Em 1974, após a invasão da fronteira com a Turquia, por parte de tropas deste país que entraram a partir do norte de Chipre, a Grécia resolveu minar toda aquela área. Uma atitude condenável. As minas são armas dos covardes e jamais deveriam ser usadas onde quer que seja e em que tipo de guerra fôr; nem mesmo nas guerrilhas. As grandes e muitas vezes as únicas vítimas são civis inocentes.
Há 5 anos atrás a Grécia ratificou a Convenção de Otava sobre a eliminação de minas terrestres e comprometeu-se a desminar as suas fronteiras até 2011. Isso dá um total de 8 anos o que, na verdade, é muito tempo. Em comparação com o tempo que foi gasto para a colocação das minas é, até mesmo, uma eternidade. Portanto, configura-se aqui a má fé e falta de vontade.
Grécia e Suiça são dois países encravados num continente que se diz civilizado e de primeiro mundo. E porque razão eu mencionei aqui a Suiça, uma vez que este país não tem nada a ver com a situação?! --- Tem, sim! A indústria bélica suiça é uma das maiores produtoras mundiais de minas e isto quando conhecida pela sua eterna neutralidade em conflitos; imagine-se se assim o não fôsse...
Em Angola e Moçambique já morreram milhares de civis inocentes e outros mais têm membros amputados. É difícil prever quando esses países conseguirão desminar os seus campos ainda encharcados pelos artefatos, na sua maioria helvéticos. Esta semana foi a vez de mais 4 cidadãos do leste europeu encontrarem a morte na minada fronteira grega, o que vem aumentar uma extensa lista. Só espero que não seja este o método grego para controlar a imigração ilegal, de acordo com a nova política da União Europeia...
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