Nas minhas andanças pelo meu Portugal, noto que muita coisa está a mudar. Até nesta minha maneira de escrever quando não uso o gerúndio como até então... A grande mudança, no entanto, está na área desportiva, mais exactamente na futebolística.
Nesta última quinta-feira, já tinha passado a primeira noite em Coimbra, estava muito doente com grave problema estomacal e foi inevitável a minha ida às urgências do Hospital Universitário. Nos momentos em que decorriam os trâmites de inscrição, notei que estava ali na parede o emblema da Associação Académica de Coimbra. Há quanto tempo eu não via aquele emblema, ou mesmo me debruçava a pensar no time!? Comecei a lembrar-me do quanto a Académica foi um time importante nos tempos da minha infância e juventude, ao lado de outros que já não existem, como Lusitano, CUF, enfim. Veio ao de cima aquele carinho que sempre nutri e comecei a lembrar-me de detalhes de antanho como os nomes de Wilson e Rocha, este último certamente o mais célebre doutor-jogador de todos os tempos.
Ciente que a Académica iria jogar com o Porto (ontem), e sabedor depois que a Académica não ganhava do dragão há 41 anos, só faltou rezar, porque rezar eu não sei. Até aceitei a possibilidade de um milagre, apesar de neles também não acreditar. Afinal, ali a Rainha Santa operara o célebre milagre das rosas frente a seu esposo El Rei D. Dinis. Talvez um outro regaço viesse a oferecer algo parecido...
E não é que milagres acontecem?! Pois ontem, a Académica de Coimbra venceu o Porto por 3 a zero. Goleada! Derrube de tabú! Mais uma lavagem de alma para o meu Benfica do coração e a contestação de que muita coisa está mudando na área dos tripeiros, o que já não era sem tempo.
Hoje acordei cantando fados de Coimbra, com a minha saúde restabelecida e o espírito jovial e alegre...
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