidade em que se transformou este meu querido Brasil. Onde irá ancorar, se tal vier a ser possível, este barco desgovernado, à deriva?

O outro ponto importantíssimo, é um tabu no qual ninguém se atreve a mexer, pois isso, de imediato, geraria grandes confusões, principalmente num Congresso dominado por deputados evangélicos a formar um círculo de extrema ignorância e fundamentalismo que dita leis absurdas e não entende que o País tem que ser laico. Já perceberam que me refiro ao aborto.

Há muito tempo que pergunto a mim próprio, qual a razão de falta de colocação de opiniões e debates a respeito de assunto tão melindroso, se bem que de extrema importância. Haja visto que se está a formar uma grande população de indivíduos com microcefalia e que pelo resto da vida será um fardo pesadíssimo para a família e para a sociedade.

Naturalmente que as minhas ideias não são hitlerianas, ao ponto de sugerir que se extirpe o mal, eliminando os indivíduos nascidos. Mas, indubitàvelmente, ter-se-á que atacar o problema na raiz. 
Cheguei, nòvamente, à grande e intransponível muralha fundamentalista e retrógada que é o actual Congresso brasileiro.
Talvez as coisas mudem quando a água salpicar as suas bundas, se bem que muito longe disso eles sempre estão e estarão. É aquele velho ditado: faz o que eu mando e não faças o que eu faço...



Sem comentários: