quarta-feira, maio 23, 2012
segunda-feira, maio 21, 2012
Aparências
" Pocos ven lo que somos, pero todos ven lo que aparentamos"
Nicolás Maquiavelo.
" En lo que parecemos, todos tenemos un juez; en lo que somos, nadie nos juzga"
Johann Christoph Friedrich von Schiller.
Nicolás Maquiavelo.
" En lo que parecemos, todos tenemos un juez; en lo que somos, nadie nos juzga"
Johann Christoph Friedrich von Schiller.
domingo, maio 20, 2012
Pelotas
Quando cheguei ao Brasil nos idos de 1972, fui morar com os meus sogros na cidade de Rio Grande até que organizasse a minha vida.
Tomei conhecimento da história de alguns portugueses da região e conheci alguns pessoalmente, estes das relações do meu sogro que também era português.
Pelotas, a mais ou menos 50 km de Rio Grande, era ponto de passagem para Porto Alegre. Cidade interessante e de grande pêso na economia riograndense, graças às charqueadas e doceria, foi criada por portugueses. O nome do município, teve origem nas embarcações de varas de corticeira forradas de couro.
Conheci Pelotas por lá ter passado muitas vezes e ficaram na minha memória algumas cenas. Uma delas era o grande número de gaúchos vestidos a rigor nos seus trages tradicionais que embarcavam e desembarcavam na Rodoviária local. Achava aquilo muito interessante e até me reportava ao meu Alentejo onde, gradativamente, os trajes típicos foram ficando esquecidos. Tenho a opinião de que jamais devemos perder esses traços de cultura.
Voltando a Pelotas, sempre achei que aquela seria uma das cidades do futuro no Brasil. Passaram-se 22 anos desde a última vez que por lá passei. Agora lá voltei, neste pretérito Carnaval e fiquei com a impressão que a cidade ficou parada no tempo.
Na verdade, não saí da Rodoviária desta última vez, mas acredito que ela espelhe o que se passa no resto da cidade.
De Campinas a Porto Alegre fiz uma óptima viagem de avião. Do Aeroporto Salgado Filho já directamente embarquei no Metro de superfície que me deixou na Rodoviária. Aqui, a lista de horários de ônibus que eu copiara na Internet não coincidia com a realidade e, assim, tive que esperar 3 horas para pegar um que me levaria a Pelotas e ali outro para o Rio Grande.
Cheguei a Pelotas às 3 horas da madrugada sob um calor de 30 graus. Já imaginaram essa temperatura a uma hora daquelas? Fiquei grudado no guichê das passagens aguardando o funcionário para colher informações e comprar a passagem para a linha que mais me conviesse. Fiquei ali uns 10 minutos até que o dito cujo aparecesse. Ele estava entretido a ver os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro na tv... Que grande corno!
Foi difícil sacar dele uma opinião e das opções que me informou, meio contrariado, optei pelo ônibus das 6 horas para Rio Grande, pois sabia que na Junção apanharia outro para a Praia do Cassino que era o meu destino final.
Tudo resolvido, de mochila nas costas preambulei por ali, pois nessas horas e do jeito que eu vi a situação, jamais me deixaria vencer pelo sono num daqueles bancos de cimento horríveis. Em relação à Rodoviária que eu conhecera muitos anos atrás, nada mudou por ali e deveria ter mudado. Sei que a mesma foi construída sobre um antigo pântano e, por isso, milhões de mosquitos habitam o local. Foi difícil encontrar um banheiro aberto, pois tinha um masculino num extremo e um feminino no outro. Tudo sem placa de informação. Local imundo!
Lá para as tantas, de saco cheio, encostei-me sentado num dos bancos comunitários onde deveríam estar mais umas 8 ou 10 pessoas. Ouvi, atrás de mim e quase na minha orelha: "Boa noite! Sou artista de rua...." Antes que terminasse a apresentação já escutou de mim: "Cara! Não me chateia. Não tenho nada, estou na pior. Estamos os dois na merda..." O indivíduo sumiu que nem um raio e todos ficaram olhando para mim estupefactos. E porque logo eu fui o escolhido?
Ali não vi um segurança. Naquela Rodoviária só vi sujeira, degradação. Não se modernizou em 40 anos e isso fica muito mal para uma cidade como Pelotas. Quem sabe se na minha próxima viagem vou achar tudo mudado!?
Imagens Google
sábado, maio 19, 2012
quinta-feira, maio 17, 2012
Dia da Espiga
Hoje é
Quinta Feira d’Ascensão. Dia da Espiga.
Para a
maioria dos brasileiros eu certamente estarei a falar grego. Mas, como a Grécia
está nos píncaros da actualidade, estou conectado... Mas não é nada disso.
Hoje não
tanto, porque muitas das tradições infelizmente vão-se esvaziando. Mas eu ainda
sou do tempo em que este dia era realmente sagrado. Naturalmente que uso aqui o
termo “sagrado” com conotação dispare, mais no sentido de que o dia tinha que
ser vivído intensamente. Afinal era feriado no meu Alentejo e, por isso, um dos
dias mais santos do ano...
Quarenta
dias após a Páscoa temos, no calendário católico, o dia da Ascensão que
naturalmente cai numa Quinta-Feira.
Do mesmo
modo que na Segunda-Feira de Páscoa, quando o alentejano da cidade vai para o
campo comer o borrego assado, nesta Quinta-Feira ele vai também.
Desta
vez, porém, com um lanche mais leve, pois só vai “apanhar a espiga” e dar uns
amassos na namorada ou na esposa. Os ares primaveris da planície são muito
propícios a laivos de paixão...
Sempre em
número ímpar,colhem-se espigas de alguns cereais, (simbolizando o pão), ramos
de flores campestres (ouro, prata, amor e vida), um ramo de oliveira (azeite,
paz e luz), outro de videira (vinho e alegria) e mais um de alecrim (saúde e
força). Assim se forma um lindo ramo que se leva para casa e se coloca
pendurado numa parede ou porta interna da casa. Será substituído por um novo no
ano seguinte.
A todos
ofereço, virtualmente, um ramo de espiga que colhi naqueles campos maravilhosos
que passaram pelos meus pensamentos enquanto escrevi esta crônica. Que a
abundância, a saúde e a paz invadam as vossas vidas durante todo este ano. No
próximo tudo se renovará!
terça-feira, maio 15, 2012
domingo, maio 13, 2012
sexta-feira, maio 11, 2012
43º Encontro dos Expedicionários a Timor
https://www.facebook.com/groups/326436257401826/
Anteriormente eu já tinha postado aqui o cartaz relativo ao evento. Desta vez foi para reforçar mais um pouco, pois já estamos quase em cima da data. Estou longe, no Brasil, mas uso as minhas ferramentas para ajudar os meus camaradas da Organização. Este ano não poderei estar presente, mas talvez esteja no próximo.
Para quem não sabe, há 43 anos se realiza em alguma cidade de Portugal este Encontro. Ele junta muitos dos que estiveram em Timor, enquanto colónia portuguesa, cumprindo comissão militar. Claro que os da década de 70 não conhecem os das anteriores e os de agora ao serviço da ONU. Mas todos trocam recordações e experiências.
Para quem estiver interessado em obter detalhes do evento deste ano, pode acessar a página especial no Facebook: https://www.facebook.com/groups/326436257401826/
Receita mineira
Se você não é natural do Estado de Minas Gerais ou com os mineiros não tem contacto, é quase certeza que não entendeu patavina. Mas é isso mesmo; o mineiro castiço, caipira, fala desse jeito. Faça um esforço e acabará por entender como se faz um molho de repolho no alho e óleo...
quinta-feira, maio 10, 2012
Propaganda
https://www.facebook.com/Fran.Moda.Roupas
Já agora, aproveito este meu espaço para fazer propaganda da minha página de negócios do Facebook. Vão até lá fazer uma visita e cliquem em "curtir".
https://www.facebook.com/Fran.Moda.Roupas
https://www.facebook.com/Fran.Moda.Roupas
segunda-feira, maio 07, 2012
Mundo Cão Cibernético
Por algum motivo na criação ou na evolução, não somos todos iguais e ainda bem que assim é na realidade....
Se assim não fôsse, eu iria dizer que Carolina Dieckmann é uma gostosona, do mesmo modo que muitos acham que é. Eu sou dos que acham que não é e me considero um refinado apreciador de mulheres. É!, todos nós temos defeitos e eu tenho esse...
Está aí bombando um baita de um escândalo com a divulgação na internet de 36 fotos íntimas da atriz. Parece que o autor da divulgação fez chantagem com isso, exigindo a importância de 10 mil reais para a não publicação do material. A atriz não cedeu e resolveu apresentar queixa na polícia. As fotos já saíram de quase todos os sites.
Eu fui um daqueles que teve a oportunidade de observar essas fotos há dois dias atrás. A primeira passagem de olhos, como sempre faço defronte de uma mulher ou de uma foto feminina, é no rosto e a seguir no busto. Neste caso não fugi à regra e vim a confirmar que não gosto da visão de Carolina. No meu conceito não é uma mulher bonita. Só falta aparecer alguém querendo ver o meu saco de lixo...
Em seguida observei tudo minuciosamente e não gostei nada do que vi. Não vou aqui descrever detalhes entendendo que, uma vez que as fotos fôram retiradas da internet, não é aconselhável imaginá-las desse modo.
Não gosto do seu nariz, dos seios e do conjunto em geral, se bem que os dois detalhes citados já seriam suficientes para descartar Carolina. Tive até o cuidado de escolher para ilustração desta matéria uma que me pareceu ser melhorzinha...
As fotos publicadas são de muito má qualidade. Talvez isso se deva à precariedade do seu celular e não tanto à capacidade de manuseá-lo no que se refere à câmera. Jamais eu incluiria uma dessas fotos no meu arquivo de mulheres peladas. Sim! tenho um arquivo desses (outro defeito meu...).
Chego até a duvidar que alguém tenha tentado extorquir dinheiro da atriz por causa dessas fotos. Só se foi pela ruindade das mesmas, algo de que o autor tem ciência...
Foto in correiodeuberlandia.com.br
terça-feira, maio 01, 2012
Alentejo Primaveril
Passeio ao Campo Meu Amor! Meu Amante! Meu Amigo!
Colhe a hora que passa, hora divina,
Bebe-a dentro de mim, bebe-a comigo!
Sinto-me alegre e forte! Sou menina!
Eu tenho, Amor, a cinta esbelta e fina...
Pele doirada de alabastro antigo...
Frágeis mãos de madona florentina...
- Vamos correr e rir por entre o trigo!
Há rendas de gramíneas pelos montes...
Papoilas rubras nos trigais maduros...
Água azulada a cintilar nas fontes...
E à volta, Amor... tornemos, nas alfombras
Dos caminhos selvagens e escuros,
Num astro só as nossas duas sombras!...
Colhe a hora que passa, hora divina,
Bebe-a dentro de mim, bebe-a comigo!
Sinto-me alegre e forte! Sou menina!
Eu tenho, Amor, a cinta esbelta e fina...
Pele doirada de alabastro antigo...
Frágeis mãos de madona florentina...
- Vamos correr e rir por entre o trigo!
Há rendas de gramíneas pelos montes...
Papoilas rubras nos trigais maduros...
Água azulada a cintilar nas fontes...
E à volta, Amor... tornemos, nas alfombras
Dos caminhos selvagens e escuros,
Num astro só as nossas duas sombras!...
Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"
Subscrever:
Mensagens (Atom)