segunda-feira, maio 31, 2010

Tabaco

Hoje comemora-se em todo o Mundo o denominado "Dia Mundial Sem Tabaco".
Estou ciente que a maioria dos fumantes não faz nada do sugerido para registar esta data, que seria passá-la sem fumar. A par disso, muitos há também que nem da mesma têm conhecimento...
Não vou aqui escrever sobre proibições aos fumantes e facilidades das vendas e mais o que quer que seja a respeito, pois muita tinta já correu sobre tudo isso. Prefiro dar aqui um testemunho do meu caso pessoal, pois penso ser assim a melhor maneira de me enquadrar na comemoração da data.
Comecei a fumar aos 9 anos de idade. Ainda me lembro desse primeiro dia, do local e da marca desse primeiro cigarro que coloquei na bôca. Só não me lembro dos companheiros da minha idade que embarcaram nessa aventura e daqueles um pouco mais velhos que nos forçaram a tal. Mas era assim que funcionava, com os mais velhos a incentivar os menores alertando-os ser coisa de homem.
Tendo deixado de fumar há quase 4 meses por uma decisão repentina, contabilizei 56 anos como fumante. Sempre fumei uma carteira de cigarros (20) por dia mas, nos últimos dois anos passei a fumar três por causa do tempo dedicado à leitura e ao computador; acendia um no outro...
Claro que tentei muitas vezes parar de fumar sem conseguir. Sei que isso acontece com muita gente. Porém, indubitàvelmente o fulcro dessa alavancagem decisiva está no psico e uma luz de alerta será a potência que irá vencer a resistência.
Nesse contexto figurado das máquinas simples que propuz na exemplificação, simples foi também o meu motivo da tomada de decisão: um mau estar súbito que vim a associar a outros factores como o cansaço constante, hipertensão e perda óssea bocal. Nesse momento pensei e decidi que jamais colocaria um cigarro na boca.
Sei que só a decisão não dá consistência ao acto e, assim, deitei mão de um artifício que viesse a suprir a falta do tabaco e amainasse todos os efeitos da síndrome da abstinência. Comia 3 castanhas do Pará a cada acometida. Agora, explicar o que a castanha do Pará tem a ver com isso, já é algo que foge da minha competência. Sei que comi castanha até quase enjoar e tenho plena consciência que me ajudou. Você, fumante, poderá tentar também...


















1 comentário:

dor@ disse...

Belezaaaaaaaaaaa!!!
Gostei da decisão, gostei da atitude.
Sabia, porque me contastes, mas ainda tinha alguma duvida e não ousava perguntar.Afinal, era decisão tua, e eu não ia ser a chata que fica pegando no pé.
Mas ao ler esta crônica fiquei feliz por ti.Sei da dificuldade, porque sou ex-fumante.
Mas vais vencer a luta, ou melhor, já vencestes.
E continua comendo as castanhas, são muito, muito mais saudáveis!!
E parabens...eu sempre achei que parar de fumar é como ganhar medalha em olimpíada.
Não é?