quinta-feira, setembro 17, 2009

Socialização


Ando atravessando uma fase muito agitada e, por isso, a minha língua (ou os dedos, neste caso em que escrevo) solta-se bem afiada, usando o termo do meu amigo Schmitd. Assim, quero dizer que estou de saco cheio com o monte de discussões que se entabulam por aí, no que concerne às tais cotas para ingresso na Universidade.


Não concordo e jamais concordei com essa política das cotas, pois acho, como muitos, que isso é pura aceitação das diferenças que, simplesmente, deveríamos apagar. Se hoje se reservam cotas para negros, amanhã pode inverter-se o plano e passam-se a reservar para brancos...

A verdade é que todos somos iguais e nem essa afirmação deveria constituir um artigo da Constituição, pois só serve, como outros, para a transformar num calhamaço. E, se todos somos iguais como figuras, reconhecendo as diferenças interiores, principalmente no intelecto --- e isso assenta em qualquer cor ou traços de cada um ---, deixemos que tudo flua naturalmente e sem artifícios.

Reconheço que alguns mais priviligiados tenham acesso a melhores estudos, pois podem pagar para frequentar instituições particulares. E é aí que está o âmago da questão. A educação e a saúde, em qualquer lugar do Mundo, teríam que ser estatizadas e o resto é balela.

Sendo a educação e a saúde bancadas pelo Estado, com todos igualmente usufruindo os serviços, não há privilégios para ninguém e, como dizia o outro, quem tiver unhas é que tocará viola, seja de que côr fôr... Até mesmo aqueles que elaboram as leis e governam teríam que se preocupar com a manutenção impecável das instituições, pois eles próprios e seus familiares seríam utentes sem escolha.


Em qualquer das doutrinas existem coisas boas e ruins. Em vez da eterna guerra e repúdio entre elas, que se peneirem as virtudes de cada uma para serem utilizadas no bem comum.

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