segunda-feira, agosto 31, 2009

Emigrantes

Há vinte anos atrás, decepcionado por muitas situações no Brasil, regressei a Portugal com armas e bagagens e com a firme convicção de lá ficar definitivamente. Acabava por ficar junto com as duas famílias que havia formado e esse seria o principal ponto de satisfação. Terminava um longo período de imigração no Brasil e no peito deixariam de se manifestar as constantes palpitações da saudade. Naturalmente que, apesar dos pesares, iria ter muitas boas recordações do Brasil. Acabei por ficar sòmente cinco anos, mas essa é outra história...
Emigração ou imigração, assim denominada dependendo do ponto da localização do personagem é sempre uma grande empreitada e, por vezes, uma grande aventura. É uma decisão que requer exame muito apurado da situação sob a convicção de que não pode haver arrependimentos e que todos os desafios, obstáculos, reversões, etc., terão que ser enfrentados numa luta constante, com derrotas e vitórias, jamais a ser abandonada.
Quando no país que nos acolhe se conta com algum apoio, e esse foi o meu caso, as coisas correm de maneira muito mais tranquila. Todavia, não se pode interpretar isso como uma âncora lançada no porto e deve pensar-se em continuar a navegação de encontro ao destino traçado.
Mas, porque razão eu estou entrando neste tema das migrações e, principalmente, dando-lhe uma pincelada pessoal!? --- Exactamente por saber que essas situações e decisões não se enquadram a todas as pessoas e a todas as idades e ser essa a minha grande preocupação nestas últimas semanas.
Durante os cinco anos que vivi em Portugal, quando daquele meu regresso, muita coisa estranhei mercê de mudanças havidas e a muitas situações me adaptei; a outras não. Uma dessas que jamais digeri, foi a constatação de que alguns dos meus velhos amigos, com ou sem nova família formada, colocavam os seus pais em lares ou asilos. Isso me iompressionava muito e via ali um tipo de decisão que jamais conseguiria tomar; faria todos os sacrifícios (não é bem o termo) para sempre ter junto a mim o meu pai ou a minha mãe. Meu pai já havia falecido anos atrás, mas minha mãe ainda era e é viva; e mesmo naquele tempo ainda me ajudava, em todos os sentidos.
Reconheço que os tempos são outros; a nossa vida corre vertiginosamente e nós embrulhamo-nos nesse ritmo esbaforido. Maridos e mulheres trabalham fóra dos seus lares e nem sempre os netos daqueles, considerados por alguns de fardos, se importam. Mas, e há sempre um "mas", acredito que o buraco é mais em baixo e preocupo-me e muito com esse tipo de situação.
Aqui estou muito longe de minha mãe e não a vejo, a não ser pela internet, há oito anos. Também é verdade que, a partir do momento em que eu e meu irmão fômos servir as forças armadas, nos idos de 1967, ela sempre viveu só na sua humilde casinha; são 42 anos de solidão e muito marcada pela morte de meu irmão. Não uma solidão absoluta enquanto visitava ou era visitada pelos seus irmãos, meus tios, até que estes também partiram para outra dimensão. Também, enquanto os seus netos conviviam de perto, antes que cada um tomasse o seu rumo.
Mamãe avançou na casa dos oitenta e, naturalmente, deixou de ser tão forte; deixou de lutar. Abandonou a sua casa e foi viver com uma amiga, esta também carente de companhia. Uma acabou por constituir um problema para a outra... Não podia continuar assim; era uma situação inviável. Foi quando a sua ex nora (minha ex mulher) lhe deu guarida na sua casa, não sem ter limitações para uma companhia constante, pois que também tem a sua vida profissional. Inescapáveis as situações de acidentes que costumam ocorrer com as pessoas idosas. E ocorreram alguns.
Chegámos, então, ao cerne da questão: ir ou não ir para um lar ou asilo? Sei que tal nunca lhe foi imposto, mas ela própria se mostrou disposta. O grande problema, é que os asilos gratuitos ou dentro das possibilidades, têm grandes filas de espera, além de que, para num deles ingressar um dia, terá que frequentar um lar-de-dia para ir sendo avaliada. Esse primeiro passo foi dado, mas já se mostra descontente e inadaptada às regras, algo que eu, conhecendo-a como conheço, sabia que aconteceria. Todavia, resolvi não meter a colher nessa sôpa.
Mamãe já providenciou fotos recentes para revalidar o seu passaporte. Anda com algumas hesitações, mas dispõe-se a passar algum tempo comigo aqui no Brasil --- quem sabe, até, ficar aqui definitivamente. Para mim, sinceramente, seria maravilhoso. Viveria aqui com os outros netos e bisnetos e teria assistência constante. Seria uma simples troca de lugar em relação aos descendentes, mas algo mais com o reforço da minha presença, o que poria um ponto final ao que deveras podemos chamar de quarentena. Mas eu sei que a nova emigrante jamais se adaptará ao novo meio e logo vai querer regressar. Aquele cantinho do Alentejo nunca poderá ser trocado por qualquer outro torrão. Ela não terá a mesma força interior para aguentar essa separação definitiva. E, sendo assim, o que fazer? Eis aqui o grande entrave que os emigrantes, como eu, jamais enfrentámos ou que, por decisão própria ultrapassámos.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Chicletes

Muita coisa existe e que vai na contramão do razoável. Por ser um vício, assim continúa. Refiro-me específicamente ao caso do jogador de futebol Aloísio, atleta do Vasco da Gama. Após choque com um adversário, desmaiou. E, porque estava mascando chiclete, este obstruiu-lhe a passagem de ar ao engasgá-lo.
Curioso o conselho do seu técnico ao sugerir-lhe que mascasse chiclete no decorrer da partida, para compensar as dificuldades que o ar seco da região lhe traziam. Afinal, todos sabemos ou deveríamos saber que o uso de chicletes, balas, aneis e colares podem ocasionar acidentes gravíssimos.
Nunca fui adepto de pastilhas elásticas e até prefiro usar este termo ao invés de chiclete, pois este último é um aportuguesamento de marca famosa dos mesmo. Até uma mulher bonita e gostosa perde, para mim, todo o seu encanto ao mascar e fazer aquelas bolas estaladiças e nojentas.
Porque existem essas porcarias e há propagandas para as mesmas, que tal atrelar às mesmas um aviso sobre os perigos e malefícios, do mesmo modo que se faz com os cigarros!? A divulgação maciça deste acidente com Aloísio a ilustrar ums série de avisos, principalmente às crianças, seria de boa política e cidadania.

sexta-feira, agosto 21, 2009

O Senador

Senador Aloízio Marcadante: Não precisava aparecer na tv para, num gesto ridículo, explicar o inexplicável. Não é mais revolta e sim pena de V. Exa. que nós passamos a sentir.

Escarros

Agência Estado - No mesmo dia em que o senador José Sarney (PMDB-AP) foi absolvido pelo Conselho de Ética, aliados e parentes do presidente do Senado nomeados por atos secretos foram oficialmente anistiados e continuarão empregados na Casa.
____________________________________________________________________ Depois que eu soube disso, não houve impacto. Mas que eu escarrei para o lado, escarrei!

quinta-feira, agosto 20, 2009

Bundas


Estas são mulheres famosas com bundas verdadeiramente maravilhosas.
Nenhum homem passa em branco sem dar uma olhadela e tecer algum comentário, mesmo que sussurrante...
Porém, sejamos realistas e atribuamos o valor máximo a quem merece e a tal faz jus. Como a Chiquinha:

Sonhos e realidades

Nunca fui homem de um emprego só, daqueles que começam a trabalhar num lugar, até como aprendizes, auxiliares, enfim, e lá se mantêm por vinte, trinta e até mais anos. Desde que comecei a trabalhar devidamente registrado, aos 14 anos de idade, posso contar uns dez. Deixei de ser empregado de outrém há trinta anos atrás. E essas mudanças de um para outro emprego, jamais foram por procura de melhores salários, pois em todos foi reconhecida a minha capacidade para os cargos que ocupei. As saídas sempre giravam em torno de discordâncias e incompatibilidades; eu jamais continuaria num lugar sabendo que muita coisa não estava certa --- pedia demissão ou era demitido. Saía de cabeça erguida em qualquer dos casos.
Marina Silva não fez a mesma coisa. Eu, no lugar dela, teria tirado o time de campo muito antes de ter sido demitida do cargo de ministra; logo que estouraram os primeiros escândalos do Partido.
Como o não fez e, a exemplo de outros que se dizem éticos e lá continuaram até agora, todos os resquícios de ética e moral fôram por água abaixo. Fôram, de algum modo, coniventes. A mesma coisa acontece no Senado: jamais um Senador teve o peito de abdicar do cargo e vir a público justificar a sua decisão como, por exemplo, sentir-se mal naquele mar de lama. Qualquer um dos que participaram deste ou de governos anteriores, jamais terá o meu voto. Sendo sempre coerente comigo mesmo, logo que se levantou fumaça no PT eu me abstive de votar nele e em qualquer outro Partido, pois aquele foi o único em que um dia acreditei. Alguns já me apontaram o dedo acusando-me que eu fôra um apoiante ferrenho e que agora sou do contra. Eles não sabem que o sonho comanda a vida e eu sou dos que sonham acordados...

segunda-feira, agosto 17, 2009

Traje gaúcho

Trajado a preceito, tradicionalista; só fatou a cuia e o chimarrão...

Imagens do Alentejo

Cata vento alentejano na cidade de Portalegre

Alentejo e Alentejanos


Palavra mágica que começa no Além e termina no Tejo, o rio da portucalidade. O rio que divide e une Portugal e que, à semelhança do Homem Português, fugiu de Espanha à procura do mar. O Alentejo molda o carácter de um homem. A solidão e a quietude da planície dão-lhe a espiritualidade, a tranquilidade e a paciência de monge; as amplitudes térmicas e a agressividade da charneca dão-lhe a resistência física, a rusticidade, a coragem e o temperamento do guerreiro. Não é alentejano quem quer. Ser alentejano não é um dote, é um dom. Não se nasce alentejano, é-se alentejano.
Portugal nasceu no Norte, mas foi no Alentejo que se fez Homem. Guimarães foi o berço da nacionalidade; Évora o berço do Império Português. Não foi por acaso que D. João II se teve que refugiar em Évora para descobrir o caminho marítimo para a Índia. No meio das montanhas e das serras, um homem tem as vistas curtas; só no coração doAlentejo um homem pode ver ao longe.
Foi preciso Bartolomeu Dias regressar ao reino, depois de dobrar o Cabo das Tormentas, sem conseguir chegar à Índia, para D. João II saber que só o costado de um alentejano conseguiria suportar o peso de um empreendimento daquele vulto. Aquilo que para um homem comum fica muito longe, para um alentejano fica já ali... Para um alentejano não há longe, não há distâncias, porque só ele percebe, infinitamente, que a vida não é uma corrida de resistência onde a tartaruga leva sempre a melhor sobre a lebre.
Foi por esta razão que o sucessor de D. João, D. Manuel I, decidiu entregar a chefia da armada a Vasco da Gama. Mais de dois anos no mar... E, quando regressou, ao ser inquirido se a Índia era longe, Vasco da Gama respondeu: "Não, é já ali.". O fim do mundo, afinal, ficava ao virar da esquina...
Para um alentejano, o caminho faz-se caminhando e só é longe o sítio onde não se chega sem parar de andar. Vasco da Gama limitou-se a continuar a andar de onde Bartolomeu Dias tinha parado. Um dos grandes problemas de Portugal é precisamente este: muios "Bartolomeu Dias" e poucos "Vasco da Gama". Demasiada gente que não consegue terminar o que começa, que desiste quando a glória está perto e o mais difícil já foi feito. Ou seja, muitos portugueses e poucos alentejanos.
D. Nuno Álvares Pereira, aliás, já tinha percebido isso. Caso contrário, não teria partido tão confiante para Aljubarrota. D. Nuno sabia bem que uma batalha não se decide pela quantidade, mas pela qualidade dos combatentes. É certo que o rei de Castela contava com um poderoso exército composto por espanhois e portugueses, mas o Mestre de Avis tinha a vantagem de contar com meia dúzia de alentejanos nas suas fileiras. Não se estranhe, assim, a resposta dele aos seus irmãos quando o tentaram convencer a mudar de campo argumentando da desproporção numérica: "Vocês são muitos? O que é que isso interessa se os alentejanos estão do nosso lado?!".
Mas o alentejanos não servem só as grandes causas, nem servem só para as grandes guerras. Não há como um alentejano para disfrutar plenamente dos mais simples prazeres da vida. Por isso, se diz que Deus fez a mulher para ser a companheira do homem. Mas, depois, teve que fazer os alentejanos para que as mulheres também tivessem algum prazer. Na cama e na mesa, um alentejano nunca tem pressa. Daí a resposta de Eva a Adão quando este, intrigado, lhe perguntou o que é que o alentejano tinha que ele não: "Têm tempo e tu tens pressa.". Quem anda a correr, não chega a lugar algum. E muito menos ao coração de uma mulher. Andar a correr é algo que os alentejanos não fazem. Até porque o Alentejo e os alentejanos fôram feitos no sétimo dia, precisamente aquele que Deus tirou para descansar.
Até nas anedotas os alentejanos revelam a sua diferença humana e intelectual. Os brancos contam anedotas dos pretos; os brasileiros dos portugueses; os franceses dos argelinos... Só os alentejanos as inventam e contam sobre si próprios. E divertem-se imenso, ao mesmo tempo que servem de espelho a quem as ouve. Mas, para que uma pessoa se ria de si própria, não basta ser ridículo, pois ridículos somos todos nós; é necessário ter senso de humor e só isso é um extra disponível nos seres humanos topo de gama.
Não se confunda, no entanto, senso de humor com alarvice. O senso de humor é um dom da inteligência; a alarvice é um tique de gente bronca e mesquinha. Enquanto o alarve se diverte com as desgraças alheias, quem tem senso de humor ri-se de si próprio. Não há honra maior do que ser objecto de uma boa gargalhada. O sentido de humor humaniza as pessoas, enquanto a alarvice as diminui. Se Hitler e Staline se rissem de si próprios, nunca teriam sido as bestas que foram. E as anedotas alentejanas são autênticas pérolas de humor: curtas, incisivas, inteligentes e desconcertantes, revelam um sentido de observação, um sentido crítico e um poder de síntese notáveis.
Como bom alentejano que me prezo de ser, deixei o melhor para o final.
O Alentejo, como todos sabemos, é o único sítio do mundo onde não é castigo uma pessoa ficar a pão e água. A água é aquilo por que todo o alentejano anseia. E o pão... Mas há melhor iguaria do que o pão alentejano? --- o pão alentejano come-se com tudo e com nada; é aperitivo, refeição e sobremesa. É o único pão do mundo que não tem pressa de ser comido... É tão bom no primeiro dia como no dia seguinte ou ao fim de uma semana. Só quem come o pão alentejano está habilitado para entender o mistério da fé. Comê-lo, faz-nos subir ao céu!... É por tudo isto que, sempre que passeio pela charneca numa noite quente de Verão, ou sinto no rosto o frio cortante das manhãs de Inverno, dou graças a Deus por ser alentejano. Que maior bênção um homem poderia almejar?
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Adaptação de um texto de Carlos Barreto

sexta-feira, agosto 14, 2009

Mensagem aberta

Exmo. Senhor Ministro da Saúde
Peço-lhe encarecidamente que não libere o lote de vacinas para a gripe aos parlamentares. Eles devem enfrentar a fila como nós; afinal, eles são os nossos representantes.

quinta-feira, agosto 13, 2009

Fumantes e não fumantes

Acabei de vir do barzinho que fica numa quadra aqui pertinho de casa. Sempre que vou na lotérica fazer a minha fezinha, acabo por me enroscar ali mesmo, pois nada mais me enrosca...
O dito barzinho até que é aconchegante, apesar das suas curtas dimensões. Porém, como sou fumante inveterado, puxei uma mesa e uma cadeira para a calçada e ali fui manuseando a garrafa da minha loira gelada. Tem veados de fiscais por todo o lado e, assim, nunca se sabe.
Não tardou muito tempo e o bar ficou vazio. Todos me imitaram, fumantes e não fumantes, e a calçada acabou por ficar super animada, enquanto o interior ficou às moscas. Não sei, não; acredito que em muitos outros lugares vai acontecer a mesma coisa. Então, vai aqui o meu alô para o Governador: essa lei anti-fumo foi escrita de maneira precipitada. Sente-se essa patota numa mesa e decidam que cada bar coloque uma placa verde assinalando "Livre para fumantes" e uma vermelha "Restrito a não fumantes". Depois me contem o que acontece...

terça-feira, agosto 11, 2009

Dia do Pendura

No dia 11 de agosto comemoramos a fundação dos Cursos Jurídicos no Brasil, criados por ato do Imperador Dom Pedro I, que estabeleceu:

"Dom Pedro Primeiro, por graça de Deus e unânime aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.

Fazemos saber a todos os nossos súditos que a Assembléia Geral Decretou e nós queremos a lei seguinte:

Art. 1º - Crear-se-hão dous cursos de Ciências Jurídicas e Sociais, um na cidade de São Paulo e outro na de Olinda e neles no espaço de cinco anos e em nove Cadeiras, se ensinarão as matérias seguintes [...]

Dada no Palácio do Rio de Janeiro aos onze dias do mês de agosto de mil oitocentos e vinte e sete, Sexto da Independência.

(a) Imperador Pedro Primeiro".

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A partir dessa data foram abertas as portas para que os brasileiros pudessem estudar ciências jurídicas e sociais em sua terra natal. Assim, o dia 11 de agosto tornou-se a data mais significativa para o contexto jurídico brasileiro, sempre comemorada, perpetuando a tradição do pendura entre os acadêmicos de Direito.

De origem não muito bem definida, conta-se que o pendura pode ter nascido de uma antiga prática dos proprietários que formulavam convites para que os acadêmicos, seus clientes, viessem brindar a fundação dos cursos jurídicos, no dia 11 de agosto, em seus restaurantes, oferecendo-lhes, gentilmente, refeição e bebida.

Com o passar dos tempos, os convites diminuíram e foram acabando, obrigando assim que os acadêmicos se auto-convidassem. Graças a essa iniciativa, a tradição foi mantida até nossos dias, consistindo em comer, beber e não pagar, solicitando que a conta seja "pendurada". Tudo isso, é claro, envolvido num imenso clima de festa.

Ritual

- O verdadeiro pendura, segundo a tradição, deve ser iniciado discretamente, com a entrada no restaurante, sem alarde, em pequenos grupos, para não chamar a atenção. As roupas devem ser compatíveis com o local escolhido.

Deve-se procurar uma mesa em local central, quanto mais visível melhor.

Prossegue-se, com bastante calma, observando-se cuidadosamente o cardápio, inclusive os preços, que sabe não irá desembolsar. O pedido deve ser normal, discreto, sem exageros, admitindo-se inclusive camarões e lagostas.

Quanto à bebida, os jovens devem ser comedidos, pois dela necessitam para aquecer suas cordas vocais, preparando-as para o discurso de agradecimento ao gentil convite da casa. Todavia, a bebida em demasia pode transformar o discurso e o pendura num desastre.

Ao final, quando satisfeitos, após evidentemente a inevitável sobremesa, pede-se a conta, lembrando-se de um detalhe que faz parte da tradição e não pode ser desrespeitado, que é o pagamento dos 10% da gorjeta do garçom.

Após isso, o líder e orador deverá levantar-se e começar a discursar, sempre saudando o estabelecimento e seu proprietário, agradecendo o convite e a hospitalidade, enaltecendo a data, os colegas, a faculdade de origem, o Direito e a Justiça, tudo isso, sob o estímulo dos aplausos e brindes dos demais colegas do grupo. Esse é o verdadeiro pendura, que pode ser aceito ou rejeitado.

Caso aceito, ficará um sabor de algo faltante! Agora, se rejeitado, deve partir dos estudantes de Direito a iniciativa de chamar a polícia e de preferência dirigindo-se todos à Delegacia mais próxima, o que lhes dará alguma vantagem pela neutralidade do terreno.

Variações

- Existem também outras modalidades do pendura, que são distorções da tradição, conhecidas pelas alcunhas "troglodita" e "diplomática".

A primeira, "troglodita", bastante primitiva, consiste em, após a refeição, sair correndo do restaurante, levando no peito tudo e todos que estiverem à sua frente, nivelando os estudantes ao "gatuno" que foge para não ser apanhado cometendo algo errado. Esta modalidade deve ser evitada, pois tal conduta poderá caracterizar o crime de dano, caso algo seja destruído.

Note-se que não há crime na tradição do pendura, pois o delito preconizado pelos pendureiros frustrados -- aqueles que sempre desejaram pendurar, sem coragem para tal -- confunde-se com o tipo penal no qual o sujeito realiza refeição sem que tenha condições para seu pagamento, caracterizando o crime.

No pendura, a refeição é realizada; todavia, o estudante deverá ter consigo dinheiro, cheque ou cartão de crédito; portanto, meios para pagar a refeição, descaracterizando o tipo penal e afastando o delito, de modo que, embora tenha condições para pagar, não o fará em respeito à tradição.

Na outra modalidade, "diplomática", mais pacífica, a diplomacia determina que os acadêmicos devam solicitar reservas, revelando o pendura e somente com a concordância do proprietário, fazem a refeição e saciam sua fome, mas não a tradição, posto que fica o estudante de direito nivelado ao que mendiga um prato de comida.

Todas as inovações devem ser evitadas, preservando-se a tradição do pendura, com o indispensável discurso, rememorando o papel daqueles moços que fizeram os caminhos de nosso País, estimulando assim o empenho destes outros moços, jovens, para que transformem os destinos da nação!

Prof. Luiz Flávio Borges D'Urso (in internet)

segunda-feira, agosto 10, 2009

Cigarros e bitucas

Por ser fumante há 55 anos, pois dei a primeira tragada aos 9 anos de idade, poderia estar aqui reclamando contra a nova lei anti-fumo em lugares fechados, em todo o Estado de São Paulo. Mas não. Não tenho esse direito e, além disso, os fumantes são minoria. Porém, já vou adiantando que essa lei é hipócrita.
Zero horas do pretérito dia 7 a lei estadual entrou em vigor e, creiam, um batalhão de fiscais da área da saúde e saneamento saíu do seu ninho para visitar bares e casas noturnas e aplicar a multa se fosse o caso.
Notamos que, enquanto se desenvolve todo esse zêlo, milhares de pacientes movimentam-se como baratas tontas nos corredores de hospitais e postos de saúde em busca de informações e orientação por causa de sintomas do que poderá ser gripe, e nada conseguem. Ora, temos aqui um direccionamento equivocado.
No quarto dia de vigor da nova lei, eis que se amontoam centenas de reclamações, principalmente por parte da vizinhança de bares e outros estabelecimentos, com respeito aos milhares de bitucas (em Portugal chamamos de beatas, mas não aquelas...) que os fumantes jogam nas calçadas.
Começou mais uma confusão e um problema! Vozes já se levantam denunciando que isso vai entupir os boeiros, que as mais de 4 mil substâncias químicas do cigarro e acumuladas nas bitucas, vão poluir os córregos, rios e o lençal freático. Será que antes da lei não era assim também?
A Prefeitura vem sugerir aos proprietários desses estabelecimentos que coloquem cinzeiros na parte externa. Deve saber, com toda a certeza, que eles não vão satisfazer essa exigência e nenhuma lei os obrigará. Será, então, a vez da própria edilidade abrir uma licitação ou até mesmo dispensá-la e partir de uma vez para a compra desses cinzeiros publicos. Alguém vai ganhar dinheiro em cima disso...
Meus senhores, já que estamos abordando um problema de drogas (o tabaco é uma) e de saúde pública, combata-se o mal na origem: proíba-se a venda de cigarros e, assim, abra-se mão dos impostos que o tabaco remete aos cofres públicos. Claro que não sou ingénuo ao ponto de acreditar que isso será uma realidade aqui e noutros países. Porém, deixem-se de hipocrisias.

Gripe (H1N1)

OFF: Prevenção caseira p/o H1N1

O anis estrelado, amplamente cultivado na China, é o extrato-base (75%), da produção do comprimido Tamiflu, da Roche (empresa do antigo Secretário de Defesa dos EUA Donald Runsfield).

Mas, como é um pouco difícil encontrar o anis estrelado aqui no Brasil, podemos usar o nosso anis mesmo – a erva-doce – pois esta erva possui as mesmas substâncias, ou seja, o mesmo princípio ativo do anis estrelado, e age como anti-inflamatória, sedativa da tosse, expectorante, digestiva, contra asma, diarréia, gases, cólicas, cãibras, náuseas, doenças da bexiga, gastrointestinais, etc...

Seu efeito é rápido no organismo e baixa um pouco a pressão, devendo ser feito o chá c/apenas uma colher de café das sementes para cada 200ml de água, administrado uma a duas vzs dia, de preferência após uma refeição em q se tenha ingerido sal.

Se vc está lendo, ajude a divulgar o uso da erva-doce como preventivo do H1N1, ou mesmo como remédio a ser tomado imediatamente após os 1ºs sintomas de gripe, pois seu princípio ativo poderá bloquear a reprodução do vírus e mesmo evitar seu maior contágio.

Porém, pouco ou nada adiantará utilizar a erva-doce após 36 horas do possível contágio pelo H1N1, pois a erva ñ terá mais força substancial p/bloquear a propagação do vírus no sistema respiratório.

Efeitos colaterais: pequena sonolência nas 2 primeiras horas - evitar dirigir e/ou operar máquinas.

Obs: - O uso da erva-doce é alternativo e poderá ser até eficaz, mas ñ substitui a assistência médica necessária; - Donald Runsfield compra 90% da produção mundial do anis estrelado da China, desde 1997, qdo surgiram os primeiros casos de gripe aviária H5N1 (uma das variáveis do H1N1)... seria por acaso???

sábado, agosto 08, 2009

Símbolos da Pedofilia

A ilustração acima mostra os símbolos usados pelos pedófilos para se identificarem. São sempre compostos pela união de dois semelhantes, um dentro do outro. A forma maior identifica o adulto e a menor a criança.
A diferença de tamanho entre as formas demonstra a preferência por crianças maiores ou menores. Homens são triângulos e mulheres corações. Os símbolos são encontrados em sites, moedas, joias (aneis, pingentes) entre outros objectos.
Os triângulos representam homens que adoram meninos (o detalhe cruel é o triângulo mais fino que representa homens que gostam de meninos bem pequenos). O coração são homens (ou mulheres) que gostam de meninas, e a borboleta são aqueles que gostam de ambos.
A ideia dos triângulos e corações concêntricos e a da figura maior envolvendo a menor, é uma genialidade prevertida de um conceito gráfico. Existe um requinte de crueldade, pois esses seres fazem questão de se exibir em código para outros. É um código gráfico ao serviço do mal.
Algumas pessoas usam esses adornos inocentemente, pois desconhecem o uso dessa simbologia. Devemos todos ficar atentos e, sendo caso para isso, denunciar.
Detalhes de relatório do FBI publicado na Imprensa

quinta-feira, agosto 06, 2009

terça-feira, agosto 04, 2009

Curiosidades

1 - Na época do descobrimento do Brasil as telhas eram feitas de barro e o molde eram as coxas dos escravos. Alguns tinham a coxa fina outros mais grossa então o telhado ficava disforme. Dai que surgiu a expressão "Fazer nas coxas"
2 - Na Itália o Antônio tinha uma padaria que não tinha muito movimento.
Ele usou a criatividade para aumentar as vendas e misturou na massa nozes e passas.Tamanho foi o sucesso que a receita viro Pan doToni ou Panetoni.
3 - Aos domingos os espanhóis iam caçar e cozinhavam para as mulheres.
Faziam arroz misturado com o fruto da caça que podia ser também pesca. O prato era feito para ellas ou melhor .... paella. (E não paeja!).
4 - Durante a Guerra de Secessão, quando as tropas voltavam para o quartel após uma batalha sem nenhuma baixa, escreviam numa placa imensa: "O Killed" (zero mortos). Dai surgiu a expressão O.K. para
indicar que tudo esta bem.
5 - Nos conventos, durante a leitura das Escrituras Sagradas, ao se referir a São José, diziam sempre "Pater Putatibus", abreviando em "P.P". Assim surgiu a idéia, nos países de colonização espanhola, de chamar os
Jose de Pepe.
6 - Cada rei no baralho representa um grande Rei/Imperador da historia: Espadas - Rei David (Israel) Paus: Alexandre Magno (Grecia/Macedonia) Copas : Carlos Magno (Franca)
Ouro: Júlio Cesar (Roma).
7 - Quando os conquistadores ingleses chegaram a Austrália, se assustaram ao ver uns estranhos animais que davam saltos incríveis. Imediatamente chamaram um nativo (os aborígines australianos eram extremamente pacíficos) e perguntaram qual o nome do bicho. O índio sempre repetia "Kan Ghu Ru", e portanto o adaptaram ao inglês, "kanguroo" (canguru). Depois, os lingüistas determinaram o significado, que era muito claro: os indígenas queriam dizer: "não te entendo".
8 - A parte do México conhecida como Yucatan vem da época da conquista, quando um espanhol perguntou a um indígena como eles chamavam esse lugar, o índio respondeu "Yucatan". Mas o espanhol não sabia que ele estava informando "não sou daqui".
9 - Antigamente, na Inglaterra, não se podia fazer sexo sem o consentimento do Rei (a não ser que se tratasse de um membro da família real). Quando queriam fazer amor, tinham que pedir para o monarca, que lhes entregava uma placa, que deviam colocar na frente da porta de seu quarto enquanto tivessem relações. A placa dizia Fornification Under Consent of the King". Essa e a origem da palavra inglesa "fuck".
10 - 16% das mulheres nascem loiras. 33% das mulheres são loiras.
11 - Você já viu o filme "De volta para o Futuro 2?" Se você viu, deve se lembrar que no Almanaque dos Recordes dizia que em 1997 o time da
Flórida ganharia o campeonato "World Series" em 1997. Na época em que o filme foi feito (nos anos 80), a Florida nem se quer tinha um time, mas no dia 26 de outubro de 1997 ela foi a campeã do World Series, exatamente como dizia o Almanaque.
12 - O Sol libera mais energia em um segundo do que tudo que a
humanidade já consumiu em toda a sua existência.
13 - Quando você for ao Mc Donalds, preste atenção na maneira com que os atendentes colocam a comida na sua bandeja: o "M" estará sempre virado para o seu lado.
15 - Napoleão Bonaparte calculou que as pedras usadas para a construção das pirâmides do Egito seriam suficientes para construir um enorme muro ao redor da França.
16 - 111,111,111 x 111,111,111 = 12,345,678,987,654,321
17 - A maneira mais fácil de diferenciar um animal carnívoro de um herbívoro e olhando nos seus olhos. Os carnívoros (cachorros, leões) possuem os olhos na parte da frente da cabeça, o que facilita a localização do alimento. Já os herbívoros (aves, coelhos) possuem os
olhos do lado da cabeça para perceber a aproximação de um possível predador
19 - Você pisca aproximadamente 25000 vezes por dia.
20 - Os CDs foram concebidos para comportar 72 minutos de música
porque essa e a duração da Nona Sinfonia de Bethoven.
21 - Está provado que o cigarro é a maior fonte de pesquisas e
estatísticas.
23 - O material mais resistente criado pela natureza e a teia de aranha.
24 - O nome HAL, do computador do filme "2001, uma odisséia no espaço" não foi escolhido a toa. Ele e formado pelas letras imediatamente anteriores a que formam a palavra IBM.
25 - O forno de microondas surgiu quando um pesquisador que estudava as microondas percebeu que elas haviam derretido o chocolate que estava em seu bolso.
26 - Astronautas não podem comer feijão antes de suas viagens, pois os gases podem danificar as roupas espaciais.
27 - Meninos com nomes estranhos geralmente tem mais problemas
mentais que as meninas.
30 - Antes da Segunda Guerra, a lista telefônica de Nova Yorque tinha 22 Hitlers. Depois dela, não tinha mais nenhum.
33 - A filha de Shakespeare era analfabeta.
34 - Antes de 1800, os sapatos para os pés direito e esquerdo eram
iguais.
35 - Quando cobras nascem com duas cabeças, as cabeças brigam entre si por comida.
36 - Einstein nunca foi um bom aluno, e nem sequer falava direito aos 9
anos. Seus pais achavam que ele era retardado.
37 - O Oceano Atlântico e mais salgado que o Pacifico.
38 - O elefante e o único animal com quatro joelhos.
39 - O nome original de Luke Skywalker era Luke Starkiller.
40 - Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo.
41 - A cada ano, 98% dos átomos do seu corpo são substituídos.
42 - Ovelhas não bebem água corrente.
43 - A Microsoft gasta mais atendendo ligações de usuários com
problemas que produzindo seus programas.
44 - Os americanos gastam mais com comida de cachorro que com comida de bebe.
45 - Seu cabelo cresce mais rápido à noite, e você perde em media 100
fios por dia.
46 - Os olhos de um hamster podem cair se você pendurá-lo de cabeça pra baixo.
47 - Rir durante o dia faz com que você durma melhor a noite.

Grilagem na Lua