Não sou contra o uso do cinto de segurança onde, por lei, o mesmo é obrigatório. Se assim está determinado, isso certamente se deve a muitos estudos feitos a respeito. Porém, muitas vezes o seu uso tem efeitos contrários à preservação da vida e eu já fui testemunha de alguns casos.
Há dois dias atrás, numa das mais movimentadas avenidas de Campinas, ocorreu um gravíssimo acidente de trânsito que resumo assim:
A meio da avenida tem uma rotunda no cruzamento com outra via. O semáforo está vermelho e, por isso, está parado um ônibus e atrás dele um pequeno veículo FIAT Uno, este ocupado por uma jóvem de 26 anos. Pelo espelho rectrovisor ela nota que vem descendo um caminhão-betoneira e deduz que o mesmo vai bater na trazeira do seu carro. De raciocínio rápido e inteligente, retira o cinto, deita-se ao longo dos dois bancos dianteiros e vai sentindo a lataria raspando-lhe a pele. Foi o "efeito ovo", segundo dizem; naquele pequeno espaço formou-se uma pequena câmara, o seu refúgio, onde a sua vida foi poupada. Foi retirada das ferragens retorcidas pelos Bombeiros. Quebrou um pulso e teve um pequeno trauma na bacia.
A foto que ilustra esta postagem é a do próprio veículo. Se a vítima estivesse com cinto de segurança, seria decapitada e prensada.
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