sexta-feira, julho 31, 2009

Crónicas de José Sarney

Segundas e Sextas-Feiras são os meus dias de folga na actividade profissional e, por isso, é quando mais me dedico ao meu singelo blogue mesmo sabendo, de ante mão, que nada mudará no Mundo...
Mesmo sabendo que só uns poucos passam os olhos pelas minhas crónicas, escrevo porque nisso sinto prazer e é uma forma de desabafo que em muito me alivía e, no frigir dos ovos reconheço que não o faço para as paredes.
Às vezes escrevo sobre assuntos sem que a respeito dos mesmos tenha total e sólido conhecimento, mas isso flui mais como uma opinião que, afinal, pode ser ou não contestada. Nesse rumo algumas vezes fui tentado a formular uma pergunta: porque um jornal paga pelas crónicas que a maioria dos seus leitores ignora e, mais, quando escritas por alguém que a sociedade abomina?
Como nunca tive a certeza se esse espaço do jornal é remunerado ou não, contive-me. Mas pergunto: as crónicas que normalmente José Sarney escreve no jornal Folha de S. Paulo são remuneradas? é um bico além das funções de senador?
Se se trata de uma participação remunerada, entendo que o jornal já deveria ter, há muito tempo, cortado essa despesa na sua folha de pagamentos. Se é uma participação gratuita, em nada contribui para a valorização do conteúdo daquele veículo informativo. E aqui não se trata de classsificar o jornal como um espaço democrático, pois isso é outra questão. Resumindo, o certo seria um "Fóra Sarney!", grito que já ecôa por este país afóra.
Sou leitor do jornal em questão há 37 anos. Há quanto tempo José Sarney escreve no mesmo eu não sei. Sei que nunca li mais do que o primeiro parágrafo, além do título, de algumas das suas crónicas semanais, o suficiente para ter uma ideia de que a coisa não tinha interesse. Não tanto por não ir com a cara do sujeito, pois isso já seria preconceito.
Hoje quebrei essa regra. E porquê? --- porque o título "O fim dos direitos individuais" era sugestivo e inteirei-me que, finalmente, a coluna estava sendo usada em sua defesa pessoal num momento já tão conturbado da sua situação de morto-vivo, na qual até o Presidente da República acaba de tirar-lhe o seu desastrado apoio.
Depois de tanto tempo colocando ali as suas opiniões sobre assuntos irrelevantes em relação à actualidade, porque só agora usou o espaço para escrever a certa altura "Como julgar uma democracia em que não se tem lei de responsabilidade da mídia nem direito de resposta....." e outros absurdos que tais? Hoje eu li. Mas não vou ler mais nada do que se vier a publicar, porque é tempo perdido.

1 comentário:

dor@ disse...

Este Zé Sarnento me dá náuseas só de ver...quanto mais ler....
Como conseguistes?????
Já te dei uma medalha.
Vou te dar o troféu...Mereces.