domingo, julho 26, 2009

EMBRAER alentejana

Hoje, finalmente, é lançada a primeira pedra no local onde serão construídas as duas fábricas da Embraer em Évora. A coisa já estava demorando muito a acontecer, o que nos chegou a deixar um tanto ou quanto céticos quanto à realidade do empreendimento.
Serão 570 postos de trabalho directos e mais de mil indirectos previstos pela empresa aeronáutica brasileira, um autêntico combate ao desemprego na região (4,7% da população). Apesar de vir a atender um grande número, do universo em que se englobam todos os que não encontram condições para fixação na região, não deixa de ser uma brisa agradável. A maior dificuldade é a falta de formação específica em aeronáutica por parte dos candidatos, mas isso será solucionado gradativamente. E não se enganem, pois um alentejano tranquilo pode, de repente, voar...

O investimento inicial está orçado em 148 milhões de euros, e as fábricas serão construídas em 40 dos 107 hectares do parque aeronáutico junto ao aeródromo de Évora. Uma será destinada à produção de estruturas metálicas (asas) e outra à produção de materiais compósitos (caudas). Inicialmente, as unidades serão dedicadas ao apoio logístico de jactos executivos construídos pela Embraer.

Como alentejano, filho adoptivo eborense e brasileiro ao mesmo tempo, manifesto uma satisfação muito especial perante o acontecimento. Comi o pão que o diabo amassou nos tempos da minha juventude vivida na região, bem como a maioria dos jóvens do meu tempo. O cenário não teve alterações profundas até hoje, mas talvez isto seja um sinal de novos tempos e que outros grandes empreendedores lancem o seu olhar para a planície alentejana. Os alentejanos corresponderão com a sua natural grandeza.

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