quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Díli, o Cão

Muitos de vocês á ouviram falar do meu cão por um ou outro motivo, mas sem muita importância. É um Dálmata muito bonito, de pintas pretas e muito bem distribuídas. Perfeitamente dentro dos requisitos que lhe conferem aprovação na raça quanto ao visual. No que respeita a postura, aí já a porca torce o rabo, pois é impossível adestrá-lo ao ponto de obedecer e caminhar civilizadamente junto com o dono. Atrevo-me a afirmar estas coisas porque montei um canil em 1976 --- Canil Carcavelos --- e por muitos anos só criei essa raça. Tenho muita experiência em Dálmatas.
Às vezes, achando que essa experiência me dá todo o conhecimento, chego à conclusão que na vida jamais chegamos a essa perfeição no que quer que seja.
Díli, assim se chama o meu cão, é senhor absoluto do quintal de minha casa. Antigamente não tanto, pois dividia o espaço com os falecidos Madona, Takinho e Marafisa; uma cadela e casal de gatos. Convivência perfeita e respeito mútuo.
Na situação actual eu estava crente que conhecia os porquês de todas as manifestações do Díli, principalmente quando os gatos vadios o aporrinham do telhado do rancho.
O vizinho do lado já me havia confidenciado que estava numa boa com uma viúva que conhecera e que talvez esta viesse a ocupar o lugar vazio de sua última companheira que o abandonara. Coisas do coração e da tesão… Esse dia chegou, pois vi grande movimentação de mudança e, também, o aumento da vizinhança, pois a nova companheira do meu vizinho trouxe na trouxa os filhos grandes…
E notei que o Díli estava desesperado de um lado para o outro do quintal e com várias ameaças de pular o muro para o lado do vizinho. Cheguei a encontrá-lo escarranchado de peito e patas dianteiras, tendo corrido até lá para o retirar e acalmar. Senti haver uma certa preocupação do lado de lá e conversei com o vizinho garantindo-he que tudo não era mais que o facto de ter pessoas novas e que não passaria daquele dia.
Ontem, porém, tive a oportunidade de verificar que o novo pessoal da casa trouxe consigo um gato. Não deu para ver se um gato ou uma gata. Sei só que é um belo animal. Foi aí que compreendi todo o comportamento atípico do Díli. E se realmente é gata, as coisas complicar-se-ão porque ele é capaz de querer quebrar o cabaço nela e destroncá-la depois…

1 comentário:

dor@ disse...

O Dili não é o aquele cachorro tarado do vídeo que te enviei, é?
Aquele, da galinha...
Talvez numa versão ampliada?
Estou sentindo "um cheiro de confusão no ar..."
Segura o tchan do cão, home!!