segunda-feira, novembro 23, 2009

Pura sacanagem

Assim que ouviu a palavra ‘inocente’, Jorge Teixeira ficou em lágrimas. Um júri tinha acabado de determinar que o empregado do paquete de luxo ‘Coral Princess’, de 39 anos, casado, pai de duas crianças, não era culpado da alegada violação de uma passageira – que se queixava de ter sido forçada a praticar sexo oral ao homem. Respondia a sete acusações e arriscava prisão perpétua.
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Lembro-me perfeitamente do dia em que surgiram as notícias sobre a prisão desse patrício. Na época já tive reservas sobre a acusação em si, se bem que achei muito normal a prática do acto, coisa banal nesses cruzeiros marítimos. Não estou afirmando que o chupa-chupa tenha acontecido. E, se aconteceu, deveu-se às fraquezas da carne de ambos os lados…

Já passei muito tempo no mar e conheço bem muito do que se passa nesses cruzeiros… O ambiente é propício e muito fàcilmente baixa aquele clima, aquela química. Muitas vezes até acontecem aquelas corneações de tempo curto debaixo do nariz de maridos ou esposas mais distraídos ou muito ocupados na mesa de jogo, enfim…
Lembro-me dum mito na minha juventude quando se dizia que, na passagem da linha do Equador, as mulheres ficavam fogosas…
Uma acusação como a que recaíu nesse português, jamais seria levada tão a sério num país latino. E talvez nem tivesse acontecido num latino ou mesmo nórdico europeu. Na terra do Tio Sam essas coisas são diferentes e acontecem num simples farejar de dinheiro fácil e sob ética artificial incrustada na cultura anglo-saxónica.

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