Há muito tempo que não ía ao centro da cidade e com disposição a dar uma volta bem maior da que habitualmente dou. Tomei um dos muitos ônibus que passam na esquina da minha rua, pois não é boa ideia ir de carro. Tinha bastantes lugares vagos e isso proporcionou-me uma viagem mais tranquila.
Andei bastante e prestei atenção a tudo. Vi muita coisa que guardei na memória e que constitui matéria interessantíssima para uma próxima crónica sobre esta que é uma das maiores e mais desenvolvidas cidades do Brasil.
Na volta para casa tive dificuldades em achar o ponto exacto do ônibus com esse destino; ao fim de muito tempo consegui. Estava cheio e fiz todo o percurso em pé, o que para mim não é problema e eu até gosto. E, normalmente, ninguém cede o lugar aos mais velhos ou àqueles que têm prioridade; as regras da boa educação há muito deixaram de ser respeitadas por aqui...
Repentinamente, um jóvem rapaz, que conversava animadamente com um seu amigo e colega de poltrona, levantou-se para me ceder o lugar. Sorridente, agradeci e recusei. Sei que os meus cabelos e barba branca o impressionaram... Fiquei muito feliz ao constatar que há exceções à regra e, ao mesmo tempo, fui conversando com os meus botões e concluindo que ainda não me apercebi que o tempo vai passando velozmente...
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