sábado, fevereiro 24, 2007

NOTÍCIAS DE TIMOR

Missão: Reforço do Subagrupamento Bravo Mais 60 militares da GNR estão a caminho de Timor O aumento da presença de militares da GNR em Timor, actualmente de 143 homens, foi admitido ontem pelo Ministério da Administração Interna. Para o titular da pasta, António Costa, há a possibilidade de destacar mais dois pelotões (60 militares), mas é necessário regular uma série de questões com a ONU.“Primeiro é necessário que as Nações Unidas assinem com Portugal o acordo de integração das nossas forças na missão das Nações Unidas, que tem estado a decorrer sem acordo. Depois é preciso que as condições materiais necessárias possam ser garantidas para que a missão se concretize”, disse António Costa.Um ponto sensível é a questão dos custos, dado que cabe à ONU pagar 60 por cento das despesas da participação da GNR nesta missão internacional, o que não está a ser cumprido. O ministro da Administração Interna afirmou que o actual contingente irá cumprir a missão até Junho, mas sublinhou que para o reforçar é fundamental que a ONU “também complete todos os arranjos administrativos”. A missão de Portugal em Timor implica “aumento de pessoal, reforço de equipamento e maior despesa”, sustentou. Ora, sem o acordo da ONU, têm sido Portugal e o Estado de Timor-Leste a pagar a factura. “É necessário que as Nações Unidas concretizem rapidamente a sua parte do acordo”, porque “Portugal e Timor têm cumprido”, afirmou António Costa. “Uma coisa é estarmos disponíveis, outra é haver acordo para o envio dessas forças”, concluiu. TIROTEIO EM DÍLI FAZ UM MORTOUm timorense foi morto e dois outros ficaram gravemente feridos num incidente, ontem de manhã, com as Forças de Estabilização Internacional (ISF), no aeroporto de Díli. Numa curta declaração feita à imprensa junto ao local do acontecimento, um porta-voz das ISF declarou que o incidente ocorreu quando um soldado das ISF “respondeu disparando” a um ataque. “As ISF darão cooperação total à polícia das Nações Unidas durante as investigações do incidente”, refere a declaração. O tiroteio aconteceu horas depois de o Conselho de Segurança ter aprovado o reforço e prolongamento por um ano da Missão Internacional de Paz e de Ramos-Horta anunciar que vai candidatar-se à presidência da República, contando com o apoio do actual chefe de Estado, Xanana Gusmão. O actual primeiro-ministro diz que só tomou a decisão depois de lhe ter sido manifestado apoio de diferentes sectores da sociedade timorense. In "Correio da Manhã" ed. 24-02-2007

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