segunda-feira, dezembro 30, 2019
segunda-feira, dezembro 23, 2019
sexta-feira, dezembro 20, 2019
sexta-feira, dezembro 13, 2019
domingo, dezembro 08, 2019
Fala português!
“Fala português!” Artigo académico mostra falta de preparação de
universidades para estudantes brasileiros e timorenses
O trabalho inclui testemunhos de vários estudantes oriundos do Timor e
do Brasil que se queixam de professores que criticam a linguagem que usam, as
traduções que lêem e lhes pedem mesmo para começar a “falar português”.
Foto
Acolhimento aos estudantes estrangeiros em 2018 na Universidade do Porto
As universidades portuguesas não
estão preparadas para o actual boom de alunos estrangeiros oriundos de
outros países de língua oficial portuguesa como é o caso do Brasil e de Timor.
O alerta é de Juliana Chatti Iorio, uma investigadora brasileira a viver
em Portugal há 20 anos, e uma das autoras de um artigo recente sobre as falhas
no acolhimento destes estudantes internacionais.
O
trabalho, publicado na Revista
Interdisciplinar da Mobilidade Humana,
resulta de dois projectos de pesquisa e inclui testemunhos de
vários estudantes oriundos do Timor e do Brasil. Ao todo, foram
feitas mais de 50 entrevistas em profundidade e recolhidas 449 respostas de
inquéritos. Em comum, há queixas sobre a falta de “apoio efectivo e afectivo na
chegada ao país”, devido à falta de sensibilização dos professores para as
dificuldades que os alunos enfrentam e casos em que professores se viram para
alunos brasileiros e lhes pedem para “falar português”.
“Eu estava usando um termo da
psicologia que é usado no Brasil e o professor disse ‘fala em
português’. Eu disse que estava falando e ele disse ‘não, isso aí é
brasileiro, fala português correcto'", é um dos exemplos dados por uma
aluna de 24 anos que em 2014 escolheu Portugal como destino de intercâmbio.
“Ainda há muito a ser feito,
como uma maior atenção às dificuldades de brasileiros e timorenses com o
português de Portugal”, lê-se nas conclusões do artigo académico
que Juliana Chatti Iorio assina juntamente com Sílvia Garcia Nogueira
(Universidade Estadual da Paraíba, Brasil).
Resultados
não surpreenderam
Em entrevista à agência Lusa,
Juliana Chatti Iorio, que trabalha no Centro de Investigação e Estudos de
Sociologia (CIES) e Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT)
da Universidade de Lisboa, disse que não ficou surpreendida com
os resultados. Nota, porém, que não tem queixas sobre o seu
próprio acolhimento anos antes.
"Quando entrei para o mestrado,
em 2003, havia cinco estrangeiros na minha sala. Era outra realidade. Hoje, há
cursos em Portugal que têm mais estudantes estrangeiros do que portugueses, e
eu penso que muitas faculdades ou institutos não estavam preparadas para isso”,
disse.
“Não me refiro só à logística, mas
sobretudo à compreensão das diferentes culturas que pretendem receber. Se estão
abertas para receberem estudantes de diferentes culturas, os professores,
funcionários, enfim, a comunidade docente e discente tem que estar aberta para
conhecer e procurar entender estas diferentes culturas”, defendeu.
Juliana Chatti Iorio admite
que muita coisa tem sido feita para atrair os estudantes
internacionais.“Algumas [universidades] já têm núcleos de estudantes
internacionais (muitas vezes, núcleos de estudantes brasileiros,
africanos, etc), os departamentos de relações internacionais começam a
estar mais preparados para dar repostas, sobretudo as que tangem às burocracias
exigidas aos estudantes que vêm de outros países”, reconheceu.
Mas a investigadora diz que falta
trabalho ao nível das relações humanas. “Devido mesmo ao choque de
culturas, acaba por ser um problema, uma vez que muitos funcionários e
professores não conhecem a cultura desses alunos e muitos desses alunos também
não conhecem a cultura em Portugal”, defendeu.
"Portugal não dá o devido valor
à língua"
No artigo lê-se ainda que “a
não-aceitação da língua portuguesa falada e escrita por esses estudantes, bem
como os casos de discriminação sofridos em sala de aula por parte de alguns
professores, evidenciou que ainda muito trabalho deverá ser feito para desconstruir a
representação de que o português é imune ao racismo e possui
uma predisposição para o convívio com outros povos e culturas”.
A investigadora explica que, à
chegada, os alunos brasileiros depararam-se com algumas dificuldades que não
estavam à espera, nomeadamente ao nível da compreensão do português. “Muitas
vezes, os próprios professores não aceitam a língua portuguesa falada e escrita
no Brasil, discriminando mesmo o seu uso em sala de aula e não permitindo o uso
de livros cuja tradução seja feita no Brasil”, disse.
Nesse sentido, prosseguiu, “a
discriminação é notada quando um professor se vira para um aluno brasileiro e
diz, por exemplo, ‘fala português!’". “Portugal não dá o devido valor à
língua portuguesa a partir do momento em que permite o uso do
inglês em sala de aula, que não luta pela afirmação da quinta língua
mais falada no mundo e a partir do momento em que possui muito mais ferramentas
em inglês para acolher os estudantes Erasmus do que para acolher os estudantes
lusófonos”, considerou.
E, acrescentou, “ainda age como se
fosse a “metrópole” a ditar as regras do uso da língua portuguesa às suas
“colónias”, quando inferioriza a maneira como a língua portuguesa é utilizada
pelos outros países lusófonos”.
Mas a investigadora diz que falta
trabalho ao nível das relações humanas. “Devido mesmo ao choque de
culturas, acaba por ser um problema, uma vez que muitos funcionários e
professores não conhecem a cultura desses alunos e muitos desses alunos também
não conhecem a cultura em Portugal”, defendeu. "Portugal não dá o devido valor à língua"
No artigo lê-se ainda que “a
não-aceitação da língua portuguesa falada e escrita por esses estudantes, bem
como os casos de discriminação sofridos em sala de aula por parte de alguns
professores, evidenciou que ainda muito trabalho deverá ser feito para desconstruir a
representação de que o português é imune ao racismo e possui
uma predisposição para o convívio com outros povos e culturas”.
A investigadora explica que, à
chegada, os alunos brasileiros depararam-se com algumas dificuldades que não
estavam à espera, nomeadamente ao nível da compreensão do português. “Muitas
vezes, os próprios professores não aceitam a língua portuguesa falada e escrita
no Brasil, discriminando mesmo o seu uso em sala de aula e não permitindo o uso
de livros cuja tradução seja feita no Brasil”, disse.
Nesse sentido, prosseguiu, “a
discriminação é notada quando um professor se vira para um aluno brasileiro e
diz, por exemplo, ‘fala português!’". “Portugal não dá o devido valor à
língua portuguesa a partir do momento em que permite o uso do
inglês em sala de aula, que não luta pela afirmação da quinta língua
mais falada no mundo e a partir do momento em que possui muito mais ferramentas
em inglês para acolher os estudantes Erasmus do que para acolher os estudantes
lusófonos”, considerou.
E, acrescentou, “ainda age como se
fosse a “metrópole” a ditar as regras do uso da língua portuguesa às suas
“colónias”, quando inferioriza a maneira como a língua portuguesa é utilizada
pelos outros países lusófonos”.
sábado, dezembro 07, 2019
Guerra Colonial
CAPITULO
4
A PONTE FICOU PARA TRÁS
▪ PIOR
DO QUE A CENA DO BEN-HUR.
▪ PIOR, ANTÓNIO, MUITO PIOR!
▪ PIOR, ANTÓNIO, MUITO PIOR!
A ponte com o nome do “herói” que nunca pôs os pés em
África, ficou para trás e dela apenas se vê a silhueta.
Um último adeus para ninguém e para todos ao mesmo tempo foi acenado e agora, ao longe, apenas se avistam lenços que se agitam como se fossem asas brancas - a cor da paz - acenando a pontos em tom de verde - a cor da esperança - que vão ao encontro da cor negra - a cor da guerra! Para alguns, a cor da morte!
A silhueta da ponte também acabou por desaparecer. A noite chega ao alto mar e com ela vem o frio e a humidade e ao Niassa chega um misto de desconforto e tontura que se apodera da cabeça de António e, provavelmente, de todos camaradas a caminho do desassossego. Só então António se apercebe que esta é uma noite diferente. Diferente de todas as noites que até aí viveu na sua jovem vida! E só então se apercebe, que o chão não é tão firme como habitualmente e que a sua cabeça roda em corpo parado. Uma intensa e áspera brisa cola-se-lhe à face, sacudindo-o do estado de hipnose que até ali estaria mergulhado. Realmente, esta é uma noite diferente e diferentes serão as noites seguintes da sua vida!
Para António e camaradas graduados, o jantar chegou e é servido no salão-restaurante do velho Niassa. Jantar bem confeccionado, a fazer jus à fama dos cozinheiros da marinha.
De início, o Niassa foi construído para transporte de mercadorias. Com o incremento dos negócios na África Portuguesa verificado nas décadas de 40 e 50, foi adaptado para levar cerca de 300 civis comodamente instalados, sendo classificado depois, como barco-misto – carga e passageiros. O regime fascista de Salazar, cuidando dos seus amigos, mandou fazer essa adaptação, de modo a dar boas condições de viagem aos seus homens de negócio. E fez muito bem, pois deve-se cuidar dos amigos. Mas quando a guerra rebentou na década de 60, nunca o Niassa foi preparado para transportar tropas. Nunca preparado para transportar 500, mil ou 2 mil jovens a caminho da guerra. Nem o Niassa, nem outras velhas carcaças que transportavam gente como se fosse gado.
Nas instalações preparadas para os civis, viajam agora os oficiais, os sargentos e a tripulação graduada da marinha, e não sendo tão luxuosas com as de um barco-de-amor, são instalações que permitem uma viagem confortável.
Depois de ver as suas cómodas instalações, António interrogava-se, “como será o refeitório dos soldados? Tão péssimo como os porões onde vão dormir?”
- Pior, António, muito pior! - diz Augusto, já perto das 10 da noite, quando se encontram novamente.
- O refeitório é lá à frente na proa e parece um barco a balouçar!
- Mas é um barco a balouçar! - replica António.
- Sim, é um barco a balouçar, mas parece no meio de tempestade! Foda-se, não conseguimos comer, porque não seguramos o prato e a boca foge-nos. Parecemos baratas tontas com a colher na mão à procura da boca. A boca foge da colher. Não há garfos, só colheres e ainda bem que não há facas. Peguei em dois moletes, abriu-os com a mão e meti dois bocados do que parece ser carne mastigada e saí agarrado aos outros camaradas, tão estonteados quanto eu. Foda-se, é pior que a cena do Ben-Hur, lembras-te do Ben-Hur? Do filme que vimos há tempos? Só nos falta remar com chicote nas costas como no Bem-Hur. Se não for obrigado, não volto ao refeitório. Fico completamente tonto e agoniado! Prefiro comer sandes aqui fora! Diz o meu pai, que o governo se sacrifica pelo povo. Queria vê-los aqui, feito baratas tontas de colher na mão à procura da boca. Sacrificam-se um caralho! Vêm para a televisão com a treta da “conversa em família” e é assim que nos fodem!
- Então, não comeste nada?
- Comi apenas uma sande de carne mastigada, mas não tenho fome. Estou agoniado e só preciso apanhar um pouco de ar, mas aqui na coberta está muito frio. Fui de novo ao beliche onde vou dormir. Quase desmaiei a descer aquela enorme escadaria até chegar ao porão. O calor e o cheiro são insuportáveis. Acho que não vou conseguir pregar olho até chegar a Bissau.
*
Facilmente se compreende, que instalar beliches no porão de carga e colocar o refeitório na proa, não são os melhores sítios de um barco, nem para dormir, nem para comer, antes pelo contrário. Na verdade, são os piores. Mas que importa aos políticos de um regime, que apenas se preocupa com os seus amigos?
Tinha pois, razão de ser, a indignação do camarada Augusto.
- Diz o meu pai – repetia Augusto – que os tipos do governo são pessoas de bem, pessoas decentes que olham pelo povo e que fazem o melhor que podem! Fazem… um caralho! Gostava de os ver aqui nesta pocilga, esses “heróis“ que nunca puseram os pés em África e se estão nas tintas para quem vai defender a Pátria. Na vinda, se não viermos num caixão, mandam-nos vir a nado! E as tuas? Como são as vossas instalações?
- As nossas são aceitáveis. São ali na parte central, nos camarotes.
- Pois! És um sortalhão. Eu não quis estudar e agora fodo-me! Sorte do caralho!
- Deixa, não te apoquentes. São apenas cinco ou seis dias de viagem. Sorte, mesmo sorte, é regressarmos sãos e salvos, isso é que é sorte. O resto é passageiro e não tem tanta importância. São apenas cinco dias da viagem!
Um último adeus para ninguém e para todos ao mesmo tempo foi acenado e agora, ao longe, apenas se avistam lenços que se agitam como se fossem asas brancas - a cor da paz - acenando a pontos em tom de verde - a cor da esperança - que vão ao encontro da cor negra - a cor da guerra! Para alguns, a cor da morte!
A silhueta da ponte também acabou por desaparecer. A noite chega ao alto mar e com ela vem o frio e a humidade e ao Niassa chega um misto de desconforto e tontura que se apodera da cabeça de António e, provavelmente, de todos camaradas a caminho do desassossego. Só então António se apercebe que esta é uma noite diferente. Diferente de todas as noites que até aí viveu na sua jovem vida! E só então se apercebe, que o chão não é tão firme como habitualmente e que a sua cabeça roda em corpo parado. Uma intensa e áspera brisa cola-se-lhe à face, sacudindo-o do estado de hipnose que até ali estaria mergulhado. Realmente, esta é uma noite diferente e diferentes serão as noites seguintes da sua vida!
Para António e camaradas graduados, o jantar chegou e é servido no salão-restaurante do velho Niassa. Jantar bem confeccionado, a fazer jus à fama dos cozinheiros da marinha.
De início, o Niassa foi construído para transporte de mercadorias. Com o incremento dos negócios na África Portuguesa verificado nas décadas de 40 e 50, foi adaptado para levar cerca de 300 civis comodamente instalados, sendo classificado depois, como barco-misto – carga e passageiros. O regime fascista de Salazar, cuidando dos seus amigos, mandou fazer essa adaptação, de modo a dar boas condições de viagem aos seus homens de negócio. E fez muito bem, pois deve-se cuidar dos amigos. Mas quando a guerra rebentou na década de 60, nunca o Niassa foi preparado para transportar tropas. Nunca preparado para transportar 500, mil ou 2 mil jovens a caminho da guerra. Nem o Niassa, nem outras velhas carcaças que transportavam gente como se fosse gado.
Nas instalações preparadas para os civis, viajam agora os oficiais, os sargentos e a tripulação graduada da marinha, e não sendo tão luxuosas com as de um barco-de-amor, são instalações que permitem uma viagem confortável.
Depois de ver as suas cómodas instalações, António interrogava-se, “como será o refeitório dos soldados? Tão péssimo como os porões onde vão dormir?”
- Pior, António, muito pior! - diz Augusto, já perto das 10 da noite, quando se encontram novamente.
- O refeitório é lá à frente na proa e parece um barco a balouçar!
- Mas é um barco a balouçar! - replica António.
- Sim, é um barco a balouçar, mas parece no meio de tempestade! Foda-se, não conseguimos comer, porque não seguramos o prato e a boca foge-nos. Parecemos baratas tontas com a colher na mão à procura da boca. A boca foge da colher. Não há garfos, só colheres e ainda bem que não há facas. Peguei em dois moletes, abriu-os com a mão e meti dois bocados do que parece ser carne mastigada e saí agarrado aos outros camaradas, tão estonteados quanto eu. Foda-se, é pior que a cena do Ben-Hur, lembras-te do Ben-Hur? Do filme que vimos há tempos? Só nos falta remar com chicote nas costas como no Bem-Hur. Se não for obrigado, não volto ao refeitório. Fico completamente tonto e agoniado! Prefiro comer sandes aqui fora! Diz o meu pai, que o governo se sacrifica pelo povo. Queria vê-los aqui, feito baratas tontas de colher na mão à procura da boca. Sacrificam-se um caralho! Vêm para a televisão com a treta da “conversa em família” e é assim que nos fodem!
- Então, não comeste nada?
- Comi apenas uma sande de carne mastigada, mas não tenho fome. Estou agoniado e só preciso apanhar um pouco de ar, mas aqui na coberta está muito frio. Fui de novo ao beliche onde vou dormir. Quase desmaiei a descer aquela enorme escadaria até chegar ao porão. O calor e o cheiro são insuportáveis. Acho que não vou conseguir pregar olho até chegar a Bissau.
*
Facilmente se compreende, que instalar beliches no porão de carga e colocar o refeitório na proa, não são os melhores sítios de um barco, nem para dormir, nem para comer, antes pelo contrário. Na verdade, são os piores. Mas que importa aos políticos de um regime, que apenas se preocupa com os seus amigos?
Tinha pois, razão de ser, a indignação do camarada Augusto.
- Diz o meu pai – repetia Augusto – que os tipos do governo são pessoas de bem, pessoas decentes que olham pelo povo e que fazem o melhor que podem! Fazem… um caralho! Gostava de os ver aqui nesta pocilga, esses “heróis“ que nunca puseram os pés em África e se estão nas tintas para quem vai defender a Pátria. Na vinda, se não viermos num caixão, mandam-nos vir a nado! E as tuas? Como são as vossas instalações?
- As nossas são aceitáveis. São ali na parte central, nos camarotes.
- Pois! És um sortalhão. Eu não quis estudar e agora fodo-me! Sorte do caralho!
- Deixa, não te apoquentes. São apenas cinco ou seis dias de viagem. Sorte, mesmo sorte, é regressarmos sãos e salvos, isso é que é sorte. O resto é passageiro e não tem tanta importância. São apenas cinco dias da viagem!
Angelino dos Santos Silva
in, GERAÇÃO DE 70 / Época das Chuvas
Romance sobre a Guerra Colonial Portuguesa em África
Capítulo 4 de 34
angelinosantossilva@gmail.com
in, GERAÇÃO DE 70 / Época das Chuvas
Romance sobre a Guerra Colonial Portuguesa em África
Capítulo 4 de 34
angelinosantossilva@gmail.com
sexta-feira, dezembro 06, 2019
domingo, dezembro 01, 2019
Energia Solar em Timor-Leste
Nas áreas rurais fora da rede de Timor-Leste, a energia solar é frequentemente a única opção elétrica para facilitar a prestação de serviços essenciais. A eletricidade fornece luz para estudar para exames ou para entregar um bebê à noite, energia para recarregar telefones e operar computadores e impressoras, e energia para manter registros e imprimir materiais educacionais.
Durante 16 anos, a editora Renew , do Santuário , sem fins lucrativos, trabalhou com comunidades em Timor-Leste para fornecer iluminação e eletricidade limpas e renováveis a pessoas que vivem em remotas aldeias rurais. Ajudamos a instalar iluminação e energia solar em mais de 2100 residências e mais de 100 centros comunitários, orfanatos, escolas e hospitais. Também ajudamos a treinar mais de 180 técnicos de energia solar baseados em aldeias, que podem usar suas habilidades para agregar valor a suas famílias e comunidades. Todo esse trabalho é alimentado por doações e subsídios.
Uma breve história de iluminação de Timor-Leste
Um grupo de apaixonados membros da Renew iniciou o programa no início dos anos 2000, logo após a independência de Timor-Leste, para oferecer o que pudesse para ajudar o país a se recuperar. Essa equipe estava muito focada na construção de habilidades locais através da experiência prática na instalação de sistemas solares e trabalhando com institutos de treinamento locais para desenvolver um currículo de treinamento fotovoltaico solar. Em 2014, o trabalho de Renew recebeu um incentivo com o financiamento do Desafio de Impacto do Google, que nos permitiu melhorar o sistema fotovoltaico solar para as famílias, implantá-lo em mais de 600 casas em três distritos e realizar um treinamento adicional de técnicos das aldeias.
Em 2017–2019, a Renew e seus parceiros locais alcançaram mais 265 casas rurais e treinaram 15 novos técnicos locais em energia solar. Uma doação da Fundação Andrew McNaughtan nos permitiu trabalhar na melhoria da educação da comunidade, desenvolvendo guias baseados em imagens sobre energia solar.
Até o momento, estimamos que nosso trabalho de instalação de sistemas fotovoltaicos solares domésticos tenha fornecido serviços modernos de energia a mais de 10.700 pessoas, permitindo que 550 pessoas realizem atividades econômicas adicionais, resultando em mais de US $ 1,1 milhão de renda, economizando cada família mais de US $ 900 em gastos com querosene e deslocados 4.250 toneladas de emissões de gases de efeito estufa.
Pay-Go: ajudando as famílias a possuir seus sistemas solares
No ano passado, a Renew começou a testar um novo modelo conhecido como Pay-as-you-go (ou PayGo). Sob esse modelo, as famílias podem pagar seus sistemas fotovoltaicos solares ao longo do tempo. Funciona como o carregamento de um telefone celular pré-pago: todo mês, um voucher é comprado por US $ 5, fornecendo um mês de eletricidade. Após 24 meses, se as famílias estiverem atualizadas em seus pagamentos, o sistema será desbloqueado e as famílias serão donas dos seus sistemas. A Renew está trabalhando com uma empresa social local para implementar esse modelo e fornecer manutenção e suporte contínuos. A receita gerada pelos reembolsos é usada pela empresa para pagar salários e construir um fundo rotativo para 'iluminar' outras famílias.
Sistemas maiores em edifícios comunitários
A Renew continua a instalar, reparar e manter sistemas maiores em edifícios da comunidade. Este ano, estamos trabalhando em 12 locais diferentes na ilha de Atauro e em Baguia, com financiamento de duas fundações privadas. Um componente-chave deste trabalho é melhorar as habilidades dos locais para manter e reparar esses sistemas mais complexos. O nosso parceiro timorense de formação, o Centro Nacional de Emprego e Formação Profissional (CNEFP-Tibar), está actualmente a realizar um curso de certificação em energia fotovoltaica com estagiários de Atauro e Baucau.
Dom da Luz
Ao longo dos anos, a Renew conseguiu realizar grande parte desse trabalho, graças às nossas campanhas Gift of Light . Esses fundos nos permitem alavancar suporte adicional de fundações e empresas. Todos os anos, nos feriados, solicitamos doações dedutíveis ao nosso projeto que podem ser usadas como presente para um amigo ou membro da família. Estes dons vão para a melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas que vivem em Timor-Leste.
Ainda há muito trabalho a ser feito. No ano passado, a Renew auditou todos os sistemas solares que ajudamos a instalar desde 2003. A auditoria identificou 40 sistemas que se beneficiariam do suporte contínuo; encontrar patrocinadores para essa manutenção contínua é um dos nossos principais objetivos para 2020. Também estamos procurando fazer um treinamento mais intensivo de técnicos em sistemas maiores, algo que é parte integrante da sustentabilidade de longo prazo de nossos projetos. Suas contribuições para a campanha Gift of Light e um novo programa de doação mensal a ser lançado no próximo ano nos ajudarão a alcançar esses objetivos.
sábado, novembro 30, 2019
Agitação Papua
Os papuas se apresentam durante o festival de artes da vida em Papua, realizado em um shopping center em Surabaya em 22 de novembro de 2019 (AFP)
JACARTA (Reuters) - As autoridades indonésias estão aumentando a segurança em Papua antes de 1º de dezembro, que separatistas na região mais oriental do leste marcam como dia da independência, disseram policiais e militares locais no domingo.
As medidas de segurança têm sido particularmente rígidas nos últimos meses, pois os incidentes de abuso racial contra a população melanésia da província provocaram agitações mortais e renovaram os pedidos de uma Papua soberana em agosto.
A região também viu um aumento nos tiroteios contra militares e policiais, após um massacre de trabalhadores da construção civil em um projeto de rodovia patrocinado pelo governo no início de dezembro do ano passado, pelo qual um grupo separatista assumiu a responsabilidade.
Chefe da polícia de Papua, Insp. O general Paulus Waterpauw disse no domingo que as patrulhas estavam sendo intensificadas nas regiões de Puncak Jaya, Lanny Jaya, Intan Jaya e Mimika, conhecidas como redutos separatistas.
Na quinta-feira, um líder separatista procurado por uma série de ataques anteriores foi preso na cidade de Timika, em Mimika. Waterpauw disse que o suspeito revelou que "ações" foram planejadas por volta de 1º de dezembro. O suspeito em Timika, disse Waterpauw, estava indo para a cidade vizinha de Tembagapura para se juntar a outros grupos separatistas vindos de Intan Jaya.
Circulares interceptadas pela polícia dos grupos ligados ao Movimento Separatista da Papua Livre (OPM) revelaram que os rebeldes estavam tentando solicitar financiamento de moradores locais para seus supostos atos planejados, disse Waterpauw.
O porta-voz militar local, coronel Eko Daryanto, disse que 6.000 policiais e militares foram convocados quando os distúrbios entre agosto e setembro levaram à morte de mais de 30 pessoas na cidade de Wamena e na região de Deiyai.
A presença deles aumenta a militarização já pesada da região.
Alguns dos funcionários estão em alerta perto das fortalezas montanhosas, vestidas de selva, de grupos separatistas, disse ele.
"Estamos impedindo que os moradores se aproximem de áreas propensas a conflitos e pedindo que eles não sejam provocados por questões enganosas", disse Daryanto, acrescentando que as patrulhas também foram intensificadas na capital da província de Jayapura, onde são esperados comícios pró-independência.
Papuas organizaram comícios na região e em outras partes da Indonésia em 1º de dezembro do ano passado, erguendo a bandeira Morning Star, um símbolo proibido da independência da Papua.
Papua, a parte ocidental da ilha da Nova Guiné, declarou-se independente do domínio colonial holandês em 1º de dezembro de 1961. Mas a Indonésia assumiu oficialmente a região em 1969, depois de uma votação apoiada pela ONU amplamente vista como uma farsa.
Jacarta mantém um forte controle sobre a região rica em recursos, que continua sendo a mais pobre e menos desenvolvida do país.
Uma revolta esporádica de baixo nível fervia há décadas. Verificar a evolução da segurança é difícil, pois jornalistas estrangeiros são impedidos de entrar na província.
sexta-feira, novembro 29, 2019
Suite alentejana
Este é um típico quarto alentejano. Em comparação com os dias de hoje, seria uma verdadeira "suite", pois engloba peças de uma casa de banho... Tive um quarto assim.
quarta-feira, novembro 27, 2019
quinta-feira, novembro 14, 2019
sexta-feira, novembro 08, 2019
quinta-feira, outubro 31, 2019
segunda-feira, outubro 21, 2019
segunda-feira, outubro 14, 2019
Aeroporto de Beja
Um país pequeno, mas rico em vias de comunicação terrestres, na generalidade. Não pode desprezar um aeroporto a cerca de 150 km da capital e 100 da principal zona turística, Algarve.
Queremos Beja a funcionar a 100%...
Alentejo também é Portugal
quinta-feira, outubro 10, 2019
sábado, setembro 14, 2019
sexta-feira, setembro 13, 2019
sábado, setembro 07, 2019
Expressões alentejanas
Terra de fortes tradições e de gente com
muita alma dentro, o Alentejo tem ainda um número infindável de expressões
típicas alentejanas. Algumas delas acabaram, com o tempo, por se generalizar e
são hoje usadas em todo o país, embora a sua origem continue a ser marcadamente
alentejana. Divirta-se com a lista e dê-nos a conhecer mais algumas expressões
típicas alentejanas que você conheça! Descubra 300 expressões que só um
alentejano entende!
A
Abusou da
rapariga = Teve relações sexuais com a rapariga e deixou-a
A dormir e a
caçar ratos = Diz-se de que finge dormir
A dar as
ultimas = Dar os últimos sinais de vida
Ajunto de
pessoas = Muita gente junta
A
feria/receber a feria = Receber o vencimento/ordenado
Agarrei nos
quatro arrátes = Pus-me a caminho
Agarrei em
mim = Decidi ir a qualquer lado
Água-chilra
= Bebida fraca
Ainda bem
não = De vez em quando
Ainda não
bateu por aqui = Ainda aqui não apareceu
Ainda rompe
meias solas = Mulher madura atraente
Alcará Maria
= Expressão de desagrado/exclamação
Amigo de
Fulana (o) = Amante de fulana (o)
Anda arredio
= Anda desviado/isolado
Amolar o
próximo = Tramar o próximo
A modes que
= Parece que
Anda aluada=
Anda com o cio
Anda de
trombas = Anda Zangado
Anda numa
tráita = Anda habituado
Andar aos
caídos = Andar à mercê de esmolas
Andar à cata
da rolha = Andar à procura dum objecto
Andar à
unha= Andar à briga
Andar à
malta = Andar à revelia
Andar mal
achado = Andar adoentado
Andar com a
mosca = Andar arredio/Zangado
Andar com o
benfica = Andar menstruada
Andar à
pendura = Esperar que alguém pague por ele
Andar numa
fona = Andar atarefado
Andar
inchado = Andar vaidoso /gordo
Animal
traçado = Mestiço/origem de duas raças
Apanhou um
ralo = Apanhou uma inquietação
Apanhou um
escalda rabos = Assustou-se bastante
Apanhar a
lebre = Quando alguém cai
Apára
cristas = Pára Quedistas
À paz das
tantas = A páginas tantas
Armou uma
tourada = Provocou desacatos
Armou um
escabeche = Armou grande confusão
Arranjou uma
titaráda = Arranjou problemas/confusão
Arranjou
lenha para se quemár = Prejudicou-se a ele próprio involuntariamente
Arrebenta
bois = Tubérculo não comestível
Arreganhar
os dentes = Mostrar-se zangado
Assentou-me
mal = Não gostei do que me foi dito
Às tantas nã
sabe ler = provavelmente não sabe ler
Assobia-lhe
às botas = Deixou fugir algo sem o conseguir apanhar
Atirar
gafanhotos para cima= Quando alguém fala e cospe ao mesmo tempo
À ultima
hora retratou-se = Desistiu do compromisso no ultimo momento
À vara larga
– À solta/sem limitação
B
Barriga de
almece = Barriga grande/comilão
Bater o
almoço/jantar =Almoçar/jantar
Bater uma
sorna = Dormir a sesta
Bátega de
água = Chuvada forte
Bem
esgalhado = Bem feito/jeitoso
Bem falante
= Educado/que fala bem
Berra com
sal = Muito salgado
Boca do
corpo= Vagina
Boia de
carne = Pedaço de toucinho ou de enchidos de porco
Borregas nas
mãos (pés) = Bolhas
Borregos do
almece = Requeijão do atabefe
C
Cabras nas
pernas = Manchas avermelhadas
Cada cabeça
sua sentença= Cada pessoa com opinião diferente
Cheio de
nove horas = Cheio de manias/miudinho
Cagou-se
nisto ou naquilo = Desistiu de fazer algo
Cagar postas
de pescada = Opinar sem fundamento
Chorar de
rijo = chorar com força/alto
Chorar sobre
o leite derramado = Lamentar-se por algo que não é recuperável
Chover a
cântaros = Chover torrencialmente
Cai daí
abaixo = Cai na patetice de
Cair de
pantanas = Cair desamparado
Caíu ali =
Foi ali parar inesperadamente
Caíu-se com
= Atirou-se a algo
Cravou
comigo no chão = Atirou comigo ao chão
Criança
rabina = Criança traquinas
Campo da
bola = Estádio de futebol
Céu cavado =
Astro, com pequenos e muitos castelos de nuvens
Com
fósquinhas = Hesitante/cerimonioso
Compor a
casa = Decorar/arranjar a casa
Corela da
avó = Expressão de desagrado
Corta
Línguas = Tradutor
D
Dá-me um
cadinho = Dá-me um pedacinho
Daquem nada
= Daqui a pouco
Dar de corpo
= Ir ao WC
Dar o dito
por não dito = Faltar ao combinado
Dar à sola =
Fugir
Dar o
cigarro = Curto descanso aos trabalhadores
Dar a
salvação = Dar os bons dias
Dar um
passou bem = Dar um aperto de mão
Dar fulano
(a) a alguém = Insinuar como namorado (a)
Dar pano
para mangas = Dar muito que falar
Dar boas
águas = Dar esperança de melhoras
Dar de si =
ceder
Dar o risco
= Orientar/mandar fazer
Dar vazão =
Desimpedir/ fluidez duma tarefa
De má raça=
Ruim
De má mente = de má vontade
De nariz
empinado = Vaidoso/ impostor
Deu-me uma
guinada = senti uma dor aguda
Debotar =
Desbotar/mudar de cor
Dedo maminho
= Dedo mínimo
Desapareceu
do mapa = Deixou de ser visto
Descabeçar
um cadinho = Fazer um sesta ligeira
Detari
gafanhotos = Cuspir para cima de alguém involuntariamente
Detari a
galinha = Meter a galinha no choco
Deta-se com
as galinhas = Deita-se muito cedo
Detari água
na fervura = Apaziguar/ moderar discussão
De boa
catadura = Bem disposta (o)
De má mente
= Contrariado
Deu uma
grande cabeçada = Foi mal sucedido nas suas opções/mudança
Dia aziado =
Dia aziago/ mau presságio
Disse um
ageneira = Disse um palavrão
Dizer uma
alhada = Dizer um palavrão/caralhada
Dormir na
forma = Não cumprir uma tarefa
Dubar a lã =
Formar em novelo
E
É do catano
= É tramado/ imprevisível
É mouco que
nem uma porta= É muito surdo
Em jum = Em
jejum
É uma grande
pensão cuidar de = É um grande encargo
Então e daí?
= Qual é o problema?
Enfernizar a
vida = dar cabo da vida/ por a vida num inferno
Estamos
cagádos = Estamos tramados
Está em
pulgas = Está ansioso
Estar
enterado = Estar informado
Está cá um
briól/frialdade = Está muito frio
Está cagando
para ele/ela = Ex : Amor não correspondido
Está com as
trazentas = Está zangado
Está capaz
doutra = Está recuperado de uma maleita
Está com po
péis para a cova = Está velho debilitado/ a morrer
Está com a
corda nas goelas = Está aflito/ com dívidas
Está
enuverado/enfarruscado= Céu nublado
Está para
qualquer dia = Está prestes a parir
Estar a mal
com alguém = Estar de relações cortadas
Estrapaciou
tudo o que tinha = Esbanjou/destruiu
Estorrou o
dinheiro todo = Gastou o dinheiro todo
Estorrina do
calor = Hora do maior calor
F
Fala pelo
cotovelos = Tagarela/ muito falador
Fazer
Farnhera = Impotência do homem para o acto sexual
Fazer ronha=
Demorar a executar uma tarefa
Fazer um
casamento = Misturar passas de figo com nozes ou amêndoas e comer
Fazer o
pézinho = Fazer o acabamento de pinturas junto ao solo
Fez trinta
por uma linha= Fez o que quis sem regras
Foi enxógado
= Levou tareia
Foi malhado
= Levou porrada
Filho dum
real cabrão = Ofensa verbal mais grave
Fizeram uma
grande estouraria = Fizeram grande algazarra
Fulano é
rabicho = É maricas
G
Galo na
cabeça = Hematoma
Galar a
melancia = Fazer um orifício para ver se está madura
Gotêra na
cabeça = Hematoma
Grande lesma
= fraco/lento
I
Ir embora =
Abalar
Inda tás aí
= Ainda aí estás
Inda agora =
Há pouco tempo
Inda mal
chegou = Acabou de chegar
Inda nã
pinta = Ainda não tem pelos púbicos
Inda tem os
três vinteis = Ainda é virgem
Ir a corta
mato = Ir por atalhos
Ir à da
minha (meu) familiar = Ir visitar a tia, prima etc.
J
Já vens a
dar fé = Já vens feito curioso
Jesus
Marizéi = Santinho/quando alguém espirra
L
Largar algo
= Deixar/ abandonar
Lavar os
olhos = Ver alguém de quem se gosta
Leva uma
desanda = leva um correctivo
Levar uma desanda
= Levar repreensão
Levar uma
boga/piza /fuerada /semanta = Levar tareia
Levas uma
lamparina = Levas uma bofetada
Levas uma
galheta= Levas uma bofetada
Levou uma
pastilha = Foi multado
Linda de
propriedade = Extrema /limite
M
Mal tomado =
Zangado
Matar o
bicho = Tomar a primeira bebida alcoólica do dia
Meia arráte
= Meio arrátel /500 gr (moeda antiga)
Metêsse na
cabeça = Cismou
Meter botas
à ribeira = Aventurar-se a fazer algo
Meteu-se
numa alhada = Meteu-se em problemas
Munta
família = Muita gente na família
Munto povo =
Muita gente
N
Nã sabe
patavina = Não sabe nada
Nã diz coisa
com coisa = Está baralhado nas ideias
Nã há
viválma por aqui = Não há ninguém por aqui
Nã dá mão =
Não obedece
Nã é boa rêz
= Não é de confiança
Nã dá rego=
Mal se pode mexer/adoentado
Nã le fazem
o ninho atrás da orelha = Ninguém o engana
Nã me tá
dado = Não fica bem eu fazer determinada acção
Nã pode com
uma gata po rabo = Não tem força nenhuma/muito fraco
Nã sei se
ele lá tará = Não sei se ele lá estará
Nã tô prá ai
virado = Não tenho a mesma opinião
Nã te
enteráste = Não te apercebeste
Nã te rales
= Não te incomodes
Nã te hêde
dezer = Não te hei-de dizer
Nã me caiem
os parentes (testiculos) na lama = Quando o homem desempenha tarefa de mulher
Nã tem talho
nem maravalho = Coisa sem o minimo de perfeição
Nã tem tacto
nenhum = Não tem juízo
Nã quer as
sopas = Quando o objecto dificulta a execução da tarefa
Nã vale um
pedo dum cigano = Não vale nada/inútil
Nasceu ralo
= Nasceu com muitas falhas
O
Ó Aik =
Abalar à pressa/fugir
O amola
tesouras se vem de botas é prenúncio de chuva
O animal
fica pensado = O animal fica alimentado/cuidado
Ó diácho =
Expresão de exclamação / Ó diabo
O dinheiro
dele é fêmea = Diz-se de quem aparenta ter muito dinheiro sem razão óbvia
Ódio final =
Ódio máximo em relação a alguém
Olhar por
algo = Tomar conta de
Olhe lá =
Veja bem/ Olhe cá
Osso da
espinha = Espinha dorsal
P
Parece um
cão sem dono = Homem sem eira nem beira/desprezado
Parrera de
enchidos= Conjunto de paus com enchidos no fumeiro
Passou à
roda de mim = Passou ao pé de mim
Passou o ar
por fulano (a) = Teve um AVC
Passar pelas
brasas = Adormecer por breves momentos
Pelam-se por
qualquer coisa = Adoram essa coisa
Pôr-se à
cóca = Ficar atento
Pôr-se na
retranca = Esperar que os outros façam
Pôr-se na
alheta = Fugir
Pessoa fina
= Pessoa culta
Por mode =
Por causa de
Prantar
quéto = Estar quieto
Pregar um
susto = Assustar alguém
Porrada de
água = Bátega de água
Púzia no
lugar = Coloquei-a no lugar
Quita =
Desanda/vai embora
R
Rebocada do
patrão = Rabecada/ Repreensão
Rais te
parta = Raios te parta/ Indignação referente a
Raspou-se
daqui = Foi embora à pressa
Raspei munto
frio = Apanhei um grande frio
Renta-te
nisso = Não queiras saber de/abandona
Rogar uma
praga = Desejar mal a alguém
S
Sacudir a
água do capote = Fugir às responsabilidades
São mais que
muntos = São muitíssimos
Se bem calha
= Provavelmente
Se calhar =
Talvez Somos da mesma camada = Somos da mesma geração
Se te desse
creto = Se te desse aval/ liberdade para fazer algo
Soube por
portas travessas = Tomou conhecimento através de terceiros
Sem resgo =
Rapariga sem pretendentes
Sem talho
nem maravalho = Sem ponta por onde se pegue/desajeitado
T
Tá/Tamos/Tou
= Está/Estamos/Estou
Tamos
cagádos = Expressão quando algo corre mal
Tá com o cu
às bufas = Está cheio de medo
Tá buzio =
Está embaciado
Tá aqui tá
lá = Não tarda a chegar
Tá bem
tratado = Está bem alimentado/cuidado
Tá-se
cagando para = Não faz caso de/não dá importância
Tá-se a vir
= Atingir o orgasmo
Tá vendo =
está vendo
Tá lixado =
Está tramado
Tá feto
mariola = Está feito brincalhão/maroto
Tejela de
fogo = Recipiente de barro onde se faz a comida
Ter boa
cabeça = Ter boa memória/estudioso
Ter uma
pensão = Ter responsabilidade de cuidar de
Teve um
grande ralo = Teve uma grande inquietação
Tem bichos
carpinteiros = Não pára quieto/traquinas
Tem o diabo
no corpo = Pessoa irrequieta/ruim
Tem lidação
com alguém = Tem confiança/intimidade com alguém
Tem uma
grande rinha a fulano = Tem um grande ódio a fulano
Ter uma
moinha = Ter uma leve dor
Tem muito
génio = Pessoa temperamental
Tem uma
doença ruim = Tem um cancro
Tem estilo =
Sabe cantar/ voz melodiosa
Tem pelo nas
ventas = Pessoa difícil e austera
Tem tádo mal
= Tem estado mal
Tem tosse de
cão = Tem tosse seca
Ter um rei
na barriga = Pessoa sobranceira
Ter rinha a
alguém = Ter ódio
Ter o
coração ao pé da boca = Pessoa que diz o que pensa sem rodeios
Tirar a fala
a alguém = Cortar relações
Tirar
despiques = Pedir explicações pessoalmente
Tirou a
sortes = Mancebo que foi à inspecção militar
Tomara que =
Quem me dera que
Travaram-se
de razões = Discutiram
U
Uma data
deles/Uma carrada deles = Muitos
V
Vai à roda
de = Vai à volta de
Vai badamerda
= Vai à merda
Vai de rojo
= Vai de rasto
Vai de
atravesso = vai de lado/pingado
Vai gaspiado
= Vai com muita pressa
Vai levar
nas nalgas, anilha, pêda, cu = Agressão verbal a alguém
Vou-me
assacudindo = Vou-me embora
Veia da
urina = Uretra
Vento suão =
Vento do Sul
Verter águas
= urinar
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