segunda-feira, fevereiro 18, 2008

URSO DE OURO

Surpresa! Sim, constituíu uma grande surpresa a conquista do troféu "Urso de Ouro" pelo cinema brasileiro com o filme "Tropa de Elite". Talvez mais por parte dos estrangeiros, pois que os brasileiros mantiveram a fé até ao fim. Tive a oportunidade de assistir esse filme e gostei. Dou os meus parabéns a todos os que trabalharam nessa produção.
Esse filme, de algum modo, mexeu muito com os brasileiros e não é em vão que constitui um recorde de bilheteria. Até mesmo as vendas do vídeo atingiram nível muito alto e tudo continúa de vento em pôpa.
Quando digo que mexeu muito, refiro-me exactamente à realidade do dia a dia que o filme mostra. Existe um desejo enorme que essa ficção se torne realidade e, pelo andar da carruagem, parece já começarem a ser atingidos alguns desses objectivos. A própria Polícia Militar, no Rio de Janeiro, começou a sentir uma certa pressão, pois o filme retrata a corrupção existente no seu seio por parte de alguns grupos.
A violência e, consequentemente a insegurança e revolta, são parte de um todo que atingem grandes proporções no Brasil. O cidadão comum está de mãos amarradas e nada pode fazer. Nem deve. Chega-se ao ponto, como já outrora aconteceu com força notória, de o cidadão aprovar as grandes chacinas praticadas por elementos das polícias ao arrepio da lei. Como antigamente os esquadrões da morte.
O filme mostra-nos o procedimento de uma outra parte da polícia; aquela que vai procurar e extirpar o tumor como uma medida radical, sem ordens judiciais que aqui representam os medicamentos que não curam o mal. O inimigo, a princípio, é o mesmo. As razões e a força motora interior de uma "tropa de elite" diferem de um "esquadrão da morte" e por isso mesmo tem os aplausos da "plateia".

2 comentários:

Azul Diamante azul disse...

Pelos vistos a Tropa de Elite pegou no Brasil. No carnaval as fantasias esgotaram segundo vi na televisão.
Vou voltar

Anónimo disse...

vi o filme hoje e gostei. É importante abalar as consciências e mesmo aqui em Portugal deu muito que falar