quinta-feira, novembro 03, 2011

Crise Portuguesa

Crise? --- Tá bem, ò parente!
Estou aqui na terrinha há quase um mês e, adicionando no prato da balança os conhecimentos teóricos da informação que trouxe com o que tenho vivido no local, o fiel indica para a ignorância, estupidez, erros macro e micro económicos, comodismo e uma enchente de adjectivos mais. Este é um país que poderia ter uma situação análoga à Suissa, Luxemburgo e outros pequenos que sempre estão na crista da onda quanto a estabilidade e níveis de cultura e vida dos seus cidadãos.
Tenho necessidade premente de uso de um carro para as minhas deslocações a outros pontos do país, pois é mais viável que estar dependendo de autocarros ou comboios com tudo o que os horários atrapalham no desajuste e as hospedagens que poderão ser evitadas. Assim, tentei alugar um carro pela internet e achei o mais barato oferecido por 130 Euros por 13 dias na Eurocar. Isso daria 10 paus por dia. Tentei fechar a reserva antecipada, mas não obtive êxito porque o meu cartão é de débito e só aceitam de crédito...
No dia seguinte dirigi-me à loja de rent a car referida, na agência local de Évora. Aí recebi o primeiro baque ao ser informado que na internet o aluguer custaria os referidos 130 Euros, e que o preço passaria para 450. Porra! É mais que o triplo. Uma justificativa para isso a funcionária não me soube dar. E foi confirmado que, mesmo que eu aceitasse pelo novo preço fóra da internet, só com cartão de crédito. E nem com dinheiro vivo e caução extra... Não houve negócio e eu continuei a pé.
Há duas semanas atrás, ao passear pelo Rossio de Estremoz, notei que um grupo grande de turistas se dirigiu a uma daquelas tendas que vendem artesanato, principalmente artigos de barro. Não tinha ninguém para atendê-los, mesmo eles tendo rodeado o local e ali terem gasto 2 ou 3 minutos. Retiraram-se! Depois é que a proprietária do local abriu a porta do carro, onde estava refastelada num banco, saíu para fóra, bocejou, se espreguiçou e voltou a dormir a sesta.
Hoje voltei ao Mercado de Évora e lá fui comprar umas frutas. Claro que não me dirigi àquele box onde na passada semana fui mal tratado, caso que relatei aqui numa crónica.
Estes são pequenos exemplos de coisas que estão erradas por aqui e que certamente se verificam por todo o país. Imagine-se o estrago que é, junto com o que os sucessivos governos pós 25 de Abril por aqui plantaram.

Sem comentários: