Cada dia do ano é dia de alguma coisa, nacional ou internacionalmente. Em âmbito estadual, aqui em São Paulo, desde 1985 se comemora o "Dia da Pizza" a 10 de Julho.
Na verdade, eu não sou muito de comemorar estes dias e na maior parte deles nem me dou ao trabalho de saber o que se comemora. Não obstante, pelas coincidências que se nos deparam, acabamos por prestar alguma atenção.
Sou uma daquelas pessoas a quem se costuma chamar de "bom de garfo", do mesmo modo a que a alguns chamamos "bom de cama"... Bom de garfo porque me dá grande prazer a gastronomia de todos os quadrantes, se bem que, apreciando um número quase infinito de pratos, não sou grande adepto de pizza.
Nas madrugadas, quase todas vividas intensamente, costumo deslocar-me a alguns daqueles bares que ficam abertos durante 24 horas, pois eles sempre servem uma sopinha para rebater os malefícios dos muitos mililitros que tomamos durante as noitadas...
Hoje, na hora em que nascia a madrugada, foi servida a todos os brasileiros uma monumental pizza e eu não fui mais atrás da tradicional sopinha. Não que eu tivesse comido algum pedaço, mas porque só de a ver o meu estômago já se revoltou.
Depois do grande espectáculo que nos foi dado ver na televisão e da leitura de farto noticiário sobre a prisão de alguns "tubarões", criminosos de colarinho branco, o que aconteceu? --- metade foi colocada em liberdade; terminou, mais uma vez, tudo em "pizza". Os demais certamente serão soltos nas próximas horas, tudo dependendo do árduo trabalho dos seus advogados...
Soltos, os que fôram, mercê de uma ordem de soltura emitida pelo Supremo Tribunal Federal, baseada numa daquelas brechas que a Lei sempre tem para os mais poderosos. E o termo "soltura" tão usado hoje em toda a imprensa, trouxe-me à lembrança um outro significado que o mesmo tem lá na minha terra: diarreia.
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