Com toda a certeza que quem abriu
a minha página veio em atenção ao título da matéria e se surpreenderá ao notar
que, em vez da tradicional açorda à alentejana, eu disserto sobre a figueira e
os figos... Na verdade tudo está interligado.
A figueira é primeira planta
descrita na Bíblia - Adão vestiu suas folhas e não parras ao descobrir que
estava nu. Na antiguidade a consideravam sagrada. A sua origem é entre o sul da
península arábica. Há mais de mil espécies de figueiras, planta do gênero
Ficus, da família Moraceae, e nem todas produzem frutos comestíveis. A maior
parte da produção brasileira concentra-se na região de Valinhos, aqui bem
pertinho de Campinas, com enorme prevalência para a variedade roxo-de-valinhos.


São frutas altamente energéticas,
ricas em açúcar, fibra, ácidos orgânicos e sais minerais
como o potássio, o cálcio e o fósforo, que contribuem para a formação de ossos
e dentes, evitam a fadiga mental e contribuem para a transmissão normal dos
impulsos nervosos. O efeito diurético deve-se ao elevado teor em
potássio do figo, que torna-o num alimento alcalinizante. Os figos apresentam o
valor de pH mais básico (alcalino) de todos os alimentos. Por isso, são muito
adequados para neutralizar alimentos ácidos, como a carne, os produtos de
charcutaria, a massa elaborada com farinhas refinadas e os doces. É recomendado
em caso de astenia física por causa do seu teor em açúcares, estimulando além
disso a capacidade de concentração. Quanto ao seu uso externo, é recomendado
utilizar o leite dos figos verdes para eliminar as verrugas, e a dor de dentes
desaparece assim que se aplica a polpa prensada de figo sobre a gengiva. A
infusão de 25 a 30 gramas de folhas de figueira, por litro de água, reduz a
tosse, melhora a circulação e ajuda as menstruações difíceis, se tomada uns
dias antes.




Coloco a açorda no prato e sobre esta os ovos e o peixe.
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