Frouxos

Acordei nesta manhã um pouco mais tarde não só porque fui dormir já de madrugada, como também por ser o meu dia de descanso. Como antigamente eu escutava que era "semana de sapateiro", porque estes tínham o seu dia de folga às Segundas-feiras (eu jamais vi um deles trabalhar nos Domingos...). poderei dizer, também, que é semana de feirante (e estes trabalham aos Domingos...) com todo o rigor.

Depois que li um dos jornais que diàriamente recebo, tentei saber o resultado do jogo de ontem entre o Chile e o Brasil e que valia para as eliminatóirias do Mundial de 2010. Em casa ninguém me soube responder e os jornais fôram impressos antes do jogo terminar, pois que o mesmo começou às 22 horas...

Finalmente consegui saber que o Brasil venceu o desafio com o resultado de três a zero. Não perguntei mais nada, porque nada mais me interessava como, acredito, acontece com um grande número de pessoas como eu. As peripécias pelas quais passa o nosso desporto maior afastaram-nos desse interesse de antanho e com a agravante da estipulação de horários absurdos para um dia de Domingo em que outros jogos não houve.

Vieram-me à lembrança dois fatos passados há muitos anos e com o mesmo cunho, envolvendo dois Presidentes da República e profissionais do futebol: a "peitada" que o técnico João Saldanha deu em Médici e o "conselho" que Geisel deu ao jogador Reinaldo.

Não é o sentido das frases (que nos transportam à máxima "cada macaco em seu galho"), que me traz aqui com tais recordações, mas sim a personalidade forte, de macho, de Homem, que esses desportistas evidenciaram. Pois, comparando os dois de antanho com equivalentes personagens de hoje --- Dunga e Júlio César --- sinto saudades e fico triste e preocupado.

Dunga há muito que deveria ter tido a hombridade de abandonar o posto devido às interferências de outros no seu trabalho; Júlio César, por falar em arrependimento em relação às críticas que fez sobre declaração do Presidente Lula, mostrou-se frouxo.

Será que não há mais Homens como antigamente?