Nestes assuntos de acionistas, capitalistas e outros istas mais, eu não costumo meter a minha colher. Não me dou bem e acho que não é a minha praia. Aliás, nem se trata de achar ou não achar e, sim, afirmar, que sou peixe fóra d’água nesse mar. A única vez que fui acionista de grande empresa, eles comiam-me os dividendos revertidos em taxas de custódia…
Independentemente do que insinuei e afirmei, não vou deixar de dar o meu palpite nessa mega operação da venda da participação na Vivo por parte da Portugal Telecom para a Telefonica. Os portugueses fôram vivos (desta vez) nessa parada.
Enquanto os espanhois de descabelavam perante as negativas portuguesas, estes fôram, por portas e travessas, negociando aberturas por parte do governo brasileiro e conseguiram adquirir 23% da “Oi”. --- Sabe-se que esta “Oi” anda conseguindo coisas quase impossíveis e há a perspectiva de um futuro promissor.
Todos nós sabemos, nós que moramos aqui no Brasil e os próprios espanhois na Espanha, que os serviços oferecidos pela Telefonica deixam muito a desejar. Não fôra o nível dos políticos que aqui temos e que são nomeados para cargos importantes, caso de Hélio Costa, ex ministro das Comunicações, essa empresa há muito já deveria ter perdido a concessão dos serviços para não mais prejudicar milhões de usuários de telefone e banda larga de internet.
Acredito que os meus conterrâneos sabiam destes detalhes e devem saber muito mais do que por aí vem. São espertos e fizeram um magnífico negócio.
Porém, aqueles acionistas da Vivo que estavam desesperados para que a PT vendesse a sua parte aos espanhois, sempre e só visando lucros e mais lucros, vão ter grandes surpresas no futuro. Lògicamente que sempre haverá alguns mais olho vivo que saiam da canoa antes dela começar a meter água e afundar.