sábado, setembro 20, 2008

Gaúcho Farrapo

Sou feliz , nasci Gaúcho,
Deus me deu este regalo,
sou briguento que nem galo
peleando no rinhedeiro,
sou bagual, não tenho encilha,
sou livre, sou farroupilha,
pra lutar fui um guerreiro.
Sou xucro, criado guaxo,
falquejado em coronilha,
sou pachola, sou faceiro,
fui cincerro de tropilha
num tempo maula e aragano
Sou alçado, não tenho dono,
meu andar ninguém maneia,
sou noite de lua cheia
vigiando, não tenho sono.
Meu grito é retumbar de legüero
chamando e atiçando a tropa.
Meu destino é quem galopa
nas patas da evolução
,sou raiz, sou tradição
de um passado de glórias,
fui revolução, sou história
lutando por este chão.
Eu demarquei as fronteiras,
da República Riograndense,
o Rio Grande me pertence,
eu lutei para este fim,
fui tambor e fui clarim
nos fervores de uma guerra.
Eu sou filho desta terra,
fui Farrapo e sou assim.
Sou bandeira que esvoaça
guarnecendo esta querência.
Me ajoelho em reverênciaao
meu pendão desfraldado,
verde, amarelo, encarnado,
tem força de Liberdade,
Igualdade e Humanidade,
símbolos de que fui marcado.
Ser livre, este é o sentimentoque
trago neste peito guardado,
e que só fica rebelado
quando a justiça se afasta.
Gaudério, ninguém me castra,
sou taura e sou índio macho,
envergo mas não me agacho.

SOU GAÚCHO E ISTO ME BASTA!

Poema de Adenir Paz

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