Domingo passado disputaram-se nos relvados brasileiros grande número de clássicos do futebol. E clássico é clássico! as grandes paixões são mais estridentes. Assim, aconteceram alguns casos relevantes. Porém, o que mais tem sido comentado ao longo da semana foi a execução da já célebre "jogada da foca"pelo próprio criador, o jogador do Cruzeiro de nome Kerlon. É uma jogada em que a bola é controlada com a cabeça e assim transportada entre um e outro drible de corpo. Nesse clássico entre o Cruzeiro e o Atlético, ambos de Minas Gerais, a jogada teve um desfecho triste mercê da violência do lateral adversário usada para colocar fim à "brincadeira".
O vídeo que coloquei acima noutra postagem, denominado "Futebol Incrível", emprestei-o do You Tube. Ele mostra algumas das mais belas jogadas do futebol, principalmente as executadas por Ronaldo, Zidane e Ronaldinho. O intuito foi mostar como é maravilhoso observar esse tempêro especial numa partida. Assim, sou da opinião que jogadas como a da "foca" de Kerlon, a "pedalada" de Robinho, aquela outra em que Alexandre Pato transporta a bola com os ombros, os dribles subtis de Cristiano Ronaldo e muitas, muitas outras, são o que diferenciam aquele futebol clássico e chato, por vezes, do artístico e emocionante oferecido pelos grandes craques.
Não foi pròpriamente essa arte filigranada que me trouxe hoje a abordar o tema "futebol", mas sim o que de negativo ouvi e li a respeito. É incrível como uma grande maioria de comentaristas se colocou ao lado do agressor irritado perante a perda naquela "jogada da foca" e, por arrastamento, ao lado de outros tantos energúmenos que assim agem em situações idênticas.Afirmam eles, neste caso, que o desporto se chama futebol, exactamente porque é jogado com os pés e, consequentemente, essa jogada com a cabeça não se enquadra... Assim, não é mais que uma provocação e, como tal, tem que ser combatida.
Que ignorância! Que estupidez! Por essa ordem de ideias o goleiro teria que jogar sòmente com os pés, o lançamento lateral também e a cabeça só serviria para pensar e usar o chapéu...O interessante em toda essa crítica negativa é observarmos que muitos desses comentaristas desportivos são ex-futebolistas arvorados em experts e que, não sei porquê, as grandes cadeias de rádio, tv e jornais os contratam, quando sabemos que fôram profissionais sem brilho, autênticos pernas de pau...
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