terça-feira, fevereiro 12, 2008

PAZ ATRAVÉS DA FIRMEZA E JUSTIÇA

Em declarações à Lusa em Bruxelas, a eurodeputada socialista, Ana Gomes, manifestou a sua "emoção e perturbação" pelos ataques José Ramos-Horta e Xanana Gusmão e também "algum alívio por Reinado estar morto".
Segundo a antiga diplomata, o major rebelde, que terá liderado o ataque contra a casa do Presidente timorense era "um criminoso e um indivíduo desequilibrado", um "Rambo" idolatrado pelos "gangs" de jovens desempregados.
Ana Gomes não percebe, por isso, as atitudes "demasiado apaziguadoras" adoptadas pelas autoridades timorenses - Ramos-Horta chegou recentemente a encetar conversações com o líder rebelde - e também pelas forças australianas e da própria ONU. Esta atitude "não poderia dar bons frutos, como demonstram os dramáticos episódios de hoje", lamentou, lembrando o papel central assumido pelo antigo comandante militar, que se rebelou contra as chefias militares na crise que atingiu Díli na Primavera de 2006."Este dramático episódio mostra que não é possível lidar com criminosos de forma frouxa e espero que sirva de lição.
A tentação de ser demasiado apaziguador é prejudicial, mina a gestão da justiça e as bases do direito fundamental", comentou Ana Gomes, que espera a partir de agora "mais firmeza das autoridades de Timor e de quem lá está a apoiá-las". A antiga embaixadora de Portugal em Jacarta considera que é necessário continuar a seguir atentamente outros revoltosos e os "gangs" que apoiavam Reinado, mas manifestou-se convicta de que estes desmobilizarão sem a sua liderança, tanto mais que este foi morto quando atentava contra a vida do Presidente de Timor.
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