Não foi exatamente tranqüilo o início do vôo 455 da Air France que na terça-feira passada decolou de São Paulo para Paris. A responsável pela trepidação foi Marta Suplicy, que ia para a China, com escala em Paris. Ao embarcar, o casal Marta e Luis Favre relaxou e decidiu não passar pela revista de bagagem de mão feita por raios X. Os Favre furaram a fila da Polícia Federal. Vários passageiros se revoltaram. Marta respondeu que, no Brasil, para as autoridades não valem as exigências que recaem sobre os brasileiros comuns. Os passageiros não relaxaram com a explicação. Continuaram a reclamar, mesmo com todos já embarcados. Deu-se, então, o inusitado: o comandante do Boeing 777 saiu do avião, chamou a segurança e disse que não decolaria até que todos os passageiros passassem suas bagagens de mão pelo raio X. Marta Suplicy deixou seu assento na primeira classe (Favre estava na executiva) e dignou-se fazer o que o comandante pediu. Nesse instante, os passageiros "relaxaram e gozaram".
O texto acima foi publicado na edição 2053 da revista "Veja" e, por conseguinte, o grande eleitorado que insiste em votar nessas "figurinhas carimbadas" não teve conhecimento do acontecido, tanto mais porque não se publicou nada em meios mais populares. A verdade é que mesmo que esses episódios cheguem ao conhecimento geral, esse povão não dá a mínima importância, preocupando-se mais com as "esmolas" governamentais travestidas em subsídios e bolsas. Até quando?
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