O bispo resignatário de Díli, D. Ximenes Belo, disse esta segunda-feira à TSF que está «profundamente triste» com os últimos acontecimentos em Timor-Leste que feriram com gravidade o presidente timorense, Ramos Horta.
Para D. Ximenes é com «infelicidade» que observa que «o esforço feito nos últimos dois anos não teve qualquer efeito». O bispo apela ainda à «calma» e pede aos timorenses que respeitem o Estado de direito.
As Nações Unidas apelaram à população em Díli para restringerem os movimentos e não saírem de casa se não for estritamente necessários.
O embaixador português Ramos Pinto afirmou à SIC Notícias que a situação em Díli está «calma» e não há relatos de confrontos. Contudo, aconselhou a comunidade portuguesa - via sms - a permanecer em casa e a circular o mínimo possível.
O líder do Partido Socialista de Timor-Leste (PST), Avelino Coelho, condenou esta segunda-feira os ataques ao presidente e ao primeiro-ministro timorenses, sublinhando que qualquer ataque àquelas personalidades é um «atentado à segurança do Estado», escreve a Lusa.
Avelino Coelho, antigo membro do Conselho de Estado, afirmou estar «preocupado com a estabilidade no país», mas sublinhou acreditar que o Governo irá «tomar as medidas necessárias».
«Qualquer ataque a um presidente ou a um primeiro-ministro é um atentado à segurança do Estado. É preocupante e estou preocupado, mas acredito que o governo de Xanana Gusmão irá tomar as medidas necessárias para estabilizar o país», sublinhou o líder do PST.
Afirmando não dispor ainda de «muitos pormenores», Avelino Coelho recusou responsabilizar o governo por um «eventual desleixo» em relação ao major Alfredo Reinado, supostamente líder do grupo armado que atacou quer o presidente José Ramos-Horta quer o primeiro-ministro Xanana Gusmão.
«Pelo contrário, ao longo destes últimos meses, o governo deu sinais claros de que queria ver a situação resolvida e disse isso mesmo aos peticionários» que estiveram sempre ao lado de Reinado, sustentou o antigo candidato presidencial.
Avelino Coelho, ex-deputado, responsabilizou a «intransigência» de Reinado, que, segundo fontes oficiais e policiais, foi morto na emboscada que protagonizou, face às constantes aberturas do executivo de Díli na tentativa de resolver o problema.
Notícias: PortugalDiário
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