Um destes dias visualizei uma foto no Facebook com a legenda "Parque da Ponte -- Braga". E como nós nos lembramos com mais facilidade de detalhes de há 50 anos atrás do que outros de ontem, logo achei que aquele lugar me era muito familiar. E nem foi necessário pensar muito a respeito, pois logo me lembrei que ali estivera com uma "namoradinha" lá no começo dos anos 60. Ali mesmo numa daquelas pontes.


Apesar de eu gostar de futebol, a finalidade dessa minha participação na excursão era a de me encontrar com aquela rapariguinha que morava e estudava em Braga e com a qual eu me correspondia. Iriamos conhecermo-nos pessoalmente e, a partir daí, talvez as coisas ficassem mais sérias...
O seu nome era Maria de Lurdes Pinto e estava hospedada numa casa de freiras na Rua do Carvalhal. Isto eu tirei agora da memória que é muito boa para esta coisa de nomes...
Eu era tímido a dar com um pau e ainda hoje eu não sei onde consegui arrumar coragem para enfrentar a situação. Mas lá fui...

Já depois de ter regressado a Évora, escrevi-lhe uma carta em resposta a outra que recebera. Sei que um dos assuntos abordados era religião e confessei-lhe que a tal era avesso e, ainda por cima, com a veia pulsando a rebeldia da década. Nunca mais dela obtive notícias!
Depois de tudo isto já estive em Braga algumas vezes e a última foi no passado Novembro. O clima continúa o mesmo: muito padre, muita freira. Mas a cidade é bonita.