Muito já se escreveu na Imprensa e nas páginas sociais da internet sobre José Hermano Saraiva, falecido ontem na cidade de Setúbal em Portugal. Pouco ou mesmo nadinha de nada tenho a acrescentar, pois não era figura de minha admiração.
Residia em Setúbal, não sei porquê, pois melhor se sentiria em Santa Comba Dão. Ali sim, estaria junto a seu amado Salazar.
Jamais me interessei pelas suas dissertações sobre a História de Portugal. Reconheço, porém, que era conhecido pela maioria dos portugueses nesse campo no enorme espaço que a televisão lhe oferecia.
Nos anos em que foi Ministro da Educação, eu estava em Timor. Lá, o contacto com o Mundo era muito restrito e notícias sobre as grandes manifestações estudantis em Coimbra de 1968 jamais lá chegaram...
Marcelo Caetano tinha, algumas vezes, lampejos de lucidez e, num desses foi coerente em substituir José Hermano por Veiga Beirão no Ministério. Só não deveria ter-lhe arrumado o tacho de embaixador no Brasil.
Na minha penúltima estadia em Portugal, fui almoçar com o meu filho Gustavo num restaurante em Belém, parede-meias com a célebre pastelaria que confecciona os famosos e tradicionais pasteis de nata. Coincidiu que José Hermano Saraiva se veio a sentar a uma mesa em frente da nossa e, como é mania de muitas celebridades, ficou olhando a ver se alguém lhe dirigia alguma vénia ou cumprimento...
Disfarçadamente, comentei com o meu filho sobre a pessoa, mas ele não tinha ideia, pois quando vivera em Portugal era ainda muito pequeno.
Como Alentejano que sou e com muito orgulho, ràpidamente apaguei essa passagem e me interessei em pleno pelo bacalhau que nos começara a ser servido.
Que o bacalhau seja eterno enquanto dure!...
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